2011/12/29

"Portugal Maior" - Um Manual Escolar para o Ensino Técnico

A propósito de “Portugal Maior – Livro de Leituras para o Ensino Técnico Profissional”, organizado por Augusto Reis Góis e Antonino Henriques, com colaboração do Dr. Virgílio Couto, que integra o património bibliográfico à guarda desta Secretaria-Geral, tece este texto algumas breves notas e considerações sobre o surgimento e importância, em Portugal, do ensino técnico profissional.

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2011/12/22

Bibliografia de autor: Fernando Pessoa - Recompilação bibliográfica SIBME

A presente bibliografia de autor destina-se a divulgar os documentos de/ou Fernando Pessoa presentes no Catálogo SIBME (Sistema Integrado de Bibliotecas do Ministério da Educação). Dando, assim, uma visão holística dos conteúdos existentes na referida base de dados sobre o autor em questão. (Ler mais)

2011/12/20

Os manuais escolares da Biblioteca Histórica

“Que prazer para a vida! O século das crianças apareceu.”

Com esta exclamação, escrita por volta de 1910, se inicia o Prólogo da Cartilha Moderna da autoria de Manuel Antunes Amor, um dos mais divulgados manuais dos inícios do século XX. (ler mais)

2011/12/19

Peça do mês de Dezembro


Carimbos didáticos
Conjunto de quatro carimbos didáticos, alusivos à temática do Natal, inventariados com o número ME/IAACF/232, pertencentes ao espólio museológico do extinto Instituto António Aurélio da Costa Ferreira, ref. 10. 057 da marca Timbres Studia. Fazem parte de uma coleção de vários carimbos temáticos.
Um carimbo é um instrumento elaborado em materiais diversos, como o metal, a madeira ou borracha, constituído por com letras, números ou desenhos. Podem ser utilizados para marcar ou datar documentos (carimbo numerador ou datador) ou para fins lúdicos, recreativos ou didáticos (carimbo didático).
A utilização dos carimbos de uma forma lúdica permite a repetição de tarefas pedagógicas e o incremento da coordenação motora. Este conjunto de quatro carimbos, subordinados ao tema do natal e da espera dos presentes, eram impressos numa superfície plana. Podiam não só ser coloridos pelos alunos, mas também exercitar o pensamento lógico e sequencial, através de uma atividade lúdica.
O Instituto António Aurélio da Costa Ferreira teve na origem da sua criação o Instituto Médico-Pedagógico, criado por António Aurélio da Costa Ferreira, Diretor da Casa Pia de Lisboa. Em 1929 foi integrado no Ministério da Instrução Pública, passando a ter a atual designação. A sua missão centrava-se na assistência aos serviços escolares. Em 1935 foi suspenso, tendo sido integrado na Direcção-Geral do Ensino Primário. Em 1941, integrado na Secretaria-Geral do Ministério da Educação Nacional, o IAACF adquiriu novas funções ao nível da seleção de crianças com problemas de aprendizagem e da preparação de técnicos de apoio e de ensino, promovendo estudos de investigação médico-pedagógica e de psiquiatria infantil. Em 1963, o Instituto foi integrado na Direcção-Geral do Ensino Superior e das Belas, e extinto em 1989.
António Aurélio da Costa Ferreira (1879-1922) licenciou-se em Filosofia pela Universidade de Coimbra, em 1894 e em Medicina, em 1905. Estagiou em várias capitais europeias e publicou diversos trabalhos científicos. Foi vereador republicano na CML de 1908 a 1911. Participou ativamente na vida política, sendo nomeado Ministro do Fomento, entre Junho de 1912 e Janeiro de 1913. A sua visão educativa apoiava-se no fomento de medidas de assistência médica e social às crianças desfavorecidas e com necessidades educativas especiais.
Em 1911 foi nomeado Diretor da Casa Pia de Lisboa, norteando o seu pensamento pelos teóricos Édouard Claparède (1873-1940), Alfred Binet (1857-1911), Ovide Decroly (1871-1932) e Maria Montessori (1870-1952). Costa Ferreira acreditava na escola como meio para formar um indivíduo completo, criando uma sociedade mais equilibrada. A integração social das crianças com problemas educativos foi um dos seus grandes objetivos.

2011/12/02

Programas escolares

Encontram-se em fase de tratamento documental um conjunto significativo de programas do ensino secundário da década de 60, 70 e 80 que, a seu modo, espelham o desenvolvimento da história da educação em múltiplas áreas do saber. Ver artigo completo

2011/11/25

Peça do Mês

Quadro didático de máquina a vapor
 Quadro didático representando uma máquina a vapor, inventariado com o número ME/ESAD/100, pertencente ao espólio museológico da extinta Escola Secundária Afonso Domingues. Este material era utilizado em contexto das práticas pedagógicas de Física ou de Mecânica
Trata-se de um quadro de cartão, representando uma máquina a vapor, em corte, com algumas zonas que se articulam entre si, dando a sensação tridimensional. No verso existe um mecanismo em forma de círculo que permite o movimento das diferentes peças da imagem. Assim, os alunos poderiam mais facilmente compreender a transmissão de movimentos das áreas constitutivas do motor e a sua articulação.

A máquina a vapor foi utilizada pela primeira vez por Thomas Savery, nos finais do século XVII, aproveitando a energia produzida pelo vapor. Nesta máquina o vapor era conduzido até uma câmara que, após o seu fecho, era arrefecida, o que provocava a condensação do vapor no seu interior. As alterações a este projeto inicial foram muitas até à criação da máquina a vapor de James Watt em 1783 que contribuiu para a implantação da Revolução Industrial. Charles Algernon Parsons, nos finais do século XIX, criou a turbina a vapor, que melhorou consideravelmente os recursos energéticos. 

2011/11/10

Exposição Virtual: 10 de Novembro - Dia Mundial da Ciência ao Serviço da Paz e do Desenvolvimento

A presente exposição virtual associa-se à celebração do Dia Mundial da Ciência ao Serviço da Paz e do Desenvolvimento.

Este Dia tem por objectivo congregar todos os Governos e Cidadãos na utilização correcta dos progressos científicos ao serviço da Humanidade, para a construção de um mundo sem conflitos.

2011/10/27

Peça do Mês


Crânio de primata

Crânio de primata, inventariado com o número ME/402217/117, pertencente à à Escola Secundária de Mem Martins, Rio de Mouro.
Trata-se de um crânio de gorila, utilizado em contexto das práticas pedagógicas, para visualização de características anatómicas, nas aulas de Ciências da Natureza. Assenta numa base de madeira retangular, da qual se eleva um pino metálico de apoio. Segundo as indicações na peça, foi recolhido na Floresta do Maiombe/ Arredores de Bucozau - Cabinda, Angola, 1946
O gorila, o maior primata existente, é um mamífero do género Gorilla, originário da floresta tropical africana, podendo habitar quer zonas de planície quer de montanha. No que respeita às características físicas, o gorila macho adulto mede entre 1,40 e 2,00 metros de altura, variando entre 140 e 300 kg de peso.
O crânio deste animal possui o que se denomina de "mandíbula protuberante”. Os molares e os caninos apresentam grandes dimensões, em virtude do seu tipo de alimentação. Nos machos, os ossos temporais unem-se na zona média do topo do crânio, o que condiciona o formato da cabeça. As orelhas são pequenas e as narinas estão rodeadas por pregas nasais, que se estendem até ao lábio superior.
O período de gestação de um gorila tem a duração de cerca de oito meses e meio, e a gestação seguinte acontece somente 3 a 4 anos após o nascimento da cria. Este facto tem contribuído para que a espécie tenha sido dizimada nos últimos anos. A esperança média de vida pode variar entre os trinta e os cinquenta anos. Os hábitos alimentares desta espécie são herbívoros, embora possam incluir insetos. No que respeita aos hábitos sociais, os gorilas vivem em grupos que podem incluir de 5 a 30 indivíduos, com um macho dominante.

2011/10/04

Exposição Virtual

No Dia do Professor não deixe de visitar a nossa Exposição Virtual.

2011/09/30

Exposição Virtual

Dia internacional da Música

Convidamos todos os interessados a visitar a exposição virtual do espólio museológico da Escola de Música do Conservatório Nacional.

2011/09/27

Peça do Mês


Pintura
Pintura mural, inventariada com o número ME/401754/146, pertencente à Escola Secundária com 3.º ciclo de Ferreira Dias.
Trata-se de uma pintura mural executada por António Soares em 1964, sobre um painel fixo à parede. Encontra-se profundamente integrada na arquitetura da escola e no espírito da época.
Ao centro temos uma figura feminina, com vestes brancas e uma criança sem roupa aos ombros. Esta criança segura uma placa onde se pode ler "Escola Técnica/ Sintra Cacém". Ao lado desta, encontra-se uma figura masculina, de mais idade, que tem nas mãos um livro.
Do lado esquerdo e direito estão, respetivamente, cinco jovens do sexo masculino e do sexo feminino, que hasteiam bandeiras com símbolos alusivos aos vários cursos técnicos lecionados na escola.
A Escola Secundária com 3.º Ciclo de Ferreira Dias teve a sua origem na Escola Industrial e Comercial de Sintra, criada 1959. O edifício inicial, onde se encontra a referida pintura, não sofreu grandes modificações desde a sua criação.
O autor da obra, Mestre António Soares (1894 – 1978), viveu numa época em que se começam a afirmar em Portugal novas correntes estéticas, ligadas ao modernismo, a par do naturalismo. Não teve qualquer tipo de formação académica e iniciou-se na vida artística através da ilustração. Destacou-se igualmente nas áreas da arquitetura, decoração e cenografia. No âmbito da pintura mural, podemos destacar as pinturas no café lisboeta, A Brasileira.
Caracteriza-se por um estilo que lembra Columbano, com grande interesse pela figura e pela sensibilidade e emoção que consegue transmitir. Participou em várias exposições internacionais, entre 1959 e 1967.

2011/09/23

Jornadas Europeias do Património 2011

A Secretaria-Geral associa-se às Jornadas Europeias do Património 2011 com a apresentação de um artigo.


2011/09/16

Projetos de construções universitárias nos fundos históricos

A Universidade de Lisboa está a comemorar o seu centenário. Os edifícios da Reitoria, e das Faculdades de Letras e de Direito constituem o trio emblemático da Cidade Universitária que se ergueu nos anos 50 com o traço característico do arquitecto Pardal Monteiro.
Mas o espaço que entre estes edifícios ficou, hoje parque de estacionamento e relvado, foi objecto, também ele, de um projecto de intervenção urbanística que, a ser construído, lhe teria dado feição bem diferente.

Ler artigo completo.

2011/08/29

Peça do Mês


Quadro didático de insetos
Quadro didático de uma borboleta, inventariado com o número ME/400841/48, pertencente à Escola Secundária com 3.º ciclo de Anadia.
Trata-se de um quadro didático que servia para estudo e observação nas aulas de Ciências Naturais. É constituído por uma caixa de madeira e vidro onde o espécime foi colocado com pequenos alfinetes, de modo a serem visíveis as suas características anatómicas.
As borboletas, ou lepidópteros, constituem um dos grupos de insetos mais evoluídos, conhecendo-se cerca de 150 000 espécies espalhadas pelo mundo. Em Portugal existem mais de 2.400 espécies, noturnas e diurnas.
As características mais relevantes da espécie são olhos de forma hemisférica e tórax composto por tês segmentos, cada um com um par de patas. Dos segmentos posteriores saem dois pares de asas cobertas por escamas coloridas que criam padrões e cores brilhantes. Possuem uma armadura bucal sugadora, constituída por mandíbulas alongadas e unidas, formando uma tromba enrolada em espiral na posição de descanso e distendida quando absorve os néctares das flores ou outras substâncias líquidas.
As borboletas desenvolvem-se através de quatro fases de metamorfose: ovo, lagarta, crisálida e adulto. O seu contributo para o equilibro ecológico é fundamental, quer para a polinização, quer como elemento fundamental na cadeia alimentar. É uma espécie que se encontra bastante ameaçada devido à poluição excessiva, às alterações climáticas e à frequente captura.

2011/08/24

Um Manual Escolar Ilustrado: o livro enquanto objecto museológico

A Secretaria-Geral tem à sua guarda diversos fundos documentais que – quer pela natureza, especificidade, ou proveniência – assumem contornos próprios que conduzem à sua “autonomia”. Este património é tecnicamente tratado dentro de uma lógica integrada, reconhecendo e valorizando as idiossincrasias subjacentes a cada coleção mas perspetivando a sua importância.


Os manuais escolares – pela sua natureza e tipologia – constituem uma coleção autónoma e permitem múltiplos olhares e hipóteses de estudo. Uma possível abordagem poderá ser feita olhando ao amplo universo de desenhos e gravuras que caracterizam os livros de cariz didático do denominado período do Estado Novo, em cuja coleção se encontram inúmeros exemplares.

Ler artigo completo.

2011/08/17

Interculturalidade - Fundo documental doado pela Dra. Helena Seabra

Encontra-se em fase de tratamento o fundo documental doado à Secretaria-Geral pela Dr.ª Helena Seabra. A singularidade deste acervo que, doravante, complementará a área de literatura do fundo geral da referida Secretaria, inclui documentos que denotam uma preocupação intercultural – a língua portuguesa como mediação entre realidades culturais e vivencias. 

2011/08/10

Plano de Preservação Digital: projeto de elaboração



Plano de Preservação Digital: projeto de elaboração
A preservação da informação digital é complexa. Exige o desempenho ativo das organizações, a elaboração de políticas e planos pertinentes e a implementação de boas práticas. Atualmente estão a decorrer atividades, coordenadas pela Secretaria-Geral, que têm como objetivo a definição de estratégias e procedimentos que garantam a preservação das plataformas, bases de dados e documentos eletrónicos produzidos e mantidos por 19 organismos do Ministério, bem como o acesso continuado aos mesmos. Estas estratégias e procedimentos deverão ser reunidos num produto final designado por Plano de Preservação Digital, instrumento fundamental para a abordagem das séries documentais em suporte digital.
1.       Âmbito do projeto
Os organismos que integram o projeto atrás referido são:
- Agência Nacional para a Qualificação;
- Agência Nacional PROALV – Programa Aprendizagem ao longo da Vida;
- Conselho Nacional de Educação;
- Direção-Geral dos Recursos Humanos da Educação;
- Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Escolar (incluindo a Rede das Bibliotecas Escolares);
- Direção Regional de Educação do Alentejo;
- Direção Regional de Educação do Algarve;
- Direção Regional de Educação do Centro;
- Direção Regional da Educação de Lisboa e Vale do Tejo;
- Direção Regional de Educação do Norte;
- Editorial do Ministério da Educação;
- Gabinete de Avaliação Educacional;
- Gabinete Coordenador de segurança Escolar;
- Gabinete Coordenador do Sistema de Informação do Ministério da Educação;
- Gabinete de Estatística e Planeamento Educativo;
- Gabinete de Gestão Financeira;
- Inspeção Geral da Educação;
- Parque Escolar;
- Secretaria-Geral.

2.       Metodologia
O desenvolvimento do projeto tem por base a adoção do “referencial” elaborado pela Direcção-Geral de Arquivos e intitulado Recomendações para a produção de planos de preservação digital. De acordo com o documento atrás referido, a realização do projeto assenta em 5 fases e recorre aos anexos (modelos das folhas de recolha de dados) como instrumentos de trabalho.
             Fases do projeto
1.       Apresentação;
2.       Identificação dos sistemas de informação (FRD Fase 2);
3.       Avaliação arquivística dos sistemas de informação (FRD Fase 3 A e FRD Fase 3 B);
4.       Caracterização tecnológica dos sistemas de informação identificados nas fases anteriores (FRD Fase 4);
5.       Planeamento e estratégia de preservação a partir da síntese das análises da avaliação arquivística e da caracterização tecnológica.

 Organização do projeto
v  Equipa de assessoria da Direcção-Geral de Arquivos que acompanha o projeto com as seguintes atividades:
- Reuniões de supervisão e validação no final de cada uma das fases do projeto;
- Emissão de recomendações através de reuniões de análise técnica,
- Emissão do parecer final.

v  Grupo de trabalho, criado na Secretaria-Geral, constituído por um núcleo coordenador e por um núcleo de acompanhamento do projeto, com perfil multidisciplinar (integram o grupo funcionários com formação nas áreas da Informação e Documentação, das Tecnologias de Informação e Comunicação, da Formação e do Planeamento). Cabe a este grupo de trabalho coordenar e liderar o projeto através do desempenho das seguintes atividades:
- Definição da metodologia de trabalho;
- Planeamento, monitorização e controlo do projeto (ficha de projeto; cronograma e reuniões de controlo de progresso);
- Preparação e coordenação das sessões de formação;
- Normalização de procedimentos e uniformização dos elementos de informação;
- Centralização da informação recolhida, validação da mesma e elaboração da documentação final do projeto – Plano de Preservação Digital (reuniões de análise técnica).

v  Rede de interlocutores nomeados pelos organismos participantes. São Interlocutores designados pela direção dos organismos a que pertencem, dotados dos conhecimentos técnicos que lhes permita responder às questões colocadas com o preenchimento das folhas de recolha de dados com vista à elaboração do Plano de Preservação Digital

v  Equipas de colaboradores locais com conhecimento das bases de dados e outros sistemas de informação utilizados nas unidades orgânicas e unidades flexíveis dos organismos participantes e com conhecimento dos processos de negócios. Reportam à rede dos interlocutores acima referida.
 Abordagem ao projeto
v  Sessões de formação especializada organizadas em duas fases:
·        Fase 1 – Formação teórica para a rede de interlocutores nomeados pelos organismos participantes (agendadas nos dias 27, 28 e 29 de Junho do corrente ano).
·        Fase 2 – Formação prática (esclarecimento de dúvidas, validação e correção de dados) para a rede de interlocutores nomeados pelos organismos participantes (agendadas nos dias 12 e 13 de Setembro do corrente ano).

v  Tutoria
Designação de 3 tutores (elementos do Grupo de Trabalho da Secretaria-Geral); atribuição a cada um dos representantes dos organismos participantes de um tutor, elemento chave no esclarecimento de dúvidas, na comunicação de instruções e ferramentas de trabalho e na recolha dos produtos (folhas de recolha de dados das Fases 2, 3 e 4 preenchidas).

v  Reuniões de análise técnica
Realização de reuniões de análise técnica pelo Grupo de Trabalho da Secretaria-Geral e realização de sessões de trabalho colaborativas com os representantes dos organismos que aderem ao projeto.

2011/08/05

Exposição virtual - O Dia Internacional da Educação: Espólio Professora Maria Margarida Lucas Leal

A Secretaria-Geral assinala o Dia Internacional da Educação (7 de Agosto) com a realização da referida exposição virtual que inclui uma seleção de objetos pertencentes ao espólio da Professora Primária Maria Margarida Lucas Leal.

2011/08/01

Museu Virtual da Educação: 30.000 registos disponíveis na base de dados

O Museu Virtual da Educação é uma base de dados que disponibiliza e divulga peças do património museológico da educação que integram as coleções pertencentes a 144 estabelecimentos de ensino e outras entidades, sob a tutela do Ministério da Educação e Ciência. 

2011/07/29

Espólio museológico da Professora Maria Margarida Lucas Leal

Encontra-se em fase de tratamento uma selecção do espólio museológico da Professora Maria Margarida Lucas Leal, doado à Secretaria-Geral do Ministério da Educação.

2011/07/22

Espólio Faria de Vasconcelos

O Prof. Doutor J. Ferreira de Marques ofereceu à Secretaria-Geral dois volumes das Obras Completas de Faria de Vasconcelos - estes abrangem a produção literária de Faria de Vasconcelos de 1925 a 1936. J. Ferreira Marques no prefácio do volume 5 refere-se à importância da parte do espólio de Faria de Vasconcelos existente na Secretaria-Geral: "nas Obras Completas decorrem de ter encontrado um exemplar do referido número da Ágora no seu espólio de publicações existente na Secretaria-Geral do Ministério da Educação quando nele realizava consultas". Ler artigo completo.

2011/07/15

Peça do Mês


Corpo humano

Modelo de corpo humano, inventariado com o número ME/403556/99, pertencente à Escola Básica e Secundária de Carcavelos.
Trata-se de um modelo didáctico que servia para estudo e observação do corpo humano nas aulas de Ciências Naturais. Permite estudar os músculos e o sistema nervoso, mas também os principais órgãos internos, através da abertura na zona torácica.
O uso de modelos anatómicos tem uma longa tradição em contexto das práticas pedagógicas, quer no ensino básico, quer no ensino universitário. Os séculos XVIII e XIX foram os mais significativos ao nível da produção de modelo didácticos, não só pelo rigor científico que apresentam, mas também, pela sua função eminentemente didáctica e pelo valor artístico.
A compreensão da estrutura e das funções internas do corpo humano foram, desde sempre, uma necessidade sentida pela maior parte dos investigadores e estudantes desta área. Antes da descoberta do raio X (1895), a única forma de conhecer o corpo era através de operações ou da dissecação de cadáveres. Esta prática, no entanto, colocava alguns problemas morais, para além de que os cadáveres eram difíceis de obter, e mais ainda, de conservar. Assim, o uso de modelos aproximados da realidade tornou-se um imperativo.
A colecção de modelos anatómicos do Museu Virtual da Educação reflecte a sua importância para história do ensino das Ciências Naturais. A vantagem destes modelos sobre as imagens parietais deve-se ao seu carácter tridimensional e à representação mais aproximada da realidade. Muitos exemplares permitem a remoção dos órgãos internos, para um conhecimento mais profundo da anatomia e da localização dos mesmos.
Os materiais e as técnicas utilizadas no seu fabrico são variadas, podendo referir-se a cera com pigmentos, o gesso e mais recentemente o plástico.

2011/07/11

Dia Mundial da População - 11 de julho"

A Secretaria-Geral do Ministério da Educação assinala o Dia Mundial da População com a realização da presente Exposição Virtual.

2011/07/07

3.º Colóquio Internacional Manuais Escolares

Manuais e novas práticas. Ver artigo completo.


2011/06/28

Peça do Mês

Ninho e conjunto de ovos

Ninho e conjunto de ovos pertencentes à Escola Secundária Martins Sarmento, inventariados respectivamente com os números ME/402187/175, ME/402187/176 e ME/402187/182.
A escola dispõe de uma colecção de ovos de várias espécies de aves, utilizados no estudo e observação em contexto pedagógico nas aulas de Ciências Naturais. Estão colocados em caixas de madeira de formato rectangular.
O ninho, também utilizado no estudo e observação de espécies animais, é constituído por um conjunto de pequenos ramos e encontra-se colocado sobre um galho em forma de poleiro, fixo a uma base de madeira quadrada.
Faz parte de uma colecção de vários tipos de ninhos elaborados por diferentes aves
Um ninho é uma estrutura construída por aves, neste caso, ou outro tipo de animais, onde são colocados os ovos. Elaborados com ramos de árvores, ervas ou penas, fornecem protecção às crias, onde são alimentadas até poderem encontrar os seus próprios alimentos.
A maior parte das aves constrói ninhos em árvores ou arbustos, mas podem também optar por zonas rochosas, dependendo da espécie. Cada pássaro tem um padrão de construção do seu ninho.
Os ovos, de diferentes formatos e cores, variam segundo a espécie e o local do ninho. Na colecção pertencente à escola existem vários ovos de espécies portuguesas, permitindo um conhecimento mais profundo das suas diferentes tipologias.


2011/06/15

3.º COLÓQUIO INTERNACIONAL MANUAIS ESCOLARES: PARTICIPAÇÃO DA SG-ME

Vai realizar-se nos próximos dias 30 de Junho e 1 de Julho de 2011, na Universidade Lusófona, em Lisboa, o 3º Colóquio Internacional sobre Manuais Escolares, subordinado ao tema «Manuais e Novas Práticas».

Este evento conta com a participação de especialistas internacionais, nomeadamente os investigadores ligados aos dois grandes projectos nesta área: o projecto MANES, com sede na Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED) de Madrid, focalizado na investigação sobre manuais escolares da Europa e América Latinas, de 1820 à actualidade; e o projecto Eckert, coordenado a partir do Institute for International Textbook Research, na Alemanha.

A Secretaria-Geral do Ministério da Educação irá estar representada neste Colóquio, com a apresentação de uma comunicação intitulada «Contributos para um Roteiro dos Manuais Escolares: Metodologias e Etapas de Projectos em Património da Educação». Nesta ocasião serão apresentadas as estratégias e acções relacionadas com manuais escolares que têm sido desenvolvidas no âmbito da política de preservação e divulgação do Património Cultural da Educação, designadamente o projecto BAME (Bibliotecas, Arquivos e Museus da Educação) e o Repositório de História da Educação, que se encontra em curso.

A Secretaria-Geral do Ministério da Educação possui um riquíssimo espólio bibliográfico de manuais escolares dos mais variados autores, épocas e âmbitos disciplinares, que inclui obras desde o século XVIII até à actualidade, e ainda projectos de manuais que não chegaram a ser editados, apresentados a concurso durante o Estado Novo, como é o caso de exemplares manuscritos por autores como Rómulo de Carvalho. Podemos, portanto, falar dos manuais escolares sob diversos pontos de vista: não apenas bibliográfico, mas também arquivístico e museológico.

Instrumento pedagógico central do processo de escolarização, o manual é um dos objectos mais ricos para a compreensão da prática pedagógica. Nele são espelhados os saberes consagrados em cada época, os valores dominantes transmitidos a par com as matérias, e as concepções pedagógicas e orientações práticas defendidas pelos educadores e especialistas nas diversas áreas curriculares.

Nesta comunicação pretende-se contribuir para a divulgação do importante espólio de manuais escolares da SG-ME e realçar as suas potencialidades para o estudo da evolução das práticas pedagógicas e dos saberes curriculares, abordando a temática dos manuais nas suas vertentes bibliográfica, arquivística e museológica.

O contacto com especialistas e representantes de projectos de dimensão internacional será, para a Secretaria-Geral do Ministério da Educação, uma mais-valia e uma oportunidade de aferição e discussão sobre os projectos em curso, numa lógica de melhoria contínua e de aperfeiçoamento das metodologias e estratégias de trabalho.

2011/06/14

PUPILOS DO EXÉRCITO: 100 ANOS DE ENSINO E DE CIDADANIA


No Palácio Valadares, ao Chiado, está patente ao público uma exposição que evoca o centenário da criação do Instituto dos Pupilos do Exército. Esta iniciativa conta com o apoio da Secretaria-Geral, que emprestou, para o efeito, alguns livros pertencentes à Biblioteca Histórica do Ministério da Educação.
Esta exposição foi instalada num espaço contíguo àquele em que se encontra a exposição «EDUCAR: Educação para todos. O Ensino na Primeira República». Esta proximidade justifica-se pelo facto deste Instituto, criado em Maio de 1911, ser um expressivo exemplo do investimento dos republicanos na Educação e do seu empenhamento na criação de instituições escolares que traduzissem, na prática, o ideário e os valores da República.
Uma das áreas governativas que mereceu maior preocupação por parte dos republicanos, na sequência da Revolução de 1910, foi, como é sabido, a Educação. De facto, 1911 foi um ano muito fértil em trabalho legislativo, tendo sido promulgados vários documentos legais que reorganizam praticamente todo o sistema de ensino português.
As reformas do Ensino Superior e do Ensino Primário, dois sectores prioritários do sistema educativo, são estabelecidas em março desse ano. E pouco depois, no mês de maio, será a vez das áreas mais técnicas. São então criados o Instituto Superior Técnico e o Instituto Superior do Comércio (atual ISEG) por decreto de 23 de maio, a que se segue a reforma de todo o ensino agrícola e da investigação agronómica, consignada em decreto de 26 de maio.
Por estes dias, entre estas duas reformas, é criado, a 25 de maio, o «Instituto Profissional dos Pupilos do Exército». O contexto cronológico desta criação dá bem conta do enquadramento e dos objetivos com que é fundado este Instituto, que mais tarde perderá a designação de «Profissional» e fixará definitivamente o seu nome em «Instituto Militar dos Pupilos do Exército».
De facto, os Pupilos do Exército nascem como um instrumento modelar para a concretização dos ideais republicanos. O propósito consignado no decreto fundador de nele se formarem «cidadãos úteis à pátria» traduz bem a intenção de praticar, nesta escola, um ensino profissionalizante, de forte pendor prático, orientado para a promoção da autonomia dos alunos, através da aquisição de competências e conhecimentos em áreas técnicas estratégicas e de vanguarda.
O fundador dos Pupilos é o General António Xavier Correia Barreto, um militar com forte intervenção política, que virá a ser Presidente do Senado entre 1915 e 1918 e entre 1919 e 1926, além de ser, por duas vezes, candidato à Presidência da República. Mas este militar e político é também um homem de ciência, especializado na área da Química. Com um importante currículo ligado à invenção e produção de um tipo especial de pólvora, que tão importante virá a ser para o conflito Mundial de 1914/18, ele é um dos fundadores, em 1911, da Sociedade portuguesa de Química.
O espírito e a marca do fundador estão ligados à criação, nos Pupilos, de «Aulas de Indústria» e «Aulas de Comércio». O Instituto é, desde cedo, apetrechado com instalações laboratoriais e equipamento técnico que permite um ensino prático nestas áreas. Mas há também, uma preocupação muito forte em proporcionar aos alunos uma ‘educação integral’, com uma componente cultural e artística muito expressiva desde os primeiros anos. Muito importante, neste contexto, é a presença, no Instituto, de professores que virão a constar entre os mais importantes pedagogos da História da Educação portuguesa. Destaque, acima de tudo, para Álvaro Viana de Lemos (1881-1972) uma das figuras mais marcantes da Educação Nova, movimento pedagógico inovador que valorizava a autonomia dos alunos e preconizava um modelo de ensino assente em ‘métodos ativos’, entendendo a escola como um local de trabalho e experimentação prática. Outro pedagogo que deixou forte marca como professor dos Pupilos foi João Soares (1878-1970) que viria, mais tarde, a fundar o Colégio Moderno, e deixaria diversos materiais didáticos na área da História e da Geografia, como um monumental Novo Atlas Escolar Português adotado oficialmente para o ensino, em cuja capa figura como «Professor dos Pupilos do Exército» ou os Quadros da História de Portugal, com ilustrações de Roque Gameiro e Alberto de Sousa, recentemente reeditados pela Gradiva.
A orientação patente desde os primeiros tempos irá manter-se e revelar-se, por vezes com alguns constrangimentos, ao longo das décadas seguintes. A escolha, em 1936, de D. João de Castro como Patrono da escola corresponde ao mesmo simbolismo de assumir por referência uma figura da ciência e do saber, movido pela curiosidade e espírito de descoberta.
A segunda Guerra Mundial virá a acentuar a investimento no ensino técnico e tecnológico. O desenvolvimento industrial do pós-guerra incentiva a formação de quadros especializados, sendo dada especial atenção às tecnologias de ponta, como é o caso da indústria dos moldes, em que Portugal virá a ser líder.
A partir dos anos 1960 assiste-se a uma preocupação mais forte com a instrução física. Todo o contexto de guerra colonial faz redobrar o investimento nas atividades gímnicas e desportivas. O ideal de «serviço à pátria», que vem desde a fundação do Instituto, orienta muitos ex-alunos a seguir a carreira das armas e o carácter profissional do ensino praticado permite a preparação de quadros militares com formação técnica especializada. Mas esse mesmo ideal fará com que um grupo largo, de várias dezenas de ex-alunos militares, venha a participar nas conspirações conducentes à Revolução de 1974: primeiro na revolta de Beja, depois na Intentona das Caldas e finalmente no 25 de Abril.
Os novos ventos dos anos 1970 chegam aos Pupilos do Exército por diversas vias. Em 1977 o Instituto dá um salto qualitativo importante que é abrir-se ao Ensino Superior. Os cursos então criados, mais uma vez, são fiéis à linha da formação Técnica e Tecnológica e os seus nomes são disso a melhor expressão: Engenharia de Eletrónica e Telecomunicações; Engenharia de Energias e Sistemas de Potência; Engenharia de Máquinas; e Contabilidade e Administração. Esta é uma iniciativa de vanguarda no âmbito das escolas militares de ensino. A saída dos primeiros bacharéis para o mercado de trabalho, neste final dos anos 1970, reflete a mesma preocupação de sempre com uma educação orientada para habilitar os alunos a um desempenho profissional autónomo, mas agora subindo o nível de qualificações.
Outro aspeto não menos relevador da abertura a novos tempos é o facto de, no contexto da criação do Ensino Superior - naturalmente em regime de frequência externa e não de internato– o Instituto passar a ter uma frequência mista, sendo então admitidas as primeiras alunas. Ao mesmo tempo, é por esta altura que as primeiras professoras integram o quadro docente dos Pupilos, até então reservado, como os alunos, ao universo masculino.
Este processo tem a sua extensão natural já nos dias de hoje com a decisão de tornar, igualmente, o Ensino Básico e Secundário, de frequência mista, sendo as primeiras alunas destas faixas etárias admitidas em 2009. Entretanto, a orientação profissional dos cursos superiores avançou para áreas relacionadas com ecologia, com novas energias e sustentabilidade, sendo atualmente oferecidos os cursos de Técnico de Gestão; Técnico de Manutenção Industrial (vertentes Mecatrónica e Eletromecânica); Técnico de Gestão do Ambiente; Técnico de Energias Renováveis (vertentes: Sistemas Solares e Sistemas Eólicos). Estando neste momento aberto à frequência externa, o Instituto conserva ainda a possibilidade de internato, que vem da sua fundação. Mais do que uma escola, esta acaba por ser uma Casa para os alunos que nela vivem, regularmente, entre domingo à noite e sexta-feira à tarde. Por outro lado, o regime de internato e as instalações que foi necessário erigir para lhe corresponder, permitem facultar aos alunos uma oferta diversificada para além do tempo letivo, desde um apoio ao estudo com maior proximidade, até às atividades extracurriculares, designadamente algumas práticas desportivas pouco frequentes em estabelecimentos de ensino, como equitação, esgrima ou remo.
A orientação e os objetivos que nortearam a criação deste Instituto são característicos de uma época sendo, a esse nível, um caso de estudo interessante. Mas parecem, também, ter sido suficientemente válidos para lhe garantir continuidade e mérito. O espírito de coesão e de camaradagem que é apanágio das instituições com regime de internato, tem vindo, neste caso, a ser articulado com uma permeabilidade ao ambiente exterior e uma capacidade de adaptação às mudanças, essenciais nas instituições de ensino dos tempos que vivemos.

2011/06/09

Exposição virtual: Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades - 10 de Junho de 2011

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, celebra-se a 10 de Junho, assinalando a data da morte de Camões e lembrando a importância de Portugal. O património da educação reflecte a importância destas celebrações, associadas na sua grande maioria à época dos Descobrimentos e às figuras que lhe são inerentes.
Pode aceder a esta exposição, aqui.
A exposição integra representações de figuras históricas como Luís de Camões ou o Infante D. Henrique e de símbolos emblemáticos dos Descobrimentos como o Padrão, as caravelas, as naus e os mapas.

2011/05/30

Peça do mês


Traje de cena
Traje de cena, criado por alunos e professores, utilizado na peça de teatro "Pedro e Inês".
O traje pertence à Escola Secundária Quinta do Marquês, com o número de inventário ME/ 402606/88
O traje de cena é o tipo de indumentária utilizada nas artes cénicas, dança, mímica, circo, entre outros. O exemplo apresentado, constituído por um vestido longo de cor vermelha e um toucado, integra um núcleo notável, variado e rico de trajes de cena, que tentam reproduzir com exactidão os trajes da época da personagem a que se destinam
As representações teatrais promovidas por alunos e professores têm sido uma presença constante nesta escola, como forma de aprofundar e interiorizar os conhecimentos adquiridos nas aulas. Os temas são variados, consoante os conteúdos programáticos.
Este tipo de trajes tem como base o figurino, um desenho a cores ou a preto e branco, que constitui o modelo da indumentária e que caracteriza a personagem a que se destina. O traje de cena, “a verdadeira pele do actor”, contém em si mesmo um pouco da história da arte dramática. Até ao início do século XX era utilizado como um simples disfarce, com elementos que permitiam identificar as personagens. A partir de então assume uma verdadeira função cénica e dinamizadora da peça teatral, influenciado pela moda e pelo design.
Um dos nomes importantes no traje de cena em Portugal é António Francisco, criador deste tipo de vestes em finais do século XVIII. Cerca de 1850, com o impulso criativo de Almeida Garrett, figuras como Manuel Bordalo Pinheiro e Braz Martins destacam-se no panorama teatral português. Em 1880, a cenografia e o guarda-roupa ganham um novo fôlego com a criação da Companhia Rosas & Brasão. Carlos Cohen, Manuel Castelo Branco e Augusto Pina introduzem uma corrente “naturalista” em que se pretende reproduzir os ambientes de época de forma tão rigorosa e fiel quanto possível.

2011/05/20

Dia Internacional da Diversidade Biológica - 22 de maio

Associando-nos a esta celebração sugerimos uma visita à nossa Exposição:

2011/05/18

Seminários do Património Científico Português, no Museu da Ciência!

No dia 19 de Maio, pelas 17h00, no Museu da Ciência na Rua da Escola Politécnica, 56, em Lisboa, realizou-se um Seminário sobre " O Projecto do Museu Virtual do Ministério da Educação" apresentado pela Dra. Paula Telo, do Ministério da Educação.
 

Dia Internacional dos Museus

No início do corrente mês de maio tiveram lugar, em Lisboa, dois eventos importantes para a gestão do património cultural. Assinalando-se hoje, 18 de maio, o Dia Internacional dos Museus, e realizando-se, amanhã, uma apresentação do projeto do Museu Virtual da Educação, justifica-se trazer a este espaço uma síntese das tendências atuais ao nível da gestão do património cultural que as diversas intervenções nesses dois eventos revelaram.
No dia 2 de maio, teve lugar no Cinema S. Jorge, um seminário sobre ‘Políticas de Património Cultural’, uma organização conjunta do ICOM e do ICOMOS cujos diretores, Luís Raposo e José Aguiar, moderaram as duas mesas de oradores. O objetivo era promover um debate sobre as recentes políticas na área do património, ouvindo um leque bastante vasto de personalidades como, por exemplo, Luís Campos e Cunha, Luís Calado, Nuno Vassalo e Silva, Raquel Henriques da Silva, Fernando António Baptista Pereira, ou Walter Rossa. Foi pedido a cada interveniente uma breve opinião sobre os pontos mais críticos das atuais políticas culturais e a apresentação de sugestões para o ciclo político que se avizinha.
Entre as muitas questões levantadas na sessão foram especialmente ressaltadas as seguintes preocupações:
• A questão da viabilidade financeira dos projetos culturais e a necessidade de dar visibilidade aos seus resultados. Para qualquer projeto na área do património cultural, é cada vez menos admissível ignorar a ponderação da sua sustentabilidade económica e aferir os seus benefícios e resultados. Os investimentos na cultura têm de ser justificados em função dos seus produtos e dos efeitos educativos que estes produzem sobre os públicos a que se destinam.
• A necessidade de repensar as instituições museológicas, não apenas ao nível da rede e distribuição dos equipamentos, mas a sua estrutura e modos de funcionamento. Foram salientadas as vantagens das estruturas museológicas ‘leves’, que não assumam como principal missão a concentração de avolumadas reservas patrimoniais, mas privilegiem, sobretudo, o seu papel educativo e de divulgação.
• A importância do conhecimento dos públicos e da orientação dos projetos culturais em função dos seus interesses, necessidades e enriquecimento cultural. Os museus e as suas atividades não devem ser pensados a partir dos espólios que possuem, mas em função dos seus visitantes. Há que inventar novas narrativas expositivas que tenham eco junto daqueles a quem se destinam.
• A ponderação da existência de um número crescente de cidadãos anónimos empenhados na defesa de um património que sentem como seu. A voz da ‘opinião pública’ tem cada vez mais peso e impacto, até porque existem, hoje em dia, inúmeros instrumentos (internet, blogues, petições...) que permitem exprimir opiniões, contestar opções e pressionar as instituições na tomada das suas decisões.
Dois dias depois, a 4 de maio, teve lugar no Museu Nacional de Arte Antiga uma sessão de apresentação do Plano Nacional de Conservação e Restauro.
A cerimónia foi aberta pelo diretor do IMC, João Brigola, mas foi a António Candeias, Diretor do Laboratório de Conservação e Restauro José de Figueiredo, que coube a explicitação detalhada do Plano. O Secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, encerrou a sessão.
Segundo os oradores, o Plano então apresentado justifica-se pela necessidade de regular a atividade da Conservação e Restauro e de tornar operacional a aplicação da Lei do Património (lei 140 /2009). Para atingir tais objetivos, várias ações concretas foram enunciadas:
• A criação de um «Conselho Regulador» desta atividade, que reunirá representantes do IMC, do IGESPAR, da BN, da DGARQ, das Direções Regionais de Cultura e das associações profissionais;
• A reestruturação interna dos serviços do Instituto José de Figueiredo, através da fusão do «Departamento de Conservação e Restauro» com o «Laboratório de Conservação e Restauro» numa estrutura única, um «Centro de Conservação e Restauro José de Figueiredo»;
• Um conjunto diversificado de parcerias e protocolos com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) na área da Conservação e Restauro;
• A apresentação de candidaturas aos mecanismos internacionais de financiamento, designadamente o EEA Grants, no âmbito do qual Portugal apresentou o Projeto SAPPHIRE - Saphegard Actions for de Preservation of Portuguese Heritage: Inovation, Reabilitation and Education.
No quadro das ações concretas, mereceu especial destaque o anúncio de criação da RENACOR - Rede Nacional de Conservação e Restauro (RENACOR), que reunirá vários departamentos do IMC, e IGESPAR, Direções Regionais de Cultura, e outras instituições.
Esta rede terá como funções, entre outras, a promoção de sessões de sensibilização sobre prevenção e restauro, a organização de cursos de atualização para profissionais no ativo; a realização de Intervenções ao nível da gestão de risco e da prevenção; o apoio à atividade desenvolvida no terreno, designadamente na regulação de concursos e adjudicação de empreitadas ou na monitorização e acompanhamento de intervenções em curso por meio de inspeções de equipas técnicas.
Do conjunto destas duas iniciativas sobressai, como tendência comum, a necessidade de tornar a gestão do património mais eficaz e, simultaneamente, mais transparente, dando visibilidade aos produtos e aos resultados das iniciativas culturais. Naturalmente, os efeitos dos projetos culturais não podem ser medidos através de uma contabilidade estreita, mas avaliando o retorno que produzem ao nível do enriquecimento educativo dos públicos a que se destinam. Não se pode subjugar a cultura às lógicas da gestão financeira, mas deve pensar-se a cultura como um território de criação de valor, com efeitos indiretos, mas expressivos, sobre o perfil

económico do país. Em época de crise, mais que nunca, há que ter presente o poder de atração de investimentos e de visitantes que o prestígio cultural exerce, e ser capaz de reconhecer os benefícios que advêm da imagem de Portugal enquanto país culturalmente interessante.

Dia Internacional dos Museus

No dia internacional dos museus propomos-lhe que visite a nossa exposição

2011/05/09

Galeria de Ministros

"A vida e a história de uma instituição pública pode ser conhecida, e dar-se a conhecer, através daqueles que, ao longo dos tempos, exercem as responsabilidades de serem o seu primeiro e principal responsável."

2011/04/29

Peça do mês de abril


Pintura

Aguarela da autoria de Seomara da Costa Primo, representando um elemento de botânica, Impaticus, datado de 1977.
A pintura pertence à Escola Secundária Seomara da Costa Primo, com o número de inventário ME/402760/04
Seomara da Costa Primo (1895 – 1986) nasceu em Lisboa, filha de Maria Luísa Buttuler e Manuel da Costa Primo
Estudou no Liceu Passos Manuel, onde terminou o Curso Complementar de Ciências em 1913. Posteriormente ingressou na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa tendo concluído o Curso de Ciências Histórico-Naturais em 1919. Frequentou o Curso do Magistério Liceal e concluiu o Exame de Estado em 1922. No período decorrente entre 1921 e 1942 foi professora do ensino liceal, a par da docência universitária, tendo leccionado no antigo Liceu Almeida Garrett e no Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho.
A sua actividade desenvolveu-se ao nível do ensino liceal, tendo sido autora de numerosos compêndios de Ciências Naturais, ilustrados com as suas aguarelas e carvões.
Seomara da Costa Primo esteve igualmente ligada à Federação das Associações dos Professores dos Liceus Portugueses (1926), tendo feito parte dos corpos dirigentes.
A sua visão da educação foi verdadeiramente inovadora. Promoveu o cinema educativo que se estreou em 1929 no Liceu Maria Amália, a par de um artigo publicado n’”O Século”, da sua autoria, chamando a atenção para as vantagens do cinema na tarefa educativa. Para Seomara da Costa Primo a educação deve não só preparar o aluno para a vida, mas também adoptar novas metodologias mais activas. Em relação à mulher defende que a sua educação e nível cultural “é pedra de toque de um país verdadeiramente civilizado".
Em 1942 defendeu a sua tese de doutoramento, sendo a primeira mulher a obter este grau na área das Ciências. Foi autora de vários artigos de natureza científica, publicados na imprensa da especialidade, tendo efectuado diversas viagens de estudo a países europeus.
A aguarela que apresentamos faz parte do “Núcleo Seomara da Costa Primo”, existente na Escola Secundária Seomara da Costa Primo, antiga Escola Secundária da Venteira, na Amadora. Em 1989, a escola tornou-se um pólo agregador do espólio de Seomara, a partir de doações feitas por diversas entidades e particulares (Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, Museu-Escola Jardim Botânico ou pela Drª. Maria Luísa Azevedo Neves). O espólio é constituído por cerca de 600 peças, entre as quais publicações, apontamentos, fotografias, objectos pessoais e parte da sua biblioteca pessoal.

2011/04/27

Escola Básica 2,3 Marquesa de Alorna

Breve historial sobre a Escola Básica 2,3 Marquesa de Alorna, ao nível museológico,arquitectónico e bibliográfico

Dia Mundial do Livro

Dia 23 de Abril comemorou-se o Dia Mundial do Livro – data assinalada desde 1996 por iniciativa da Unesco e escolhida para honrar a velha tradição catalã.

2011/04/21

Exposição Virtual

2011/03/30

Peça do mês


Almofada de Bilros

Almofada utilizada em contexto das práticas pedagógicas nas aulas de Lavores. A almofada de renda de bilros, denominada de rebolo, assenta sobre um suporte de madeira, ajustável, com conjunto de pequenas peças de madeira torneada, os bilros. A almofada consiste num cilindro de pano grosso, cheio de algodão.

O modelo pertence à Escola Secundária com 3.º Ciclo Clara de Resende, com o número de inventário ME/346779/13
A renda de bilros é realizada sobre uma almofada cilíndrica de grande espessura, o rebolo, tal como é possível observar na imagem. Elaborada em pano grosso, tem no seu interior palha ou algodão, e possui dimensões variáveis, dependendo do tipo de peça que se pretende realizar. A almofada é colocada num suporte de madeira ajustável que deve ser colocado à altura da artesã– a rendilheira.
Para realizar a peça, é colocado um cartão perfurado no rebolo – o pique – onde está o desenho, feito com pequenos furos, onde são espetados diversos alfinetes à medida que o trabalho vai sendo desenvolvido. Para dispor os fios, a rendilheira utiliza os bilros, uma pequena peça com forma de pêra ou esfera, em madeira ou outro material, através de um movimento alternado e rotativo, com o auxílio dos alfinetes, em que os fios são cruzados sucessivamente. O número de bilros utilizados também pode variar, dependendo da complexidade do desenho executado. A temática presente nestes desenhos diz respeito aos elementos naturais estilizados, como a fauna e a flora locais.
A origem da renda de bilros não é consensual, mas as primeiras referências a esta arte, em Portugal, datam do reinado de D. Sebastião. Testemunha da arte popular, a renda de bilros é executada em várias regiões, com particular relevo para a zona litoral do país, nomeadamente Peniche e Vila do Conde, devido à sua originalidade, qualidade e perfeição.
A renda de bilros de Peniche pode ser dividida em duas categorias, as rendas eruditas (desenho e técnica) e as rendas populares (renda antiga). As rendas desta localidade destacam-se pela técnica de urdidura e pelo facto de não se distinguir o direito do avesso das peças executadas. Em meados do século XIX, pensa-se que existiriam cerca de mil rendilheiras e oito oficinas em Peniche. Numa tentativa de impulsionar a produção nacional foi criada em 1887 a Escola Industrial D. Maria Pia com uma secção de rendeira, permitindo o apuramento das técnicas utilizadas e aumentando a qualidade do trabalho produzido.
Em Vila do Conde existe actualmente uma escola que dá continuidade a esta arte e o “Museu das Rendas”, onde podem ser admirados os trabalhos realizados com esta técnica, conhecendo um pouco mais da história, das diferentes formas de execução e dos instrumentos utilizados.

2011/03/23

23 de Março: Dia Metereológico Mundial

A exposição virtual "O clima para si" A meteorologia através do património museológico escolar  associa-se à celebração do "Dia Metereológico Mundial" que tem lugar a 23 de Março.

2011/03/07

As representações da mulher no património museológico escolar

Esta exposição virtual associa-se à celebração do "Dia Internacional da Mulher" que tem lugar a 8 de Março.

2011/03/02

Exposição Virtual

"A Colecção Brendel na Escola Secundária de Camões"
A presente exposição é uma mostra de modelos anatómicos de plantas e flores.

2011/03/01

«MUITOS ANOS DE ESCOLAS.»

Na passada terça-feira, dia 22/2, a Secretaria-Geral do Ministério da Educação organizou, na recém-intervencionada Escola Secundária D. Filipa de Lencastre, a apresentação pública do terceiro livro da série "Muitos anos de escolas". Saber mais.

Peça do Mês


Modelo anatómico de espécie vegetal
 Modelo de flor do linho, utilizado para permitir a visualização da sua morfologia em contexto das práticas pedagógicas das aulas de Ciências Naturais. Trata-se de uma ampliação onde é apresentada a flor do linho (Linum), com grande pormenor. Assenta num suporte vertical preso a uma base redonda de madeira e é desmontável.
O modelo pertence à Escola Secundária de Camões, com o número de inventário ME/401109/56
Este modelo pertence à colecção Brendel, companhia produtora de modelos de botânica e zoologia, fundada em Breslau, Alemanha, por Robert Brendel (ca. 1860-1898). Transferida para Berlim em 1896 e posteriormente, em 1902, para Grunewald por Reinhold Brendel (c. 1861-1927) esta fábrica produziu modelos, muito aumentados e desmontáveis, em papier-maché, madeira, algodão, rattan, contas de vidro, penas ou gelatina. Ao nível científico, os Brendel contaram com alguns colaboradores e especialistas, como é o caso dos professores Cohn, Eduard Eidam, Alexander Tschirch (1856–1939), Leopold Kny (1841-1916), Carl Müller (1855-1907) ou Emerich Ratháy (1845-1900). Aliando beleza e rigor científico, estes modelos não tinham uma função meramente educativa, sendo verdadeiras obras de arte, muito ao estilo do conceito de ciência e de arte do século XIX, reflectindo o entusiasmo pelo conhecimento e o apelo da perfeição artística.