D. Miguel
I (1802 - 1866), “o Absolutista”, era o filho de D. João VI e de D. Carlota
Joaquina, tendo reinado apenas 4 anos, de 1828 a 1834. Embarcou para o Brasil
em 1807, juntamente com a família real.
Na
sequência da revolução liberal de 1820, D. Miguel regressou a Portugal em 1821,
opondo-se ao novo regime. Assumiu-se como líder dos partidários do Antigo
Regime e levou a cabo vários movimentos militares como a Vila-Francada (1823) e
a Abrilada (1824).
A
Vila-Francada levou à dissolução das Cortes e à queda da Constituição de 1822.
D. Miguel tornou-se comandante-chefe do exército português. Depois do segundo
golpe, a Abrilada, D. João VI interveio, destituiu o filho do seu cargo e
exilou-o.
Na
sequência da morte de D. João VI e da abdicação do trono português a favor de
D. Maria, por parte de D. Pedro, D. Miguel regressou ao país. Comprometeu-se a
jurar a Carta Constitucional e casou com a sua sobrinha. Pouco tempo depois,
dissolve as Câmaras, nomeia um novo ministério e convoca corte tradicionais com
a presença dos três estados, declarando-se monarca absoluto.
Os
liberais foram alvo das perseguições miguelistas e muitos exilaram-se no
estrangeiro. Milhares de pessoas foram executadas durante este período de
terror.
D.
Pedro abdicou a favor do seu filho, o futuro D. Pedro II do Brasil e reuniu um grupo
de liberais que desembarcou em Portugal com o objetivo de repor a situação. Iniciou-se
a Guerra Civil (1832-34) que terminou na Convenção de Évora-Monte com a vitória
dos liberais e com a subida ao trono de D. Maria II. D. Miguel foi exilado para
a Alemanha onde casou com D. Adelaide de
Loewenstein-Wertheim-Rochefort-Rosenberg em 1851. Faleceu em 1866.
No que respeita a medidas educativas durante
este reinado, não se conhecem projetos. Tratou-se de um período politicamente
instável do qual se aponta somente um retrocesso nas políticas educativas.
MJS
Sem comentários:
Enviar um comentário