2025/08/18

Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70 – Capítulo II – Os Edifícios dos Centenários (Parte V)

 

II – Os Edifícios dos Centenários

    3. A Realização das “Fases” do Plano dos Centenários

    4. Alterações aos Projetos

 

Durante o ano de 1944 viveu-se um período de grande carestia e racionamento de bens essenciais, tanto nas casas particulares como nas cantinas das escolas. Apesar disso, o estado mostrava algum dinamismo com construções efetuadas em diferentes áreas, desde os aeroportos até aos estádios. Desta forma, foi anunciada a execução da primeira fase do Planos dos Centenários a 13 de maio de 1944, com 561 edifícios escolares e 12 500 salas de aula previstas.


(Imagem/Tabela onde constam os totais nacionais previstos no Plano dos Centenários divididos por distritos entre as várias zonas - Norte, Centro, Lisboa, Sul, Madeira e Açores)



Até meados da década de 60 houve 5 fases do Plano dos Centenários, sempre com atrasos. Era bastante difícil encontrar terrenos disponíveis que cumprissem os requisitos básicos indicados:

- orientação entre Nascente e Sul;

- área não inferior a 2000 m2;

- planos e geologicamente compatíveis com a construção;

- pontos de água ou fácil acesso aos mesmos.

Como tal, as escolas foram sendo construídas em locais afastados das povoações e muitas sem água potável, implicando uma deslocação de vários quilómetros para as crianças.

Ao longo das diversas fases deste Plano foram sendo feitos ajustes e alterações nas técnicas de construção e aos projetos iniciais dos edifícios. Conforme as escolas foram sendo concluídas perceberam-se algumas deficiências no seu funcionamento e a falta de normalização de alguns componentes. Os cortes orçamentais levaram a alterações à traça inicial das Escolas dos Centenários.

Como exemplo, apresenta-se o Alçado principal do Tipo Beira Litoral –Cantaria, salas, como foi apresentado pelo Arquiteto Joaquim Areal e como foi aplicado.


(No topo da imagem encontra-se o desenho do edifício simplificado pelo arquiteto e em baixo, a sua aplicação prática por parte da DGCE) 


 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa, Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.


MJS


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