2025/10/09

Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70 – Capítulo VI – As Casas dos Professores


 

Foi sempre comum o professor residir junto da escola onde lecionava, chegando mesmo a não existir qualquer distinção entre o espaço de habitação e o espaço da aula. A partir de 1866, na sequência do testamento do Conde de Ferreira, definiram-se algumas regras para este tipo de habitação: localizada geralmente nas traseiras do edifício, com cozinha, sala, gabinete de trabalho e dois quartos, distribuídos entre o rés-do-chão e o primeiro andar.


(Imagem da planta e alçado de uma habitação de um professor)


Após 1902, Adães Bermudes apresentou projetos que valorizavam a casa e o papel do professor primário. No entanto, muitas escolas funcionaram em edifícios adaptados e o professor residia em instalações fornecidas pela Junta de Freguesia ou Câmara Municipal.

Na década de 30, o Arquiteto Guilherme Rebello de Andrade elaborou o Projeto-Tipo N.º 91, um bloco de habitações para professores que podia ser construído em qualquer terreno disponível. Não chegou a seu posto em prática divido às dificuldades financeiras do governo. A situação foi-se agravando progressivamente através do aumento de escolas localizadas em locais mais remotos e de difícil acesso.


(Imagem do Alçado principal e posterior do Projeto Tipo N.º 91 para habitação de professores)


A partir de 1969, o governo decidiu suportar os encargos com a construção e mobiliário das casas dos professores. Para tal, foi feito um trabalho de recolha de dados com as necessidades por concelho e em 1970 deu-se inicio ao Concurso para a criação de Projetos-Tipo. A situação arrastou-se até 1973, optando-se pelo projeto do Arquiteto José dos Santos.

 

 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa, Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.


MJS


2025/10/06

Exposição virtual: "Faróis de Portugal"

 

Um farol é uma estrutura elevada, geralmente uma torre, que dispõe de uma potente fonte de luz e espelhos refletores. Esta luz, visível a longa distância, tem o objetivo de orientar as embarcações durante os períodos noturnos, localizando-se junto ao mar ou em ilhas próximas. Pensa-se que a palavra deriva do grego Faros, a designação da ilha próxima de Alexandria, onde em 280 a. C. se ergueu o famoso Farol.

Em Portugal os faróis tiveram um papel de destaque ao longo da história, sobretudo na época dos Descobrimentos. A manutenção desta rede foi feita, desde 1892, pela Marinha Portuguesa. Em 1924 foi criada a Direção de Faróis, parte integrante da Direção-Geral da Autoridade Marítima, que é responsável pela elaboração de estudos, instalação e manutenção deste sistema de navegação.

Nesta exposição são apresentados diversos faróis da costa portuguesa, como é o caso do farol do Forte de Santa Catarina, na Figueira da Foz; o farol da praia com o mesmo nome, em Aveiro; o Farolim do Portinho do Revés, em Peniche; o Farol de S. Vicente, em Sagres; o Farol do Cabo Carvoeiro; e o Farol das Ilhas Berlengas.

 

Postal

ME/ESDJC/507

Escola Secundária D. João de Castro

Postal a preto e branco do Forte de Santa Catarina na Figueira da Foz vendo-se diversos automóveis e autocarros na praça. O Forte de Santa Catarina localiza-se na cidade e freguesia de São Julião da Figueira da Foz. Trata-se de uma construção militar que cooperava com a Fortaleza de Buarcos e o Fortim de Palheiros na defesa do porto e da baía da Figueira da Foz e de Buarcos. Pensa-se que os alicerces desta fortificação remontam ao reinado de D. João I (1385-1433), mas foi em outubro de 1585 que alguns homens-bons da Câmara Municipal de Coimbra requereram a Filipe I de Portugal (1580-1598) a construção de um forte, a erguer à entrada da barra do rio Mondego, nos rochedos conhecidos como Monte de Santa Catarina. O forte foi reforçado e modernizado em 1643, quando foi aumentada uma das cortinas da fortificação, ampliando-lhe a artilharia para 15 peças de diferentes calibres, no contexto da Restauração da Independência. No alvorecer do século XIX, quando da Guerra Peninsular, em 1808 o forte foi ocupado pelas tropas napoleónicas sob o comando de Jean-Andoche Junot. Em 1911 uma parte do espaço do forte foi cedida ao Instituto de Socorros a Náufragos. O restante foi arrendado ao Ténis Club Figueirense, alguns anos mais tarde. Terá sido também no alvorecer do século XX que foi edificado o farol de ferro no centro da praça-forte, importante auxílio à navegação na entrada da barra, desativado em 1991. O Forte de Santa Catarina apresenta planta no formato triangular, orgânica, adaptada ao terreno irregular sobre o qual se ergue. Foi criticada por apresentar um ângulo muito agudo nas faces de um dos baluartes, o que poderia comprometer a defesa. Os restantes apresentam-se com faces em forma de cauda de andorinha. Na praça de armas foram edificadas as casernas e a Capela de Santa Catarina, um oratório de planta quadrangular e tipologia maneirista, edificada por volta de 1598, com uma imagem da padroeira datando do século XVIII. No verso, carimbos da "Escola Secundária D. João de Castro" e do fotógrafo, "Fotografia Lys. 41, à Praça Velha, 42. Figueira da Foz" bem como a identificação do local (dactilografado). O postal integra um conjunto de materiais audiovisuais da antiga Escola D. João de Castro, utilizados no contexto das atividades pedagógicas, nomeadamente nas disciplinas de História/Geografia.

 

Postal

ME/ESDJC/261

Escola Secundária D. João de Castro

Fotografia a preto e branco da Praia do Farol, em Aveiro, vista aérea onde se observa a praia, o farol e a povoação. No canto superior esquerdo é identificado o local, a letras brancas, e no verso encontra-se a identificação do editor, "Edição Bruno da Rocha & C.ª - Aveiro", bem como o carimbo da "Escola Secundária D. João de Castro". O postal integra um conjunto de materiais audiovisuais da antiga Escola D. João de Castro, utilizados no contexto das atividades pedagógicas, nomeadamente nas disciplinas de História/Geografia.

 

Postal

ME/ESDJC/747

Escola Secundária D. João de Castro

Postal a preto e branco do Farolim do Portinho do Revés, em Peniche. No verso, carimbos da "Escola Secundária D. João de Castro", identificação do editor - "Livraria Trindade. Peniche" - e do local (tira de papel colada ao postal). Apresenta ainda a seguinte inscrição "Oferece Câmara Municipal de Peniche" (carimbo). O postal integra um conjunto de materiais audiovisuais da antiga Escola D. João de Castro, utilizados no contexto das atividades pedagógicas, nomeadamente nas disciplinas de História/Geografia.

 

Postal

ME/ESDJC/751

Escola Secundária D. João de Castro

Postal a preto e branco do Farol do Cabo Carvoeiro (Peniche). Em baixo, identificação do local. No verso, carimbos da "Escola Secundária D. João de Castro" e identificação do editor - "Casa Montez. Peniche". Apresenta ainda a seguinte inscrição "Oferece Câmara Municipal de Peniche" (carimbo). O postal integra um conjunto de materiais audiovisuais da antiga Escola D. João de Castro, utilizados no contexto das atividades pedagógicas, nomeadamente nas disciplinas de História/Geografia.

 

Postal

ME/ESDJC/803

Escola Secundária D. João de Castro

Postal a preto e branco do Farol de S. Vicente, em Sagres. Em baixo, identificação do local. No verso, carimbo da "Escola Secundária D. João de Castro", identificação do editor "Américo Correia Arez - Vila do Bispo" e da coleção: "Colecção de Postaes da Revista Latina - N.º 28". O postal integra um conjunto de materiais audiovisuais da antiga Escola D. João de Castro, utilizados no contexto das atividades pedagógicas, nomeadamente nas disciplinas de História/Geografia.

 

Postal

ME/ESDJC/735

Escola Secundária D. João de Castro

Postal a preto e branco da Berlenga Grande, ilha pertencente ao arquipélago das Berlengas, Peniche, vendo-se o farol da ilha. Em baixo, identificação do local. No verso, carimbos da "Escola Secundária D. João de Castro" e identificação do editor - "Casa Montez. Peniche". Apresenta ainda a seguinte inscrição "Oferece Câmara Municipal de Peniche (carimbo)".


MJs