Seomara
da Costa Primo (1895 - 1986) distinguiu-se em diversas áreas, quer como professora
do Ensino Liceal e Universitário, quer como investigadora, bem como desenhadora
e ilustradora. Transcrevemos o texto de Guida Aguiar de Carvalho, com ligeiras
alterações, disponível no site da Escola Secundária Seomara da Costa Primo: Filha
de Maria Luísa Buttuller e de Manuel da Costa Primo, nasceu em Lisboa, na
freguesia do Socorro, no dia 10 de novembro de 1895 e veio a falecer na
Amadora, onde viveu cerca de meio século, no dia 2 de abril de 1986. Frequentou
o Liceu Passos Manuel e aí terminou o Curso Complementar de Ciências em 1913,
entrando de seguida na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa onde
concluiu o Curso de Ciências Histórico-Naturais em 1919. No decurso do ano
letivo de 1917-18 frequentou na Faculdade de Medicina as cadeiras de Histologia
e Embriologia. Em 1942 defendeu a Tese de Doutoramento, tendo sido a primeira
mulher a doutorar-se em Ciências, o que lhe valeu o acesso à cátedra de
Botânica na Faculdade de Ciências de Lisboa em 1943. Foi como professora do
Ensino Liceal - cargo que viria a acumular com a docência Universitária entre
1921 e 1942 - que desenvolveu intensa atividade tanto no campo científico e pedagógico
como no associativo. Tendo frequentado o Curso do Magistério Liceal,
diplomou-se pela Escola Normal Superior e concluiu o Exame de Estado no ano de
1922. Foi autora de diversos compêndios para o Ensino Liceal, de Botânica, de Biologia
e de Zoologia – profusamente ilustrados com aguarelas e carvões executados por
si - que acompanharam gerações de alunos do Ensino Liceal, entre os anos trinta
e setenta. O seu gosto pelo desenho e pela pintura permite encontrar no seu
espólio um número muito significativo de aguarelas, representando plantas e
animais. Quanto à educação, Seomara pensava que havia necessidade de adoção de
novos métodos de ensino ativos, favorecendo a atividade pessoal da criança. Seomara
foi igualmente autora de inúmeros artigos de índole científica, publicados na imprensa
da especialidade, bem como em órgãos de divulgação, tendo sido citada na
imprensa estrangeira. Nesta exposição pode mos observar algumas aguarelas de
espécimes vegetais e animais, bem como alguns desenhos de pormenor com profundo
rigor científico.
Pintura
ME/402760/85
Escola Secundária Seomara da
Costa Primo
Pintura de aguarela,
representando um elemento vegetal, de forma realista e pormenorizada. A profusão de cores, entre o laranja, o verde e o castanho confere a esta aguarela uma enorme vivacidade e beleza.
Pintura - Legonsia Speculum
ME/402760/83
Escola Secundária Seomara da
Costa Primo
Pintura de aguarela,
representando um elemento vegetal, de forma realista e pormenorizada. Trata-se provavelmente de uma planta semelhante a um cato com três flores, uma ainda a desabrochar.
Pintura
ME/402760/81
Escola Secundária Seomara da
Costa Primo
Pintura de aguarela,
representando dois pássaros sobre um galho de árvore, de forma realista e
pormenorizada. São duas aves semelhantes a papagaios ou araras que apresentam uma profusão de cores verdadeiramente maravilhosa e exótica.
Pintura
ME/402760/66
Escola Secundária Seomara da
Costa Primo
Pintura de aguarela representando
um elemento de botânica, uma flor, com grande rigor e pormenor. Temos 4
imagens, sendo as centrais de dois tipos de flores em corte transversal e, dos
lados imagens de grande pormenor, aumentadas e em corte.
Pintura - Amica Montana
ME/402760/55
Escola Secundária Seomara da
Costa Primo
Pintura de aguarela representando
um elemento de botânica, uma flor, com grande rigor e pormenor. Apresenta o seu
nome científico. Parece tratar-se de um conjunto de flores aquáticas, semelhantes a nenúfares.
Pintura - Bergissia Rex
ME/402760/49
Escola Secundária Seomara da
Costa Primo
Pintura de aguarela representando
um elemento de botânica, uma flor, com grande rigor e pormenor. Apresenta o seu
nome científico. Em tons de bordeaux e bege, esta flor destaca-se pela delicadeza da sua apresentação.
MJS
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