O Aqueduto das Águas Livres está classificado como Monumento Nacional e inclui-se na Lista Indicativa de Portugal ao Património Mundial. Trata-se de um sistema de captação e distribuição de água à cidade de Lisboa do reinado de D. João V.
Desde a instalação da
população nesta região que se fez sentir a necessidade de distribuição de água
potável, apesar da presença do rio Tejo. Apenas o bairro de Alfama continha
nascentes de água. Com o crescimento natural da cidade tentou aproveitar-se a
ribeira de Carenque, em Belas, para o abastecimento da zona lisboeta. O
vestígio de um aqueduto romano nesta área dava consistência à ideia da
construção do aqueduto.
Em 1729 foram nomeados três
arquitetos para iniciarem um plano de construção: António Canevari, Manuel da
Maia e João Frederico Ludovice. Em 1731, D. João V promulga um alvará que lança
as bases do projeto. Manuel da Maia acabou por ficar como arquiteto
responsável.
Só em 1740 começaram as obras,
desta vez supervisionadas por Custódio Vieira e em 1744 finaliza-se o Arco
Grande. Carlos Mardel substitui Custódio Vieira, entretanto falecido.
Após o terramoto de 1755, o
aqueduto permaneceu intacto e Carlos Mardel decidiu instalar a Mãe d’Água na
zona do Rato, em vez de S. Pedro de Alcântara. Foi uma decisão bastante
contestada, mas em 1748 a obra estava terminada, com 12 arcos, transportando
diariamente cerca de 1300 metros cúbicos de água.
A par desta construção, foram
instalados vários chafarizes e fontes por toda a cidade. O Aqueduto foi sendo
aumentado, à medida que a procura crescia, chegando a 58.135 metros de galerias
subterrâneas.
A zona superior do Aqueduto
esteve fechada desde 1837 devido à criminalidade, referindo-se em particular
Diogo Alves, o último criminoso condenado à morte em Portugal.
Em 1880 foi edificado o
Aqueduto do Alviela, o que diminuiu substancialmente a importância do Aqueduto
das Águas Livres, que continuou em funcionamento até 1967.
Atualmente é possível visitar
a arcaria do Vale de Alcântara, a Mãe d’Água das Amoreiras e o Reservatório da
Patriarcal.
MJS
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