As Fortalezas Abaluartadas da Raia Luso Espanhola integram a Lista Indicativa de Portugal enquanto candidatas
à classificação de Património Mundial da Unesco.
Distribuindo-se pelos
municípios de Almeida, Marvão, Valença e Elvas, atualmente já incluída no
Património Mundial Português, estas fortificações alteram de forma impactante a
paisagem. De uma inegável beleza e formato diferenciado estas construções
militares tinham como objetivo a defesa do território e o refúgio da população
em caso de ataque.
A sua construção deveu-se ao
facto do sistema tradicional de defesa, torres amuralhadas perpendiculares ao
solo, já não funcionar dada a evolução das técnicas militares e da artilharia
móvel. São fortificações em forma de estrela, com um baluarte, dotadas de
espessas muralhas e torres redondas mais resistentes aos ataques.
A Escola Italiana foi a que
mais influenciou as construções em Portugal, sobretudo durante o século XVI.
Após a Guerra da Restauração (1640 – 1648), a Coroa investiu na modernização de
fortalezas nas zonas fronteiriças, convidando para tal vários mestres,
engenheiros e militares estrangeiros. No Alentejo foi notória a presença de
mestres holandeses e francesas. Os sistemas construídos em Almeida, Évora e
Valença contribuíram em muito para o reforço da autonomia portuguesa.
Elvas tem a maior fortaleza
abaluartada terrestre do mundo, de influência holandesa, ocupando um perímetro
de cerca de 10 quilómetros. Não tem qualquer ângulo morto e permite ter uma
visão de todo o terreno circundante. Nesta zona já tinham sido construídas
fortificações na época romana e árabe.
MJS
Sem comentários:
Enviar um comentário