A Biblioteca de Conservação e Restauro teve origem no
legado dos restauradores Fernando Mardel e Abel de Moura, nos anos 30 a 60 do
século XX. Fernando Mardel (1884-1960) foi pintor e conservador, discípulo do
Mestre Luciano Freire. Os seus trabalhos de maior destaque foram o restauro dos
Painéis de S. Vicente, os painéis do retábulo da Catedral da Sé de Évora e os
painéis da Ilha da Madeira. Deixou ao cuidado do Museu das Janelas Verdes parte
do seu espólio pessoal, obras de arte e móveis.
Abel de Moura (1911-2003) foi conservador e pintor,
tendo realizado o seu estágio no Museu Nacional de Arte Antiga. Procurou
estudar e aperfeiçoar novas técnicas de restauro de pintura através de métodos
científicos.
Em 1967, após a constituição do Instituto de José de
Figueiredo (IJF), é oficialmente criada a Biblioteca e o Gabinete de
Documentação e Consulta, que incluía várias áreas: investigação laboratorial e
conservação e restauro de Pintura, Pintura Mural, Escultura, Têxteis,
Documentos Gráficos/Papel, Mobiliário, Talha e Ourivesaria/Metal.
É uma biblioteca vocacionada para os técnicos de
laboratório e de conservação, conservadores-restauradores, ou professores e
alunos das diferentes disciplinas da conservação restauro do património móvel e
integrado.
No século XXI, a Biblioteca é enriquecida com o acervo
do Centro de Documentação da Rede Portuguesa de Museus, alargando as suas áreas
de especialidade à museologia e museografia. O seu acervo inclui cerca de 8.000
monografias e 200 títulos de publicações periódicas.
MJS
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