2023/08/24

Educação e Monarquia: D. Miguel I (1802 – 1866)


D. Miguel I (1802 - 1866), “o Absolutista”, era o filho de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, tendo reinado apenas 4 anos, de 1828 a 1834. Embarcou para o Brasil em 1807, juntamente com a família real.

Na sequência da revolução liberal de 1820, D. Miguel regressou a Portugal em 1821, opondo-se ao novo regime. Assumiu-se como líder dos partidários do Antigo Regime e levou a cabo vários movimentos militares como a Vila-Francada (1823) e a Abrilada (1824).


(Imagem retirada da Internet)

A Vila-Francada levou à dissolução das Cortes e à queda da Constituição de 1822. D. Miguel tornou-se comandante-chefe do exército português. Depois do segundo golpe, a Abrilada, D. João VI interveio, destituiu o filho do seu cargo e exilou-o.

Na sequência da morte de D. João VI e da abdicação do trono português a favor de D. Maria, por parte de D. Pedro, D. Miguel regressou ao país. Comprometeu-se a jurar a Carta Constitucional e casou com a sua sobrinha. Pouco tempo depois, dissolve as Câmaras, nomeia um novo ministério e convoca corte tradicionais com a presença dos três estados, declarando-se monarca absoluto.

Os liberais foram alvo das perseguições miguelistas e muitos exilaram-se no estrangeiro. Milhares de pessoas foram executadas durante este período de terror.

D. Pedro abdicou a favor do seu filho, o futuro D. Pedro II do Brasil e reuniu um grupo de liberais que desembarcou em Portugal com o objetivo de repor a situação. Iniciou-se a Guerra Civil (1832-34) que terminou na Convenção de Évora-Monte com a vitória dos liberais e com a subida ao trono de D. Maria II. D. Miguel foi exilado para a Alemanha onde casou com D. Adelaide de Loewenstein-Wertheim-Rochefort-Rosenberg em 1851. Faleceu em 1866.

No que respeita a medidas educativas durante este reinado, não se conhecem projetos. Tratou-se de um período politicamente instável do qual se aponta somente um retrocesso nas políticas educativas.


MJS


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