2023/02/23

Exposição Virtual : "O Barómetro no Museu Virtual da Educação"

O barómetro é um aparelho utilizado na área de meteorologia para medir a pressão atmosférica, ou seja, a pressão exercida pela atmosfera sobre a superfície terrestre. Existem basicamente dois tipos de barómetros: os de mercúrio e os aneroides (metálicos). 

O primeiro barómetro foi inventado por Torricelli em 1643, baseado nos estudos prévios elaborados por Galileu. Era composto por um tubo de vidro cheio de mercúrio, fechado numa das extremidades. Ao inverter o tubo, Torricelli mergulhou a parte aberta num reservatório que também continha mercúrio. Ao efetuar esta experiência verificou que a coluna de mercúrio estabilizou a 760 milímetros devido à pressão atmosférica. Concluiu que a pressão atmosférica normal é de 760mmHg, sendo Hg o símbolo químico do mercúrio. Quanto maior fosse a pressão, mais elevada ficaria a coluna de mercúrio. Em 1666, Robert Boyle deu o nome de barómetro a este instrumento. Robert Hooke aperfeiçoou esta invenção através da introdução de um quadrante graduado e de uma agulha indicadora.

O barómetro aneroide não tem coluna de mercúrio, mas sim uma caixa metálica cuja tampa se estende e se comprime por ação da pressão atmosférica. Esta informação é transmitida a um ponteiro calibrado que determina a unidade de medida. É menos preciso que os barómetros de mercúrio, mas mais resistente.

Nesta exposição são apresentados alguns tipos de barómetros, comumente utilizados em contexto das práticas pedagógicas de física ou geografia. Entre estes inclui-se o barómetro de Torricelli, o de Fortin ou o de sifão e ainda o barómetro aneroide de Vidie.


Barómetro aneroide de Vidie

ME/400180/68

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Instrumento utilizado em contexto das práticas pedagógicas nas aulas de Física. Trata-se de um barómetro aneroide de demonstração, que permite medir as variações da pressão atmosférica. É constituído por uma engrenagem leve e um ponteiro de latão que ampliam as variações de pressão, as quais podem ser lidas numa escala expressa em unidades de pressão. Este dispositivo está montado em caixa circular de metal, hermeticamente fechada, com mostrador em vidro.


Barómetro de Fortin

ME/401250/2042

Escola Secundária D. Dinis

O barómetro é um instrumento que permite medir a pressão atmosférica, podendo ser do tipo coluna de mercúrio ou do tipo aneroide (metálico). Foi inventado por Evangelista Torricelli em 1643, e funciona porque o ar tem peso. Torricelli observou que, se a abertura de um tubo de vidro fosse cheia com mercúrio, a pressão atmosférica iria afetar o peso da coluna de mercúrio no tubo e quanto maior fosse a pressão do ar, mais comprida ficava a coluna de mercúrio. Assim, a pressão pode ser calculada, multiplicando-se o peso da coluna de mercúrio pela densidade do mercúrio e pela aceleração da gravidade.


Barómetro de Torricelli

ME/404652/328

Escola Secundária de Pedro Nunes

O conjunto é composto pelas seguintes peças: 2 tubos graduados, de 10 em 10 cm desde 0 a 50 cm e em milímetros desde 50 cm a 84,5 cm, tendo de comprimento 84,5 cm e de diâmetro internam 6 mm; 1 tubo sem graduação (c = 87 cm; di = 6 mm); 1 tubo sem graduação (c = 76 cm; d = 6 mm), que se encontra partido (estes tubos têm no inventário anterior os seguintes números D.6.2, D.6.3, D.6.4 e D.6.5); um suporte para tubos de Torricelli (número D.6.6 no inventário anterior), composto por uma haste de ferro em que se cruzam duas garras a níveis diferentes, com três pinças cada uma para fixarem verticalmente 3 tubos de Torricelli; uma base de tripé com plataforma para uma tina retangular de vidro (20 cm x 6,5 cm x 5 cm), com o número D.6.7 no inventário anterior.


Barómetro de Sifão

ME/402436/1391

Escola Secundária de Passos Manuel

Instrumento utilizado nas aulas de Física. O barómetro de sifão com índice móvel e termómetro permite medir a pressão atmosférica. A coluna de mercúrio do barómetro sobe ou desde de acordo com a pressão atmosférica exercida sobre ela. Quando o mercúrio desce, a pressão atmosférica aumenta e quando o mercúrio sobe, a pressão atmosférica diminui. A variação da coluna de mercúrio é marcada numa escala.


Barómetro registador

ME/402047/95

Escola Secundária Latino Coelho

Instrumento utilizado em contexto das práticas pedagógicas de Física. Trata-se de um barómetro registador, também denominado de termógrafo, de grande precisão com caixa de madeira envidraçada, completo com folha de gráfico, tinta e pena. Este instrumento para além de medir a temperatura, regista continuamente os seus valores.


Barómetro e termómetro

ME/401766/44

Escola Secundária Filipa de Vilhena

Barómetro e termómetro de parede, oferta da Drogaria Portuense. O barómetro de parede é utilizado para leituras de pressão atmosférica e o termómetro para medição da temperatura.


MJS


2023/02/20

Educação e Monarquia: D. Afonso III (1210 - 1279)


D. Afonso III (1210 – 1279), “o Bolonhês”, irmão de D. Sancho II, era o segundo filho de D. Afonso II e D. Urraca. Em 1227 partiu para França, tendo frequentado a corte de Luís IX. Casou em 1238 com D. Matilde, Condessa de Bolonha.

Após a sua chegada a Lisboa em finais de 1245 derrotou o seu irmão e subiu ao trono com o apoio da Santa Sé, terminando com os conflitos internos.

O seu maior feito foi a conquista definitiva do Algarve que ocorreu com a tomada de Faro em 1249, onde se destacaram as Ordens de Santiago e Calatrava. Não foi uma conquista pacífica pois gerou alguns problemas com Castela.

(Imagem retirada da Internet)


D. Afonso fez tudo ao seu alcance para resolver esta situação nomeadamente através da anulação do casamento com D. Matilde de Bolonha, tomando como esposa D. Beatriz, filha ilegítima de Afonso X. A questão ficou resolvida em 1267 através do Tratado de Badajoz que estabeleceu as fronteiras entre as duas nações.

Ao nível interno houve grandes preocupações com a fundação de novas povoações, concessão de forais e renovação de locais abandonados.

Lisboa foi elevada a capital do reino e foram convocadas as primeiras Cortes com representantes dos concelhos (Leiria, 1254). Em 1258, o monarca levou a cabo Inquirições, através das quais se reconheceram os abusos das classes privilegiadas. D. Afonso tomou medidas para reprimir estes abusos, o que resultou numa violenta reação do clero que apelou para a Santa Sé. Só em 1279, próximo da sua morte é que o monarca recuou nas medidas protecionistas e jurou fidelidade à Santa Sé.

A partir da segunda metade do século XII foram sendo adotadas várias medidas tendentes à reforma do ensino. Por iniciativa de Dom Estêvão Martins, pertencente ao Mosteiro de Alcobaça, houve a abertura das lições a pessoas que não pertenciam à Ordem. Em 1269 começou a funcionar uma das primeiras escolas públicas da Europa. O ensino incluía a aprendizagem do alfabeto, o estudo do Saltério e problemas simples de aritmética.

No que respeita ao ensino das artes plásticas, o ensino conventual proporcionou lições teóricas e práticas bastante incipientes. Uma das práticas correntes era tirar decalques de originais célebres. Nos finais do século XII foi-se afirmando uma mão de obra que tinha uma atividade autónoma que utilizava as técnicas tradicionais na conceção de determinadas obras. Estes mestres que trabalhavam na construção de monumentos religiosos, bem como a mão de obra que se especializou neste tipo de trabalhos constituíam uma população volante. Iam de obra em obra, recolhendo e disseminando conhecimentos e experiências.


MJS