D. Filipe
III (1605-1665), “o Grande”, era filho de Filipe II de Portugal e de D. Margarida
de Áustria, tendo subido ao trono em 1621.
Durante
o seu reinado, os países europeus procuraram acabar com a hegemonia espanhola.
Desta forma, os ataques dos holandeses às colónias portuguesas
intensificaram-se durante este período, com a conquista da Baía em 1624 e de
Pernambuco em 1630.
O
governo foi entregue ao Duque de Olivares que esteve no poder durante 25 anos. A
política do Duque primou pela tirania causando revoltas na Catalunha e em
Portugal. Tentando evitar o descontentamento sentido, a Duquesa de Mântua e
Miguel de Vasconcelos ficaram à frente do governo. Apesar disso, em dezembro de
1640, a população revolta-se e a 15 de dezembro D. João é coroado rei de
Portugal. Os conflitos entre Portugal e Espanha perduraram até 1668.
A
segunda metade do reinado de Filipe III contou com um exercício pessoal do
poder.
Ao
nível cultural, Filipe III foi um patrono das artes, quer da pintura, quer do
teatro, favorecendo o trabalho de inúmeros dramaturgos. Apoiou pintores, como
Velázquez, Eugénio Cajés, Vicente Carducho, Gonzalez e Nardi e adquiriu
inúmeras obras no estrangeiro.
Ao
nível arquitetónico, mandou edificar um novo palácio, o Bom Retiro, cuja
construção se iniciou em 1630. O projeto, da autoria de Alonso Carbonell, ficou
concluído em 1640 e tornou-se um polo agregador de artistas e escritores.
MJS
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