II – Os
Edifícios dos Centenários
3. A
Realização das “Fases” do Plano dos Centenários
4. Alterações
aos Projetos
Durante
o ano de 1944 viveu-se um período de grande carestia e racionamento de bens
essenciais, tanto nas casas particulares como nas cantinas das escolas. Apesar
disso, o estado mostrava algum dinamismo com construções efetuadas em
diferentes áreas, desde os aeroportos até aos estádios. Desta forma, foi
anunciada a execução da primeira fase do Planos dos Centenários a 13 de maio de
1944, com 561 edifícios escolares e 12 500 salas de aula previstas.
Até
meados da década de 60 houve 5 fases do Plano dos Centenários, sempre com
atrasos. Era bastante difícil encontrar terrenos disponíveis que cumprissem os
requisitos básicos indicados:
-
orientação entre Nascente e Sul;
- área
não inferior a 2000 m2;
-
planos e geologicamente compatíveis com a construção;
- pontos
de água ou fácil acesso aos mesmos.
Como
tal, as escolas foram sendo construídas em locais afastados das povoações e
muitas sem água potável, implicando uma deslocação de vários quilómetros para
as crianças.
Ao
longo das diversas fases deste Plano foram sendo feitos ajustes e alterações
nas técnicas de construção e aos projetos iniciais dos edifícios. Conforme as
escolas foram sendo concluídas perceberam-se algumas deficiências no seu
funcionamento e a falta de normalização de alguns componentes. Os cortes
orçamentais levaram a alterações à traça inicial das Escolas dos Centenários.
Como
exemplo, apresenta-se o Alçado principal do Tipo Beira Litoral –Cantaria,
salas, como foi apresentado pelo Arquiteto Joaquim Areal e como foi aplicado.
Fonte: BEJA, Filomena, et al.
Muitos Anos de Escolas – Volume II –
Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa,
Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.
MJS
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