Bibliografia e informação adicional:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Seomara_da_Costa_Primo
http://esscpvisitasestudo.blogspot.com/
Para consultar a história da Escola Secundária Seomara da Costa Primo:
Bibliografia e informação adicional:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Seomara_da_Costa_Primo
http://esscpvisitasestudo.blogspot.com/
Para consultar a história da Escola Secundária Seomara da Costa Primo:
Em
1949 foi aprovada a construção da Escola Técnica Elementar Marquesa de Alorna.
O terreno, com uma área de 10.240 metros quadrados, foi cedido pela Câmara
Municipal de Lisboa e o projeto foi elaborado pelos serviços técnicos da Junta
das Construções para o Ensino Técnico e Secundário.
O anteprojeto
da Escola Marquesa de Alorna foi aprovado em 1955 e construção inicia-se em
1956. Em 1958 estava concluída. Composta de dois corpos (formando frentes para
dois arruamentos do Bairro Azul), um grande pátio e uma mata, a Escola fui
cuidadosamente projetada para receber 1.000 alunas, tendo sido dada particular
atenção à generosidade dos espaços, dignidade e durabilidade dos materiais e às
questões da luz e boa exposição solar.
A 9 de
outubro de 1958 a escola denomina-se Escola Técnica Elementar Marquesa de
Alorna (feminina). As aulas começam a 10 de outubro do mesmo ano e acolhia
alunos das freguesias de S. Sebastião da Pedreira, Nossa Senhora de Fátima e
Campolide. Em 1969 a escola passa a denominar-se Escola do Ciclo Preparatório
Marquesa de Alorna. Pós 25 de abril, mais precisamente em 1993, a escola é
redenominada por Escola Básica 2,3 Marquesa de Alorna, atualmente, em
2004-2005. A referida escola passa a ser sede do Agrupamento de Escolas
Marquesa de Alorna.
José
Sobral Blanco, o arquiteto responsável pelo projeto de construção da escola,
requentou o curso secundário no Liceu Passos Manuel, e formou-se em arquitetura
Na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, curso que terminou em finais da
década de 20. Posteriormente, fez parte das equipas de arquitetos projetistas da
Junta das Construções para o Ensino Técnico e Secundário. Nesta instituição,
participou no Plano de Novas Construções, Ampliações e Melhoramentos de
Edifícios Liceais (Plano de 1938) e projetou e acompanhou a construção dos
liceus de Setúbal em 1945, Porto – Carolina Michäelis de Vasconcelos em 1951,
Oeiras em 1953 e Portimão em 1965.
Existe
na Escola um busto da Marquesa de Alorna, datado de 1957, da autoria do
escultor Raul Xavier (1894 – 1964). Nascido em Macau, Raul Maria Xavier foi
discípulo do escultor Costa Mota (sobrinho). Desenvolveu uma obra escultórica
de feição clássica, marcada pela serenidade e pela depuração das formas,
tendo-se dedicado especialmente ao retrato em estátuas ou bustos. De entre os
seus melhores trabalhos destaca-se o baixo-relevo representando a Batalha de Aljubarrota
e a estátua de São Vicente (exibida na Exposição Mundo Português em 1940), as
alegorias à Ciência e à Arte (Pavilhão dos Desportos, Parque Eduardo VII,
Lisboa), a estátua de Vasco da Gama (Aquário vasco da Gama), entre outros.
Em
2010-2011 foi doado à Secretaria-Geral do Ministério da Educação parte do “antigo”
acervo bibliográfico que a referida escola detinha desde a sua fundação. Este
acervo foi doado em duas tranches, o grosso da doação data de 12 de fevereiro
de 2010, a segunda de 9 de fevereiro de 2011. As duas doações foram integradas
na Biblioteca Histórica da Educação (MESGBHE) do Ministério da Educação – 430 títulos
monográficos e 31 de publicações periódicas.
Da
primeira doação constam publicações periódicas e monografias sobre educação,
incluindo material didático, manuais escolares, guias e outros documentos
próprios das práticas letivas do Estado Novo. Estes documentos apresentam uma
dispersão de valores que vai desde os anos 30 até aos anos 80, aproximadamente.
Da
segunda doação consta um grupo homogéneo de documentos sobre a educação da
mulher – publicações periódicas sobre a Mocidade Portuguesa Feminina (MPF).
Ainda que a MPF fosse criada em 1937 (Dec.-lei n.º 2862 de 8 de dezembro), a
esmagadora maioria dos documentos da então Escola Técnica Elementar Marquesa de
Alorna são da década de 60 e 70.
O
referido acervo da Escola Básica 2, 3 Marquesa de Alorna está disponível online
através do portal Sistema Integrado de Bibliotecas do Ministério da Educação
(SIBME) em: http://sibme.sg.min-edu.pt
Bibliografia:
Comissão
de Moradores Bairro Azul (2008). Escola Marquesa de Alorna, 50 anos,
reabilitação do património [on-line]. http://www.bairroazul.net/mesquita/ema+aniv.pedf
[Consulta: 18 de abril de 2011]
Em
1926, o escritor e editor valenciano Vicente Clavel i Andrés propôs à Cámara Oficial del Libro de Barcelona a instauração
e comemoração do dia do livro (Fiesta del Libro). Esta efeméride seria uma
forma de divulgação do livro e, simultaneamente, de promoção da leitura
(omitiam-se razões comerciais).
A data
inicialmente proposta para a Fiesta del
Libro foi 7 de outubro, dia do nascimento de Miguel de Cervantes, razão
mais do que suficiente para os espanhóis comemorarem tal efeméride na data
mencionada. Esta proposta foi aceite, mas rapidamente alterada: a partir de
1930 a data foi mudada para 23 de abril. Os motivos alegados para tal mudança
foi a comemoração da data da morte de Cervantes e de Shakespeare.
A
reafirmação do espírito catalão não se fez esperar, dia 23 de abril é o dia de
Sant Jordi, patrono da Catalunha. O patrono catalão sempre foi celebrado com la feria de la rosa. Ou seja, no dia 23
os catalães ofereciam rosas vermelhas uns aos outros. Na atualidade, estas
efemérides são conhecidas pela festa da rosa e do livro (Fiesta de la rosa y el
libro) e, acima de tudo, comemora-se o patrono da região semiautónoma espanhola
– la Diada de Sant Jordi.
“La
Diada de Sant Jordi, nom amb que es coneix la festa del 23 d’abril, és un dia
molt especial a Catalunya, dia en què se celebra el dia del enamorats i el dia
del llibre. Homes i dones intercavien roses i llibres amb la seva parella i les
persones volgudes. La tradició de regalar roses sembla ser que es remunta al
segle XV, quan es repartien roses a les dones que anaven a la missa oficiada a
la capella de sant Jordi del Palau de la Generalitat.” (Deputació de Barcelona,
2011)
Atendendo
às palavras da Deputació de Barcelona (2011), ainda hoje, o dia 23 de abril é
muito importante para a história da Catalunha. Em primeiro lugar, deve-se à
Catalunha a paternidade do Dia Mundial do Livro. Por outro lado, associa-se
esta efeméride à comemoração do seu patrono e, para alem desse facto,
celebra-se o dia dos namorados. Diremos, então que é a festa do livro, da rosa,
dos namorados e do patrono da Catalunha – uma forma lendária de encarar os
factos.
Essa é
a lenda oficial adotada pela Catalunha para explicar a razão de Sant Jordi ser
o seu padroeiro e para representar o grande evento que acontece na Catalunha no
dia 23 de abril todos os anos.
Com a
junção das respetivas tradições, mudaram-se os hábitos sociais – o cavalheiro
oferece uma rosa vermelha (símbolo do sangue do dragão) à amada e esta oferece
um livro ao cavalheiro.
“Como
cada 23 de abril Catalunya celebrará la Diada
de Sant Jordi (Festividad de San Jorge), conocida también por la fiesta de
la rosa y el libro, y en que las calles de pueblos y ciudades de catalunya
disfrutan, si lo permite el tiempo, del inicio de la primavera y de esta
magnifica jornada de vocación de universal”. (F. B., 2009)
Atualmente,
O Dia Mundial do Livro é uma comemoração celebrada a nível internacional com o
objetivo de fomentar a leitura, a indústria editorial e a proteção da
propriedade intelectual (direitos de autor). A origem da Diada de Sant Jordi tem origens medievais, onde os cavaleiros ofereciam
rosas vermelhas às suas amadas e, a partir de 1926, as senhoras agradecem as
rosas aos cavalheiros com a oferta de um livro.
“The
idea for this celebration originated in catalonia where on 23 April, Saint
George’s Day, a rose is traditionally given as a gift for each book sold. The
success of the World Book and Copyright Day will depend primarily on the
support received from all parties concerned (authors, publishers, teachers,
librarians […].” (UNESCO, 2011)
Segundo
a Mensagem do Diretor-Geral da UNESCO por ocasião do Dia Mundial do Livro e do
Direito de Autor (23 de abril de 2003), o futuro do Livro e do Direito de Autor
é uma questão que nos diz respeito a todos.
Numa
época caracterizada pela explosão das redes elétricas e televisivas, o livro
constitui um instrumento excecional para a expressão das identidades culturais.
A sua projeção é um fator decisivo para a promoção da diversidade cultural.
Recordemos o papel primordial dos tradutores, sem os quais o diálogo
intercultural através dos livros não seria possível (Cf. Comissão Nacional da
UNESCO, 2011).
A
UNESCO (2011) confirma a originalidade da celebração da Diada de Sant Jordi, não obstante, apela para os direitos de autor:
o sucesso do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. Esta osmose de valores
socioculturais impulsionada pela Generalitat de Catalunya y de la Federación de
Gremios de Editores de España, em 1995, levou a UNESCO a declarar o dia 23 de
abril como Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. As razões alegadas
foram:
- o
livro foi durante séculos o fator mais poderoso para o desenvolvimento do
conhecimento;
- o
desenvolvimento de uma consciência coletiva mais completa sobre as tradições
culturais no mundo;
- a
organização de eventos para divulgar os livros e a promoção da leitura.
A
leitura é, como sabemos, o principal instrumento de aprendizagem. É o meio mais
eficaz de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade humana.
Através do ato de ler, o individuo entra em contato com realidades transversais
do conhecimento universal – consciência coletiva.
Bibliografia:
COMISSÃO
NACIONAL DA UNESCO (2011). Mensagem do
Diretor-Geral da UNESCO por ocasião do Dia Mundial do Livro e do Direito de
Autor (23 de abril de 2003) [on-line]: Koïchiro Matsuura, PC/dialivro.doc
http://www.unesco.org/culture/bookday/gs_03_portugais.pdf
[Consulta:
19 de abrik 2011].
DEPUTACIÓ
DE BARCELINA (2011). Diada de Sant Jordi
a Rofes (la Llacuna) [on-line]: Propera edició, 23/04/2011
http://www.festacatalunya.cat/articles-mostra-1703-cat-diada_de_sant_jordi_a_rofes_la_llacuna.htm
[Consulta:
19 de abril de 2011].
F. B.,
David (2009). Sat Jordi, la fiesta del libro y dela rosa [on-line]. Los Viajeros.com
http://www.losviajeros.com/noticias.php?n=191
UNESCO
(2011). World Book and Copyright Day,
April, 23 [on-line]
http://portal.unesco.org/culture/en/ev.php-URL_ID=5125&URL_SECTION=201.html