2023/04/06

Recursos Bibliográficos usados na Elaboração do Analítico Liceu Diogo de Gouveia, Beja de Manuel Henrique Figueira (Parte 2)



Manuel Henrique Figueira no seu analítico Liceu Diogo de Gouveia (Beja), em Liceus de Portugal, descreve, sucintamente, 11 publicações periódicas publicadas pelo referido liceu, desde a sua criação até aos anos 60. Estas publicações tinham uma existência efémera e apenas serviam para moldar condutas e delinear conteúdos temáticos.


Publicações escolares:


    - Alma académica. Beja: Liceu Diogo de Gouveia, 1937

    - A Arcádia. Beja: Liceu Nacional de Fialho de Almeida, 1923

    - Capa e batina. Beja: Liceu Nacional Central de Fialho de Almeida, 1927

    - Capas negras. Beja: Liceu Nacional de Diogo Gouveia, 1938

    - Eco dos estudantes. Beja: Liceu Nacional de Diogo Gouveia, 1946

    - Minerva. Beja: Liceu Nacional Central de Fialho de Almeida, 1926

    - O Mocho. Beja: Liceu Nacional Central de Fialho de Almeida, 1920

    - Mocidade. Beja: Liceu Nacional de Fialho de Almeida, 1935

    - Novos. Beja: Liceu Nacional de Fialho de Almeida, 1934

    - Novos e velhos. Beja: Liceu Nacional de Beja, 1960-1966

    - Tentativa. Beja: Liceu Nacional de Diogo Gouveia, 1946-1960

 


Bibliografia utilizada na elaboração do analítico:

 

ARQUIVO DA E. S. DIOGO GOUVEIA. “Cadernos com o resultado dos exames”. In: Arquivo da E.S. Diogo Gouveia (Beja), 1953.

 

ARQUIVO DA E. S. DIOGO GOUVEIA.Livro de receita e da despesa do Liceu”. In: Beja: Arquivo da E.S. Diogo Gouveia (Beja), 1853.

 

ARQUIVO DA E. S. DIOGO GOUVEIA. “Livro de actas”. In: Arquivo da E. S. Diogo Gouveia (Beja), 1855.

 

ARQUIVO DA E. S. DIOGO GOUVEIA. “Livro de matriculas”. In: Arquivo da E. S. Diogo Gouveia (Beja), 1852.

 

ARQUIVO DA E.S. DIOGO GOUVEIA. “Livro de exames”. In: Arquivo da E. S. Diogo Gouveia (Beja), 1852.

 

ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DO LICEU DE BEJA. Estatutos.  Beja: Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Beja, 1971.

 

ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DO LICEU DE BEJA. Novos e velhos. Beja: Jornal Comemorativo da II Festa de Confraternização dos Antigos Alunos do Liceu de Beja, 1960.

 

ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DO LICEU DE BEJA. Novos e velhos. Beja: Jornal comemorativo da III festa de confraternização dos Antigos Alunos do Liceu de Beja, 1966.

 

BOLETIM DA DIRECÇÃO-GERAL DA INSTRUCÇÃO PÚBLICA.  “Estatística do ensino secundário (1895-1903)”. In: Boletim da Direcção-Geral da Instrucção Pública, Supl. ao fasc.7-9 (1904).

 

GARRIDO, Manuel de Melo (1960). “Uma sugestão.” in: Novos e velhos (Jornal comemorativo da 2 festa de confraternização dos Antigos Alunos do Liceu de Beja), p. 9 (1960).

 

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. Estatísticas da educação. Lisboa: INE, as. 1904-1964.

 

LABOR : revista trimestral de educação e ensino e extensão cultural. Aveiro: Liceu Vasco da Gama, n.º 75 (out. 1936).

 

LICEU NACIONAL DE BEJA. Anuário do Liceu Nacional de Beja. Beja: LNB, as. 1908/1909 - 1914/15.

 

LICEU NACIONAL DE BEJA. Relatório do Liceu Nacional de Beja. Beja: LNB, as. 937/38-1938/39 ; 1941/42-1942/43 ; 1946/47 ; 1959/60.

 

LICEU NACIONAL DE FIALHO DE ALMEIDA. Relatório do Liceu Nacional de Fialho de Almeida. Beja: LNFA, as. 1896/97-1897/98; 1935/36.

 

MESTRE, Joaquim Figueira (1991). Olhares sobre a cidade. Beja: Edições da Câmara Municipal de Beja.

 

NEVES, Alberto Vaz de Almeida (1949). “Subsídio para a história do Liceu de Beja”. In. Relatório dos serviços do Liceu Nacional de Beja, a. 1949/1950, pp. 192-304.

 

NÓVOA, António ; BARROSO, João (1999). “Ensino liceal”. In: Dicionário de história de Portugal. Lisboa: Livraria Figueirinhas, vol. 7, pp. 632-634.

 

PEREIRA, Nuno Teotónio (1996) “Arquitectura”. In: Dicionário de história do Estado Novo, vol. 1, pp. 61-64.

 

RAPOSO, Sebastião José (1945). “O liceu de Diogo de Gouveia” in: Liceu de Portugal, n. 41, pp. 392-398.

 

SARAIVA, António José ; LOPES, Óscar (1955). História de literatura portuguesa. Porto: Porto Editora.

 

[S. n.] (1938). “Liceu Nacional de Jacinto de Matos, ex-Liceu Nacional Fialho de Almeida”. In: Revista Oficial do Sindicato Nacional de Arquitectos, n.º 1 (1983), pp. 5-11.


P. M.

 

 

FIGUEIRA, Manuel Henrique (2003). Liceu Diogo de Gouveia (Beja). In: Liceus de Portugal: histórias, arquivos, memórias. Lisboa: Edições Asa, pp. 114-117.

 

2023/04/03

Resumo do Artigo Liceu Diogo de Gouveia, Beja de Manuel Henrique Figueira (Parte 1)


Manuel Henrique de Figueiredo, em Liceus de Portugal, menciona várias datas referentes ao antigo Liceu Diogo de Gouveia (Beja), nomeadamente as da sua criação e início de funcionamento: 1836 (Decreto-lei de 17 de novembro); 1844 (Decreto-lei de 20 de setembro). O inicio de funcionamento foi no ano letivo de 1852-1853.


Designações desta entidade escolar:

    - Nome de origem: Liceu Nacional de Beja;

    - A partir de 1915: Liceu Nacional de Fialho de Almeida;

    - A partir de 1919: Liceu Nacional Central de Fialho de Almeida;

    - A partir de 1924: Liceu Nacional de Fialho de Almeida;

    - A partir de 1925: Liceu Nacional Central de Fialho de Almeida;

    - A partir de 1928: Liceu Nacional de Fialho de Almeida;

    - A partir de 1937: Liceu Nacional de Diogo Gouveia;

    - A partir de 1947: Liceu Nacional de Beja.


Na sua origem o liceu teve uma frequência masculina, só em 1880 teve as primeiras alunas a frequentá-lo. A partir do final do sec. XIX o liceu teve, definitivamente, frequência mista.

A sua localização foi, primeiramente, em instalações provisórias, a partir de 1852 foi instalado em casa particular e em algumas salas do Antigo Paço Episcopal (conhecido por Edifício do Colégio). Mais tarde, em 1863, passa a ocupar o andar superior e o quintal de um Palacete no Terreiro de S. Tiago. Em 1870 foi, outra vez, instalado num Palacete na Rua do Esquível (conhecido por Casa da Porta de Ferro). A partir de 1905 ocupa um prédio arrendado na Praça D. Manuel (atual Praça da Republica), finalmente, em 1937 foi realojado num edifício implantado no Campo das Freiras.

 

Reitores do Liceu:

    - José Pedro Carvalho e Sousa - 1852-1863;

    - Francisco Luís de Castro Soares da Cunha Rego - 1863-1864;

    - José Ferreira Lima - 1864-1888;

    - Francisco Xavier de Meneses (Reitor-interino) - 1888;

    - Joaquim Augusto de Sousa Macedo - 1888-1896;

    - Francisco Inácio de Mira - 1896-1897;

    - José Virgolino Caeiro - 1897-1899;

    - Joaquim Augusto de Sousa Macedo (Reitor-interino) - 1899;

    - Henrique José Pereira - 1899-1900;

    - Diogo Francisco Pereira de Castro e Brito - 1900-1901;

    - João de Sousa Tavares - 1901-1903;

    - João de Penha Salema Coutinho - 1903-1905;

    - José Vicente Madeira (Reitor-interino) - 1905;

    - Henrique José Pereira - 1899-1900;

    - Diogo Francisco Pereira de Castro e Brito - 1900-1901;

    - João de Sousa Tavares - 1901-1903;

    - João de Penha Salema Coutinho - 1903-1905;

    - José Vicente Madeira (Reitor-interino) - 1905;

    - Henrique José Pereira - 1905-1906;

    - Manuel Tomaz Soeiro da Silveira - 1906-1908;

    - José Vicente Madeira - 1908-1910;

    - José Joaquim Nunes - 1910-1911;

    - Manuel Tomás Soeiro da Silveira - 1911;

    - Raul Lupi Nogueira - 1911-1912;

    - Manuel Tomás Soeiro da Silveira - 1912;

    - José Joaquim Ferreira - 1912;

    - Domingos António Vaz Madeira - 1912-1913;

    - Manuel Tomás Soeiro da Silveira - 1913-1914;

    - Domingos António Vaz Madeira - 1914-1916;

    - João Manuel Ribeiro Queiroz - 1916-1917;

    - Sebastião José Raposo - 1917-1919;

    - Manuel Tomás Soeiro da Silveira (Reitor-interino) -  1919;

    - Diogo Rosa Machado (Reitor-interino) - 1919;

    - Francisco Romano Newton de Macedo (Reitor) - 1919;

    - Manuel Tomás Soeiro da Silveira - 1912;

    - José Joaquim ferreira - 1912;

    - Domingos António Vaz Madeira - 1912-1913;

    - Manuel Tomás Soeiro da Silveira - 1913-1914;

    - Domingos António Vaz Silveira - 1914-1916;

    - João Manuel Ribeiro Queiróz - 1916-1917;

    - Sebastião José raposo - 1917-1919;

    - Manuel Tomás Soeiro da Silveira (Reitor-interino) - 1919;

    - Diogo Rosa Machado - 1919;

    - Francisco Romano Newton de Macedo (Reitor) - 1919;

    - Manuel Tomás Soeiro da Silveira - 1919-1924;

    - José Maria Mendes Gameiro - 1924-1926;

    - Eduardo Hermano Pereira Ferraz - 1926-1938;

    - Sebastião José Raposo - 1938-1946;

    - Alberto Vaz de Almeida Neves - 1946-1957;

    - José Joaquim Galante de Carvalho - 1957-1961;

    - Manuel Caldeira de Sousa -  1961-1970;

    - José Barros Ferreira - 1970-1972;

    - Manuel de Brito Camacho Duarte Colaço - 1972-1974.


Como verificamos anteriormente, Henrique de Figueiredo apresenta-nos uma listagem dos reitores que fizeram parte da escola até 1974, por sua vez, a Divisão de Serviços da Documentação e de Arquivo da Secretaria-Geral da Educação e Ciência apresenta-nos um fundo arquivístico de alguns desses mesmos reitores; cuja organização das séries documentais inventariadas segue a estrutura adotada pela Portaria de Gestão de Documentos n.º 1310/2005, de 21 de dezembro.

Esta documentação[1] é, em si mesmo, um repertório de extrema importância para a avaliação pedagógica e inventariação de modos de ensino. Notamos que, grosso modo, esta documentação cujo cota e âmbito cronológicos apesentamos no quadro seguinte, são estruturas essenciais para reconstruir a história da escola e das politicas educativas adotadas:

 

Âmbito Cronológico:

 

Cota:

1937-[s.m.]-[s.d.] / 1938-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0003/00013

1938-[s.m.]-[s.d.] / 1939-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0009/00061

1956-[s.m.]-[s.d.] / 1957-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0053/00467

1950-[s.m.]-[s.d.] / 1951-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0037/00279

1948-[s.m.]-[s.d.] / 1949-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0033/00220

1949-[s.m.]-[s.d.] / 1950-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0035/00249

1958-[s.m.]-[s.d.] / 1959-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0056/00512

1951-[s.m.]-[s.d.] / 1952-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0039/00308

1957-[s.m.]-[s.d.] / 1958-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0055/00502

1944-[s.m.]-[s.d.] / 1945-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0023/00146

1959-[s.m.]-[s.d.] / 1960-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0059/00545

1954-[s.m.]-[s.d.] / 1955-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0049/00408

1946-[s.m.]-[s.d.] / 1947-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0028/00177

1955-[s.m.]-[s.d.] / 1956-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0052/00453

1953-[s.m.]-[s.d.] / 1954-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0045/00373

1941-[s.m.]-[s.d.] / 1942-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0014/00092

1936-[s.m.]-[s.d.] / 1937-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0063/00567

1942-[s.m.]-[s.d.] / 1943-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0014/00084

1952-[s.m.]-[s.d.] / 1953-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0044/00369

1947-[s.m.]-[s.d.] / 1948-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0030/00187

 

 

 

 

O edifício construído de raiz para o Liceu foi inaugurado a 20 de junho de 1936, projetado para 385 alunos (11 turmas), projetado pelo arquiteto Cristiano Silva. O edifício sofreu obras de ampliação e beneficiação em 1948, 1958 e nos anos 70. O novo edifício foi, certamente, uma afirmação publica da imagem educacional de Beja. No inicio do século XX, há, pois, uma grande viragem na história do Liceu, os anos trinta são, efetivamente, a consolidação plena do Liceu, afirma Henrique Figueira (2003: 199 ss.).

 

Destacam-se algumas associações ligadas ao Liceu, tais como:

    - Associação Académica de Beja (criada no inicio do século);

    - Associação dos alunos do Liceu Fialho de Almeida (existia em 1953-1936);

    - Associação Escolar (1937/38 - 1941/42 data em que foi incorporada na M.P);

    - Tuna Académica (criada no fim do século XIX, há referências frequentes à sua existência na década de 1910);

    - Orfeão (encontra-se referências à sua existência entre 1937 e 1951);

    - Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Beja (1960, estatutos publicados em 1971).


P. M. 

 

FIGUEIRA, Manuel Henrique (2003). Liceu Diogo de Gouveia (Beja). In: Liceus de Portugal: histórias, arquivos, memórias. Lisboa: Edições Asa, pp. 96-113.

 


[1] Os relatórios de reitor, grosso modo, são uma apreciação das condições pedagógicas das instalações e do material de ensino; emissão de pareceres didáticos; estudo do rendimento do ensino em cada liceu e sua correlação com os professores; elaboração de estatísticas; classificação do serviço dos professores; realização de inquéritos e sindicâncias; instrução de processos movidos a professores, etc.