No laboratório de química o uso do metal deve-se ao facto de
ser bom condutor, com um alto ponto de fusão e ebulição e grande dureza.
Um dos instrumentos mais comuns elaborados neste tipo de
material é o tripé, um aparelho de três pés sobre o qual apoiam
diferentes tipos de objetos, conforme a aplicação do utilizador. Geralmente colocam-se
aqui materiais que irão ser submetidos a altas temperaturas.
Vários outros equipamentos de suporte são
elaborados em metal, devido à sua resistência. É o caso dos suportes simples,
constituídos por um tubo metálico vertical, em cujo topo está montado, em
ângulo reto, um suporte com braçadeira regulável para segurar balões de ensaio.
Este conjunto tem movimentos ascendentes ou descendentes através de uma
manivela.
Para aquecer os materiais, o dispositivo
largamente utilizado em laboratório como fonte de aquecimento, com chama é o
bico de Bunsen, apoiado em base redonda, constituído por um tubo metálico
lateral, cuja saída é afilada, tendo sobre esta, e envolvendo-a uma chaminé
cilíndrica também metálica de boca circular. A chaminé junto da base e à altura
da saída do gás tem uma abertura circular, por onde se pode fazer a entrada do
ar. Uma anilha, com uma abertura igual à da chaminé, circunda-a, de tal modo
que, fazendo-a rodar, pode obturar total ou parcialmente a entrada do ar
exterior. Quando a entrada do ar está fechada, a chama é parecida com a de uma
vela. Quando essa entrada está aberta, a chama é azulada, menor e de
temperatura muito mais elevada.
Para o mesmo efeito, aquecimento, também se
pode recorrer a uma lamparina metálica. Trata-se de um recipiente em
cobre cuja função é aquecer líquidos ou outras substâncias.
Por outro lado, também se pode utilizar um
instrumento que permite o processo de aquecimento lento, em água fervente, de
algo que esteja mergulhado num recipiente: trata-se do banho-maria. É
constituído por um utensílio de cobre com duas asas em ferro. Pode ter medidas
variadas que vão de 4,5 a 21,5 cm de diâmetro e que permitem o aquecimento de
diversos recipientes. Neste processo as substâncias nunca são submetidas a uma
temperatura superior a 100ºC, já que a partir dessa temperatura, todo o calor
transferido para a água é convertido em energia cinética nas moléculas de água,
formando-se vapor.
Por seu turno, a estufa é utilizada
para técnicas de secagem de sólidos. Encontra-se apoiada em quatro pés de
ferro, com válvula para regular a corrente de ar.
As pinças metálicas são um tipo de
material de apoio à prática pedagógica para retirar ou colocar peças ou
movê-las de um lado para outro.
Com outro tipo de formato, existe o amachucador
de rolhas em forma de lagarto (Fig. 9), em metal pintado de verde. Cada pata do
lagarto tem um furo que permite aparafusar ao tampo de uma mesa e a parte
superior é móvel em torno de um eixo horizontal, munida de um manípulo (cauda
do lagarto). Entre as duas peças articuladas estão abertas algumas concavidades
que se sobrepõem deixando um espaço onde se colocam as rolhas que vão ser
comprimidas. O aperto é dado à mão pelo esforço exercido sobre o manípulo, de
cima para baixo. Comprime-se a rolha até atingir o diâmetro desejado, de modo
que penetre ainda com algum esforço na tubuladura do vaso a que se destina. A
sua utilização em contexto das práticas pedagógicas, prende-se com o facto de
os laboratórios de Química necessitarem de grandes variedades de rolhas.
Bibliografia:
Museu Virtual da Educação (2014) [em
linha].
http://edumuseu.sg.min-edu.pt/
[Consulta: 19 de agosto de 2014]
Museu da Física da Escola Secundária
Alexandre Herculano (2014) [em linha].
http://mfisica.nonio.uminho.pt/
[Consulta: 19 de agosto de 2014]
Baú da Física e Química. Instrumentos
antigos de Física e Química de escolas secundárias em Portugal (2014) [em
linha]
http://baudafisica.web.ua.pt/Default.aspx
[Consulta: 19 de agosto de 2014]
MJS
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