2014/08/20
Disponibilização de livros eletrónicos nas bibliotecas - Novo documento orientador da DGLAB
2014/08/13
Peça do mês de agosto
Diagrama floral
O modelo inventariado com o número ME/400439/39 representa o diagrama floral da Flor Tipo 3, ovário ínfero, ou seja, o ovário está incluso numa úrnula ou então envolvido e aderente ao cálice ou ao perigónio. É o caso da flor da macieira. O modelo com o número ME/400439/40 representa uma Flor Tipo 4, ovário súpero. Este tipo de ovário está posicionado acima da inserção de outras peças florais. Quando se encontra inserido na úrnula, não se encontra aderente a esta. A Flor Tipo 5, inventariada com o número ME/400439/41 representa um tipo de flor em que se podem observar 5 sépalas e 5 pétalas. Um dos exemplos mais comuns é a flor do hibisco, onde podemos encontrar cinco sépalas, cinco pétalas e um número múltiplo de cinco estames.
O modelo com o número ME/400439/42
apresenta o diagrama da Flor Tipo Papilionácea, ovário súpero. Neste caso
temos uma corola com cinco pétalas, uma externa, maior e geralmente superior
e duas internas, geralmente mais pequenas e unidas. É o caso da flor da
ervilheira.
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2014/08/06
Catálogo de Publicações do CILIP - Chartered Institute of Library and Information Professionals
2014/07/30
Seomara da Costa Primo: o espólio museológico
A Escola Secundária Seomara da Costa Primo, Amadora,
tem à sua guarda o núcleo fundamental do espólio da investigadora. Foi
constituído através de doações de várias escolas e particulares, tendo sido
organizado em 1989, quando a Escola Secundária da Venteira alterou o seu nome,
tendo como patrona esta ilustre personagem.
No total conta com 600 objetos museológicos que incluem aguarelas, manuais escolares, publicações, apontamentos, objetos pessoais e vários livros.
Podemos assim apontar alguns exemplos disponíveis no
Museu Virtual, como é o caso das imagens parietais da embriogénese utilizadas
em contexto das práticas pedagógicas de ciências naturais, representando de
forma extremamente rigorosas e científica, a segmentação do ovo.
A demonstração gráfica de leis científicas, como é o
caso da Lei de Mendel, também faz parte do seu espólio. Trata-se de um conjunto
de princípios que dizem respeito à transmissão hereditária de características e
que se tornaram fundamentais para as descobertas futuras ligadas aos
cromossomas.
Na área da botânica podemos apontar um desenho
extremamente realista, realizado a carvão e que representa algumas folhas.
Outro exemplo é um desenho, executado em aguarela, onde surgem quatro imagens de grande rigor: dois tipos de flores em corte transversal e ao lado duas imagens aumentadas e em corte, com grande pormenor.
Também na área da zoologia, as representações de Seomara da Costa Primo são extremamente realistas, rigorosas e científicas, para além de sua beleza intrínseca.
Digno de nota é igualmente o desenho a aguarela de
dois pássaros exóticos, provavelmente papagaios ou araras que se encontram
pousados sobre um galho de árvore.
Bibliografia:
Museu Virtual da Educação (2014) [em linha].
http://edumuseu.sg.min-edu.pt/
[Consulta: 27 de junho de 2014]
Escola Secundária Seomara da Costa Primo
(2014) [em linha].
http://esseomaracostaprimo.ccems.pt/espaco_seomara/patrona.html
[Consulta: 27 de junho de 2014]
MJS
2014/07/22
Seomara da Costa Primo - Vida e obra literária
Seomara da Costa Primo (1895 – 1986) distinguiu-se em
diversas áreas, quer como professora do Ensino Liceal e Universitário, quer
como investigadora, bem como como desenhadora e ilustradora. Transcrevemos o
texto de Guida Aguiar de Carvalho, com ligeiras alterações, disponível no site
da Escola Secundária Seomara da Costa Primo.
Frequentou como aluna o liceu Passos Manuel, enquanto
vivia com seu pai na Rua de S. João da Praça. Nesse liceu, terminou o Curso
Complementar de Ciências em 1913, entrando de seguida na Faculdade de Ciências
da Universidade de Lisboa onde concluiu o Curso de Ciências Histórico-Naturais
em 1919.
Foi como professora do Ensino Liceal - cargo que viria
a acumular com a docência Universitária entre 1921 e 1942 - que desenvolveu
intensa atividade tanto no campo científico e pedagógico como no associativo.
Foi pela mão da Professora Seomara que o cinema educativo se estreou no Liceu Maria Amália, no dia 24 de junho de 1929, com o filme "Chang", de que o suplemento de "O Século" (o "Cinéfilo") faz eco, ao publicar um extenso artigo de Seomara intitulado "«Chang», Uma lição no Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho", onde, para além de uma história breve do Cinema, são salientadas as vantagens do cinema educativo como forma de aproximar os alunos da realidade.
No suplemento de "O Século", o "Modas & Bordados", dirigido por Maria Lamas, é revelado o interesse de Seomara relativamente à Cruz Vermelha Infantil, organização ligada à Sociedade das Nações, ao proferir, em Lisboa, no dia 25 de junho de 1930, uma conferência sob o título "A educação e a cruz vermelha da mocidade".
Quanto à educação, Seomara pensava que: "A educação não consiste já na acumulação de noções por vezes demasiada, numa exagerada fase intelectual -conjunto de noções mal fixadas umas, mal interpretadas outras, por vezes mal usadas todas- consiste antes na preparação do indivíduo para a vida, visando aquela seleção e cultura das qualidades da raça, tornando-o apto a agir e a vencer no meio a que é destinado" (Primo, 1939). Mas, para além desta visão global da educação, também se pronuncia relativamente à necessidade de adoção de novos métodos de ensino - o que, aliás, o discurso curricular oficial irá propor, sem no entanto realizar - e tomando uma posição crítica relativamente aos programas do ensino liceal : "...transformação dos métodos de ensino em métodos ativos, que tendem a favorecer a atividade pessoal da criança, procurando rodeá-la das mesmas condições que encontrará na vida, levando-a a resolver problemas em que é colocada, dentro das suas forças e da sua mentalidade, o que é certo é que também nos nossos programas muito pouco se cuida dos problemas da vida." (Primo, 1930).
Também a especificidade feminina foi objeto de referência, no que concerne ao papel da mulher na sociedade e à educação das raparigas: "Quanto mais esclarecida (...) for [a mulher], tanto mais elevará a sua missão de mãe. A cultura nunca fará mal às raparigas. Poderá resultar melhor até, porque é a mulher, de facto, quem exerce mais influência no espírito dos filhos. Fomentar, pois, a sua cultura, elevar a sua mentalidade, é pedra de toque de um país verdadeiramente civilizado" (Primo, 1943).
Seomara foi autora de inúmeros artigos de índole científica, publicados na imprensa da especialidade, bem como em órgãos de divulgação, tendo sido citada na imprensa estrangeira. Efetuou diversas viagens de estudo de âmbito científico e pedagógico, à França, Alemanha, Bélgica, Holanda e Suíça.
Apesar de ter lutado pela dignificação da profissão docente e pelo estatuto da mulher na sociedade portuguesa e de ter veiculado esses princípios junto das pessoas que com ela conviveram, os seus últimos anos de vida foram passados com grandes dificuldades de subsistência.”
No decorrer da sua vida, Seomara publicou várias obras
de caráter cientifico e alguns manuais escolares. A lista apresentada foi
retirada do site da Escola Secundária Seomara da Costa Primo, redigida por
Guida Aguiar de Carvalho e encontra-se organizada por ordem cronológica:
- «Chang» Uma lição no Liceu Mª Amália Vaz de Carvalho, (1929). in
Cinéfilo, nº 50.
- O XI Congresso Internacional de Ensino Secundário, (1929).
Imprensa Portugal-Brasil.
- Do Êxito das Ciências Biológicas do Ensino Secundário, (1929).
Imprensa Portugal-Brasil.
- A educação e a Cruz Vermelha da mocidade, (1930). in Modas &
Bordados, nº 957.
- A educação e a Cruz Vermelha, (1930). Imprensa Beleza.
- Cruz Vermelha Infantil, (1931). Imprensa Portugal-Brasil.
- Compêndio de Botânica para a II e V classes do Liceu (1932).
- Compêndio de Botânica para a VI e VII classes do Liceu (1932).
- Algumas observações sobre a folha de cistus em habitats
diferentes (1934). Lisboa: Imprensa Portugal-Brasil.
- Action du progynon sur la croissance des
végetaux (1935). Bulletin de la Societé Portugaise des Sciences
Naturelles, nº 4. Lisboa.
- Compêndio de Botânica para as III, IV e V classes dos
Liceus (1935). Lisboa: Edição da autora.
- Quelques observations sur la végétation de Sagres et du Cap de São
Vicente (1936). Bulletin de la Societé Portugaise des Sciences
Naturelles, nº 17. Lisboa.
- Sur le comportement des germinations des graines en présence de
quelques alcools, (1936). Bulletin de la Societé Portugaise des Sciences
Naturelles, nº 21. Lisboa.
- Action du progynon sur la germination et l'allongement des racines,
(1936). Separata do Boletim da Sociedade Broteriana, Vol XI. Lisboa.
- O grânulo do pólen na classificação das plantas, (1937). Naturalia, nº
4. Lisboa.
- Compêndio de Biologia, III Ciclo do Liceu (1937). Lisboa:
Livraria Bertrand.
- Compêndio de Botânica, II e V Anos do Liceu (1937). Lisboa:
Livraria Bertrand.
- Compêndio de Botânica, VI e VI Anos do Liceu (1937). Lisboa:
Livraria Bertrand.
- Carlos de Lineu (1938) O Académico Figueirense, nº5 - Ano V - 5ª série
e Separata de O Académico Figueirense, Figueira da Foz.
- Compêndio de Zoologia, IV, V e VI Anos do Liceu, (1939). Lisboa: Sá da
Costa.
- Algumas considerações sobre a tese «Localização do Ensino Secundário
num Plano Geral de Ensino», (1939). Lisboa: Imprensa Portugal-Brasil.
- Valor Educativo das Ciências Biológicas, (1941). Lisboa: Imprensa
Portugal-Brasil.
- Contribuição para o estudo comparativo da acção do arsénio e da
colquicina na célula vegetal, (1941). Lisboa: Imprensa Portugal-Brasil.
- Da acção do naftaleno na mitose da célula vegetal, (1941). I Congresso
Nacional de Ciências Naturais. Lisboa: Imprensa Portugal-Brasil.
- Da influência dos vapores do timol e da cânfora na célula vegetal,
(1941). I Congresso Nacional de Ciências Naturais. Lisboa: Imprensa
Portugal-Brasil.
- Do comportamento da cariocinese na presença de alguns alcoois, (1941).
I Congresso Nacional de Ciências Naturais. Lisboa: Imprensa
Portugal-Brasil.
- Da influência do p-diclorobenzeno na germinação e na mitose, (1942).
in Bulletin de la Société Portugaise des Sciences Naturelles, nº 5.
Lisboa.
- Contribuição para o estudo da estrutura do citoplasma, (1943). Lisboa:
Imprensa Portugal-Brasil.
- A Mulher contemporânea, entrevista, (1943). Diário de Lisboa, 21 de
Maio.
- Entrevista (1944). Eva, Número de Março.
- Compêndio de Botânica, II Ciclo do Liceu, (1950). Lisboa:
Livraria Bertrand.
- Biologia, 6º ano, (1965). Lisboa: Sá da Costa.
- Zoologia, 3º ano, (1965). Lisboa: Sá da Costa.
- Botânica, 4º e 5º anos, (s/ data). Livraria Popular Francisco Franco.
Bibliografia:
Museu Virtual da Educação (2014) [em linha].
http://edumuseu.sg.min-edu.pt/
[Consulta: 27 de junho de 2014]
Escola Secundária Seomara da Costa Primo
(2014) [em linha].
http://esseomaracostaprimo.ccems.pt/espaco_seomara/patrona.html
[Consulta: 27 de junho de 2014]
Imagens:
Memória recente e antiga (2014) [em linha]
http://memoriarecenteeantiga.blogspot.pt/2007_09_01_archive.html
[Consulta: 27 de junho de 2014]
MJS
2014/07/16
Peça do mês de julho
2014/07/09
Cavendish no Museu Virtual da Educação
Henry Cavendish (1731 – 1810) foi um
físico e químico britânico, nascido em Nice, França. A sua mãe, Lady Anne Grey,
era filha do Duque de Kent e o seu pai, Lord Charles Cavendish era filho do
Segundo Duque de Devonshire.
Em 1742 ingressou na Dr. Newcome's
School, situada perto de Londres.
Em 1749, prosseguiu os seus estudos, embora não os tenha concluído, na
Universidade de Cambridge em St. Peter’s College. Cavendish frequentava a Royal
Society e era bastante respeitado pelos seus membros.
Uma das experiências mais importantes
realizadas por Cavendish, entre 1797 e 1798, teve por objetivo medir a
densidade da Terra. O cientista aproveitou a ideia da balança de torção, e
criou um dispositivo com uma haste e uma esfera de chumbo em cada uma das
pontas, determinando a constante da gravitação universal.
Ao estudar os fenómenos elétricos,
Cavendish criou um aparelho de demonstração que se designa atualmente por
hemisférios de Cavendish. Era constituído por uma esfera metálica com suporte
isolante e dois hemisférios, ocos, que s e adaptam às dimensões da esfera. Após
eletrizar a esfera concluiu nos condutores a eletricidade distribui-se pela
superfície externa.
Cavendish isolou, produziu e estudou o
hidrogénio (H2). Outros cientistas, como é o caso de Robert Boyle, já o tinham
feito, mas só Cavendish reconheceu que o hidrogénio era um elemento químico. Observou
igualmente, à semelhança de Watt e Lavoisier, que quando misturado com
oxigénio, o hidrogénio reagia transformando-se em água.
Cem anos antes de William Ramsay e Lord
Rayleigh, Cavendish também determinou a composição da atmosfera terrestre:
79.167% de nitrogénio e argónio e 20.8333% de oxigénio.
Cavendish morreu em 1810, aos 78 anos,
mas muitas das suas descobertas só foram conhecidas após a sua morte. Cavendish
era um indivíduo muito reservado, evitando publicar a maior parte dos seus
trabalhos. Em 1879, James Clerk Maxwell tomou conhecimento dos documentos de
Cavendish e encontrou muitas descobertas e antecipações. Entre estas podemos
referir o conceito de “potencial elétrico” e de “constante dielétrica”; a
relação entre potencial elétrico e corrente, atualmente designada por Lei de
Ohm; leis para a divisão da corrente em circuitos paralelos, atribuída a
Wheatstone; e a Lei de Coulomb.
Bibliografia:
Museu Virtual da Educação (2013) [em
linha].
http://edumuseu.sg.min-edu.pt/
[Consulta: 28 de Novembro de 2013]
Museu da Física da Escola Secundária
Alexandre Herculano (2013) [em linha].
http://mfisica.nonio.uminho.pt/
[Consulta: 28 de Novembro de 2013]
Professor Bruce Mattson - Creighton
University (2013) [em linha]
http://mattson.creighton.edu/History_Gas_Chemistry/Cavendish.html
[Consulta: 28 de Novembro de 2013]
Michigan Technological University.
Department of Chemistry (2013) [em linha].
http://www.chemistry.mtu.edu/~pcharles/SCIHISTORY/HenryCavendish.html
[Consulta: 28 de Novembro de 2013]
Baú da Física e Química. Instrumentos
antigos de Física e Química de escolas secundárias em Portugal (2013) [em
linha]
http://baudafisica.web.ua.pt/Default.aspx
[Consulta: 28 de Novembro de 2013]
MJS