2023/08/17

Educação e Monarquia: D. Pedro IV (1798 - 1834)

 

D. Pedro IV (1798 - 1834), “o Rei Soldado”, era filho de D. João VI e de D. Carlota Joaquina. Embarcou para o Brasil juntamente com a família real, no seguimento das invasões francesas. Em 1818 casou com D. Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo. Deste casamento nasceram D. Maria da Glória, futura D. Maria II de Portugal e Pedro, futuro D. Pedro II, Imperador do Brasil.

Aquando da vinda do seu pai, D. João VI, a Portugal para jurar a Constituição de 1822, D. Pedro permaneceu no Brasil, assegurando a regência. Acabou por liderar o movimento independentista brasileiro, declarando a sua independência a 7 de setembro de 1821.


(Imagem de D. Pedro IV retirada da Internet)

Com a morte de D. João em 1826, a regência de Portugal fica nas mãos da infanta D. Isabel Maria. D. Pedro decidiu abolir a Constituição de 1822 e outorgou aos portugueses a Carta Constitucional de 1826. Abdicou do trono português a favor da sua filha D. Maria da Glória que tinha, nessa altura, apenas 7 anos. Determinou que D. Maria casaria com o seu tio D. Miguel que se encontrava exilado e que este deveria jurar a Carta Constitucional.

D. Miguel jurou a Carta, mas pouco tempo depois (1827) repôs o absolutismo em Portugal, faltando ao compromisso assumido. A maior parte dos liberais foram perseguidos e muitos tiveram de se exilar.

Em virtude desta situação, D. Pedro abdicou do trono do Brasil a favor do seu filho, D. Pedro II (1831), e partiu para Portugal, onde reuniu um exército fiel à causa liberal. Desembarcou no Porto e deu-se início à Guerra Civil que opôs liberais e absolutistas. Esta guerra só terminará em maio de 1834 na Convenção de Évora-Monte: D. Miguel foi expulso de Portugal e a Carta Constitucional foi reposta. As Cortes de 1834 confirmaram a regência de D. Pedro, que viria a falecer um mês depois.

No que respeita a políticas educativas, a Carta Constitucional de 1826 instituído a frequência da instrução primária obrigatória para todos os cidadãos. Foram constituídos os primeiros currículos que se centravam na aquisição de conhecimentos básicos de leitura, escrita e aritmética.


MJS


2023/08/14

Peça do mês de agosto/2023

 


Lanterna de Reuter

 

Lanterna de Reuter utilizada no Laboratório de Física para a prática pedagógica.

Está inventariado com o número ME/401250/884 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária D. Dinis.


MJS

2023/08/10

Exposição Virtual: "Os Cinco Sentidos no Museu Virtual da Educação"

 

O corpo humano possui cinco sentidos que são a visão, audição, paladar, olfato e tato. Através dos recetores sensoriais conseguimos ter uma perceção do meio ambiente que nos rodeia: estes recebem o estímulo exterior, transformando-o num impulso nervoso que é enviado ao cérebro e interpretado pelo sistema nervoso.

Através da visão captamos os estímulos luminosos e conseguimos percecionar imagens. O olho, dotado de células fotossensíveis na retina, é o recetor destes estímulos que nos permitem compreender formas e cores. A mensagem recebida é enviada ao cérebro que a descodifica.

A audição recebe as ondas sonoras e através dela conseguimos captar os sons existentes no meio ambiente.

O paladar permite diferenciar os sabores e a temperatura e está diretamente relacionado com o olfato. As papilas gustativas, células sensoriais, encontram-se na língua, palato, faringe, epiglote e laringe.

O nariz é o órgão responsável pela captação de partículas que nos permitem diferenciar os cheiros presentes no ar. Através dos quimiorrecetores os seres humanos conseguem cheirar até 10 mil odores diferentes.

O tato distribui-se pelo nosso corpo ao longo da pele e das mucosas. Através dele conseguimos sentir pressão, dor, variação da temperatura, entre outros.

Nesta exposição, da qual constam várias imagens parietais, podemos observar a constituição do olho humano, do ouvido, da pele, da língua e do sistema olfativo, bem como a articulação deste com o sistema nervoso central.


Imagem parietal do corpo humano/Órgãos dos sentidos

ME/342129/39

Escola Secundária Marquesa de Alorna

Quadro parietal em relevo do corpo humano utilizado para ilustrar as aulas de Ciências Naturais, numa representação do globo ocular, ouvido e pele (corte transversal). Apresenta a legenda em francês no canto superior esquerdo.


Imagem parietal do corpo humano/Sistema nervoso e órgãos dos sentidos

ME/400129/148

Escola Secundária D. Sancho II

Quadro parietal com a representação esquemática da relação entre os vários órgãos dos sentidos com o sistema nervoso.


Imagem parietal do corpo humano/Órgãos dos sentidos

ME/400129/221

Escola Secundária D. Sancho II

Imagem parietal, representativa dos órgãos dos sentidos, utilizada para ilustrar matérias lecionadas nas aulas de Ciências Naturais. Podemos observar os diversos órgãos dos sentidos, através de cinco imagens totalmente identificadas, em corte e aumentadas, incluindo o sistema auditivo, o olho, o corte transversal de um dedo e da cabeça humana.


Imagem parietal do corpo humano/Órgãos dos sentidos

ME/400439/237

Escola Secundária Sebastião e Silva

Quadro utilizado em contexto pedagógico, para apoio visual nas aulas de Biologia. O título encontra-se no topo da imagem, e tem a designação de Quadro nº. 7, representando os órgãos dos sentidos, nomeadamente o aparelho olfativo, gustativo e do tato. Os desenhos apresentam imagens ampliadas e coloridas, em fundo creme, de grande rigor. Apresenta os vários aspetos dos diversos órgãos através de uma imagem geral a que se juntam outras com os pormenores. Tem ainda uma legendagem exaustiva, junto ao canto inferior direito.


Imagem parietal do corpo humano/Órgãos dos sentidos

ME/400257/54

Escola Secundária Infanta D. Maria

O quadro servia para ilustração das aulas de Biologia. Estão representados os órgãos dos sentidos: olfato, paladar e tato, cujas ilustrações estão dispostas na vertical. O quadro apresenta uma esquadria a negro sobre fundo claro. À esquerda, apresenta 5 ilustrações sobre o olfato; ao centro encontram-se 8 ilustrações do paladar e à direita, 6 ilustrações do tato. Cada ilustração apresenta a respetiva identificação.


Imagem parietal do corpo humano/Órgãos dos sentidos

ME/401018/46

Escola Secundária de Bocage

O quadro representa em A- corte da pele onde é visível: a) epiderme (com camada córnea, granulosa, espinhosa e camada basal; b) derme (constituída por glândulas sebáceas, nervos, vasos sanguíneos); c) hipoderme (constituída por tecido adiposo glândulas sudoríparas, vasos sanguíneos); B- corte da pele colocando em evidência o pelo; C- corte do corpúsculo de Meissner; D- língua e epiglote; E- detalhe do botão gustativo; F- áreas do paladar da língua 16- doce, 17- ácido, 18- sal, 19- amargo.


MJS



2023/08/07

Recursos Bibliográficos usados na elaboração do Analítico Liceu Infanta D. Maria, Coimbra (Parte 2)



(Imagem da fachada do Liceu Infanta D. Maria, Coimbra retirada da internet)


Apresenta a bibliografia usada por Maria Judite Seabra na elaboração do seu estudo Liceu Infanta D. Maria. Na presente bibliografia descascam-se muitas referências bibliográficas do próprio Arquivo da Escola Secundária Infanta D. Maria. Os relatórios dos reitores investigados encontram-se à guarda da Secretaria-Geral da educação e Ciência, na Divisão de Serviços de Documentação e de Arquivo.

 

Os estudos sobre arquivos escolares atualmente têm adquirido relevância no campo da história da educação. Com base na análise dos arquivos e dados escolares, poder-se-á compreender determinado período histórico e reinterpretação o passado, assim como entender as transformações nos processos de escolarização e do posicionamento das escolas como lugares de memória.

 

 

Bibliografia:

 

 

ARQUIVO PARTICULAR DA FAMÍLIA DIONYSIA CAMÕES [Manuscrito]. Verso contendo um pedido de uma professora à reitora [cedido]. [s.d.].

 

 

AVEZEDO, Rodrigo (1993). Os alunos do Liceu de Braga. Braga: Câmara Municipal de Braga.

 

 

COIMBRA. ARQUIVO DA ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTA D. MARIA. Livro de actas das Sessões do Conselho Administrativo. [s.d.].

 

 

COIMBRA. ARQUIVO DA ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTA D. MARIA. Livro de actas do Conselho Escolar. [s.d.].

 

 

COIMBRA. ARQUIVO DA ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTA D. MARIA. Livro de actas das sessões culturais. [s.d.].

 

 

COIMBRA. ARQUIVO DA ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTA D. MARIA. Livro de termos de matrícula. [s.d.].

 

 

COIMBRA. ARQUIVO DA ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTA D. MARIA. Livros de auto de posso. [s.d.].

 

 

COIMBRA. ARQUIVO DA ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTA D. MARIA. Livros de termos de exames. [s.d.].

 

 

COIMBRA. ARQUIVO DA ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTA D. MARIA. Livros de frequências. [s.d.].

 

 

COIMBRA. ARQUIVO DA ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTA D. MARIA. Livros do cadastro de pessoal. [s.d.].

 

 

COIMBRA. ARQUIVO DA ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTA D. MARIA. Livros referentes às exposições. [s.d.].

 

 

COIMBRA. ARQUIVO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA. Processos de inscrição dos alunos na Faculdade de Letras. [s.d.].

 

 

COIMBRA. ARQUIVO DA ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTA D. MARIA. Relatórios da reitora. [s.d.].

 

 

COSTA, D. António da (1893). A mulher em Portugal. Lisboa: Livraria Féran.

 

 

CUNHA, Pedro José da (1916). O ensino secundário do sexo feminino em Portugal. Separata Educação Geral e Técnica. Lisboa: Cada Portuguesa.

 

 

GRAÍNHA, M. Borges (1905). A Instrução secundária de ambos os sexos no estrangeiro e em Portugal. Lisboa: Tipografia Universal.

 

 

LA FUENTE, Maria Rosa (1989). O ensino secundário feminino: os primeiros vinte anos da Escola Maria Pia. Lisboa: M. La Fuente.

Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanos, Universidade Nona de Lisboa.

 

 

LISBOA. ARQUIVO HISTÓRICO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Liceus “Criação, categorias e denominação”, Lisboa Secção do Ensino Secundário [s. d.].

 

 

LISBOA. ARQUIVO HISTÓRICO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Relatórios de reitores, Liceu da Infanta D. Maria. Lisboa. [s. d.].

 

 

LISBOA. ARQUIVO HISTÓRICO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Relatório dos reitores, Liceu da Infanta D. Maria. [s. d.].

 

 

MACHADO, Bernardino (1899). O ensino primário e secundário. Coimbra: Tipografia França Amado.

 

 

OSÓRIO, Ana de Castro (1905). Às mulheres portuguesas. Lisboa: Livraria Editora Viúva Tavares Cardoso.

 

 

PESRANA, Alice (1892). “O que deve ser a instrução secundária da mulher”. In: Actas do Congresso Pedagógico Hispano-Português-Americano. Lisboa: [s. n.]. 1892.

 

 

PORTUGAL. MISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS (1948).  8.º Relatório dos trabalhos realizados em 1947/48 em cumprimento dos programas aprovados pela Junta das Construções para o Ensino Técnico e Secundário. Lisboa: Mistério das Obras Públicas.

 

 

ROCHA, Maria Cristina Tavares Teles da (1881). A educação feminina entre o particular e o público. Lisboa: M. C. Teles da Rocha.

Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanos, Universidade Nona de Lisboa.

 

 

SEABRA, Maria Judite (1998). “O destino escolar no feminino: do Liceu de Coimbra à universidade, durante a 1.º República”. In: Actas do 1.º Congresso Luso-Brasileiro de História de Educação: Leitura e Escrita em Portugal e no Brasil 1500-1970, vol. 3 (1998).

 

 

SEABRA, Maria Judite (1999). Os liceus na sociedade coimbrã (1840-1930). Lisboa: M. Judite Seabra.

Tese de Doutoramento apresentada à universidade de Lisboa.

 

 

SEABRA, Maria Judite (1983). A mulher e o dote na segunda metade do século XVIII. Separata Antropologia Portuguesa. Coimbra: Universidade, Instituto de Antropologia, vol. 1 (1983).

 

 P. M. 

 

 

Seabra, Maria Judite (2003). Liceu Infanta D. Maria (Coimbra). In: Liceus de Portugal: histórias, arquivos, memórias. Lisboa: Edições Asa, pp. 220-221.

 

 

2023/08/03

Resumo do Artigo Liceu D. Maria, Coimbra de Maria Judite Seabra (Parte I)


(Imagem da fachada do Liceu Infanta D. Maria, Coimbra retirada da internet)


Judite Seabra na sua investigação apresenta data chave da criação e funcionamento do Liceu Infanta D. Maria: Criação: 1918 (Decreto-lei de 14 de julho) e inicio de funcionamento no ano letivo de 1918/19.

 

Designações:

    - Nome de origem: Liceu Feminino de Coimbra;

    - A partir de 1919: Liceu Nacional Infanta D. Maria.

 

Desde a sua origem que foi um liceu de frequência feminina.  A sua localização começou por ser em instalações provisória, a partir de 1919 passa a instala-se numa Casa particular na Avenida Sá da bandeira, n.º 111. A partir de 1932 ocupa a Quinta da rainha (local da atual Maternidade e Centro de saúde e Assistência Materno-Infantil Bissaya Barreto). Mais tarde, em 1937 a escola ocupa o Edifício de S. Bento. Em 1948, localiza-se na quinta do Gavino - Calhabé (atual Rua Infanta D. Maria).

 

O edifício construído de raz para o Liceu foi inaugurado no dia 1 de outubro de 1948, projetado para 560 alunas pelo Arquiteto Fernando de Sá. O projeto aprovado em 1938, e alterado pelo Arquiteto Francisco Assis em 1944.

 

Reitores do Liceu Infante D. Maria:

 

    - António de Almeida e Sousa - 1919-1910;

    - Maria Emília Salvador - 1920-1921;

    - Susana Rodrigues de Carvalho - 1922-1928;

    - Maria Teresa Silva Basto - 1928-1929;

    - Elisa Figueira - 1929-1937;

    - Dionysia Camões - 1937-1966;

    - Amélia Rosa Matos - 1966-1972;

    - Alice Gouveia - 1972-1974.

 

A Investigação de Maria Judite Seabra[1] transcreve uma listagem dos reitores que fizeram parte da escola até 1974, por sua vez, a Divisão de Serviços da Documentação e de Arquivo da Secretaria-Geral da Educação e Ciência apresenta-nos um fundo arquivístico de alguns desses mesmos reitores; cuja organização das séries documentais inventariadas segue a estrutura adotada pela Portaria de Gestão de Documentos n.º 1310/2005, de 21 de dezembro:


Âmbito cronológico:

Cota:

1939-[s.m.]-[s.d.] / 1940-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0012/00077

1937-[s.m.]-[s.d.] / 1938-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0004/00026

1938-[s.m.]-[s.d.] / 1939-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0009/00057

1941-[s.m.]-[s.d.] / 1942-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0014/00091

1942-[s.m.]-[s.d.] / 1943-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0015/00103

1955-[s.m.]-[s.d.] / 1956-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0052/00455

1944-[s.m.]-[s.d.] / 1945-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0023/00147

1958-[s.m.]-[s.d.] / 1959-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0057/00516

1940-[s.m.]-[s.d.] / 1941-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0018/00114

1957-[s.m.]-[s.d.] / 1958-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0055/00503

1943-[s.m.]-[s.d.] / 1944-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0021/00129

1959-[s.m.]-[s.d.] / 1960-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0060/00551

1954-[s.m.]-[s.d.] / 1955-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0050/00425

 

 

 

 

Os relatórios de reitor, grosso modo, são uma apreciação das condições pedagógicas das instalações e do material de ensino; emissão de pareceres didáticos; estudo do rendimento do ensino em cada liceu e sua correlação com os professores; elaboração de estatísticas; classificação do serviço dos professores; realização de inquéritos e sindicâncias; instrução de processos movidos a professores, etc.

 

P. M. 

 

Seabra, Maria Judite (2003). Liceu Infanta D. Maria (Coimbra). In: Liceus de Portugal: histórias, arquivos, memórias. Lisboa: Edições Asa, pp. 202-219.

 




[1] Doutora em educação coma tese de doutoramento: Os liceus na sociedade coimbrã (1840-1930). Coimbra: Departamento de Educação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.  Dissertação de Doutoramento em História e Filosofia da Educação.

  

2023/07/31

Exposição virtual: "Arquitetura: do Românico ao Barroco"

 

Nesta exposição, que inclui imagens parietais, são representados os vários estilos arquitetónicos, para visualização e aprendizagem em História da Arte.

O Românico foi o primeiro estilo artístico da Cristandade Ocidental, congregando elementos romanos, germânicos, bizantinos, islâmicos e arménios. Devido ao importante papel desempenhado pela Igreja, privilegiou-se a construção de edifícios religiosos como mosteiros, igrejas ou catedrais. A planta era normalmente composta por três a cinco naves e o estilo acentuadamente defensivo. A arte deste período é indissociável da religião cristã, pedagógica, com figuras lineares e sem perspetiva.

O Gótico afirmou-se na Europa dos séculos XII a XIV e teve uma estética de elevação espiritual, caracterizando-se pela construção de catedrais: uso do arco ogival, da abóbada de nervuras cruzadas e dos contrafortes. A planta adota a cruz latina, com três naves. A arte continua a representar temas da Bíblia, com uma função de ensino dos fundamentos do Cristianismo. Surge uma inovação neste período que foi o uso do vitral.

O Renascimento surgiu no século XV prolongando-se até ao século XVII, retomando a arquitetura da Antiguidade Clássica: a busca da perfeição e da harmonia, a disposição ordenada dos elementos, os arcos de volta perfeita, a utilização da perspetiva e da proporção e a presença de aspetos humanistas. As artes tornam-se independentes da arquitetura. São construídas igrejas, catedrais, palácios e fortalezas.

O Barroco apareceu em finais do século XVII, com a consolidação das monarquias absolutas. Tinha como características a representação realista, a procura do movimento, os contrastes luminosos e o gosto pelo teatral. Continuaram-se a construir igrejas e palácios, com traçados geométricos, dinâmicos e formas curvas e ovais, abandonando-se os esquemas de composição mais rígidos.


Imagem parietal de arquitetura/Românica

ME/400180/4

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura românica utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se de uma perspetiva de um claustro, vendo-se quatro colunas com diferentes tipos de capitéis, dos simples, sem decoração, aos vegetalistas e geometrizantes, com elementos entrelaçados. No lado esquerdo, pode observar-se uma igreja românica de três naves, com dois campanários, junto à abside. Na parede do claustro, está patente uma planta cruciforme de igreja românica e mais ao fundo uma abóbada de berço. No chão, do lado direito, destacam-se duas pedras tumulares, emolduradas com motivos florais esculpidos. Ao fundo do claustro destaca-se a arcaria de volta inteira.


Imagem parietal de arquitetura/Românica

ME/400180/5

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura românica utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se do interior de uma igreja com perspetiva focada na nave central. Lateralmente (em ambos os lados) observam-se colunas monocilíndricas que suportam arcos de volta perfeita. O teto é plano e decorado com frescos. No conjunto destaca-se uma exuberante decoração com frescos iconográficos, policromados, predominando os tons ocre e azul. As personagens inscrevem-se em largas bandas horizontais. No nível superior observam-se janelões com arcos de volta perfeita. Ao fundo, ao centro, vemos o altar-mor e duas representações de Cristo. É notória a influência bizantina em todo o conjunto.


Imagem parietal de arquitetura/Gótica

ME/400180/2

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura gótica utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se do interior de uma catedral gótica, com perspetiva focada na nave central. À esquerda, observa-se uma sequência de colunas, com base, fuste e capitel, ornadas com estatuária iconográfica, fazendo o suporte ao arcaria em ogiva e respetiva abóbada, com cruzamentos nervurados. Na galeria superior de circulação, observam-se colunatas, vitrais e pequenas rosáceas. Do lado direito, simétrica sequência de colunas e estatuária diferenciada. Ao centro, destaque para a abside profusamente iluminada com vitrais e representação estilizada do altar. No plano inferior, ilustração do pavimento e bancos dispostos simetricamente. Percebe-se, no conjunto, a intenção de realçar a verticalidade das formas, com valorização da altura. Predominam os tons cinza e pedra, já esbatidos.


Imagem parietal de arquitetura/Gótica

ME/400180/7

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura gótica utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se de uma representação de um conjunto arquitetónico constituído por edifícios civis e religiosos, de estilo gótico, ladeando uma ampla praça. À esquerda, imponente edifício em arcada, aparentemente sede do poder político comunal, a julgar pelas insígnias esculpidas em pedras de armas, formando um friso por cima do arco inferior. Destacam-se arcos em ogiva e pináculos de pedra rendilhada. Ainda à esquerda, mas em segundo plano, outro edifício evidencia idênticos elementos arquitetónicos. Ao centro, em destaque, está representada uma catedral exemplificativa desta nova estética: percebe se a intenção de valorizar a altura; observam-se arcos em ogiva, duas torres encimadas por pináculos, uso de vitrais e pequenas rosáceas. O alçado lateral evidencia arcos botantes. À direita, quatro edifícios completam o conjunto, sendo o primeiro muito mais pormenorizado do que os restantes: cinco pisos com arcos ogivais, vitrais, rosáceas e pináculos. No centro do quadro, em primeiro plano, uma pequena torre concentra todos os elementos arquitetónicos já referidos. Num plano posterior, visualiza-se um casario urbano e, no cimo de um monte, uma representação muito simplificada de uma construção conventual.


Imagem parietal de arquitetura/Renascentista

ME/400180/11

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura renascentista utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Na imagem estão representados alguns edifícios e elementos arquitetónicos do Renascimento bem como da escultura. No lado direito perfilam-se três edifícios civis do Renascimento nórdico, enquanto do lado esquerdo se situam edifícios de aparência italiana. No centro, está representado o monumento equestre a Bartolomeo Colleoni, de Andrea del Verrochio.


Imagem parietal de arquitetura/Renascentista

ME/400180/3

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura renascentista utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se do interior de uma igreja renascentista, provavelmente o interior da Basílica de S. Pedro em Roma, com perspetiva focada na nave central. À esquerda e à direita, observa-se uma sequência de colunas e arcadas ornadas com baixo-relevo. Na nave central fica em destaque o teto, profusamente trabalhado e pavimento, dando uma sensação de profundidade. Predominam os tons laranja e vermelho da decoração que contrastam com o cinzento esverdeado da pedra utilizada na construção. A arquitetura renascentista retoma o modelo arquitetónico da cruz grega, coroado por uma cúpula, notando-se o abandono da verticalidade das igrejas góticas. Há um maior dinamismo atribuído aos espaços internos e às fachadas.


Imagem parietal de arquitetura/Barroca

ME/400180/6

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura barroca utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se de uma representação de interior barroco europeu, com colunas de cores diferentes e tetos ricamente decorados, com aplicações em relevos e pinturas, que conferem grande dinamismo e emotividade à imagem. O barroco nasce marcado pela reação da Igreja Católica ao movimento protestante. O desenvolvimento dos regimes absolutistas vai igualmente contribuir para o florescimento deste estilo, caracterizado, em traços gerais, pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação.


Imagem parietal de arquitetura/Barroca

ME/400180/8

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura barroca utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se de uma representação de vários edifícios e elementos da arquitetura barroca europeia. Ao centro e em primeiro plano observa-se um jardim com uma balaustrada na entrada. Mais ao longe, vê-se outro jardim, de tipologia diferente e mais à direita, numa colina, observa-se uma representação do que parece ser o Mosteiro de Melk, na Áustria, de Jakob Prandtauer. O barroco nasce marcado pela reação da Igreja Católica ao movimento protestante. O desenvolvimento dos regimes absolutistas vai igualmente contribuir para o florescimento deste estilo, caracterizado, em traços gerais, pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação.


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