2021/07/22

Exposição Virtual: "Mobiliário Escolar no Museu Virtual da Educação"

O mobiliário constitui uma importante fonte para o conhecimento das práticas escolares, uma vez que influencia significativamente o desenvolvimento dos alunos em vários aspetos. Em Portugal, este passou a ser um tema de discussão a partir da década de 30/40, quando foram desenhados alguns modelos de carteiras adaptadas à estrutura das crianças. A coleção de mobiliário escolar disponibilizada no Museu Virtual da Educação compreende várias peças utilizadas em contexto escolar. É o caso da carteira, um móvel de assento e de escrita, com um ou dois lugares. O tampo é geralmente inclinado, rebatível ou não, e o assento é fixo. Inicialmente construídas em madeira, as carteiras passaram a integrar elementos metálicos para minimizar os problemas dos xilófagos. Por baixo do tampo, existe por vezes, uma prateleira para colocação de material escolar. O quadro negro era, na maior parte das vezes constituído por uma armação em madeira que sustentava a placa de ardosia sobre a qual se escrevia com giz. Na base da ardósia existe um rebordo em forma de calha a todo o comprimento para colocação dos pedaços de giz e do apagador. Outro tipo de elementos também deve ser referido, como é o caso dos bancos corridos, colocados nos corredores ou cantinas, mesas, bancos e secretárias. Parte integrante da vida escolar, o quadro de honra destinava-se a distinguir os alunos que se destacavam ao nível da sua progressão académica. Para além destes, existe todo o tipo de mobiliário de apoio à prática letiva como os armários, as estantes, as vitrinas, as bancadas de laboratório ou os relógios. A partir dos finais da década de 60 do século XX deixam de se utilizar carteiras de tampo inclinado e a clássica secretaria do professor. As áreas de trabalho tornam-se mais amplas e o mobiliário obedece a aspetos ergonómicos, funcionais, técnicos, estéticos e económicos, permitindo mais flexibilidade e adaptabilidade nas salas de aula.

Conjunto de banco e carteira

ME/400439/829

Escola Secundária Sebastião e Silva

Carteira escolar de um lugar, constituída por banco e mesa contíguos, em madeira, montados em estrutura de ferro pintada de preto, sobre calha de madeira. O assento tem encosto de uma travessa; a mesa, destinada à escrita, apresenta tampo inclinado, rebatível, com calha para colocação de material riscador; sob o tampo encontra-se uma prateleira destinada à colocação de material escolar.


Quadro

ME/404445/138

Escola Secundária Alexandre Herculano

Antigo quadro rebatível utilizado nas aulas de diversas disciplinas. É constituído por uma armação em madeira que sustenta a placa de ardosia sobre a qual se escrevia com giz. A armação tem uma estrutura basculante que permite ajustar a melhor posição do quadro. Na base da ardósia a armação em madeira tem um rebordo em forma de calha a todo o comprimento para colocação dos pedaços de giz e do apagador.


Banco

ME/152171/85

Escola Secundária Infante D. Henrique

Banco corrido, de espaldar, com três lugares. Assenta sobre oito pernas de secção quadrangular, travejadas. Possui dois braços em cada extremo e duas traves a meio da zona do espaldar. Foi executado na década de 30/40 pelos alunos e mestres da escola.


Secretária

ME/403556/233

Escola Básica e Secundária de Carcavelos

Secretária constituída por tampo fixo retangular, assente sobre duas caixas laterais constituídas por três gavetas sobrepostas, com espelhos de fechadura metálicos e puxadores paralelepipédicos maciços, em madeira, situados por baixo dos espelhos. Ao centro, sob o tampo, tem uma gaveta, mais larga. Entre os dois corpos laterais existe um espaço destinado à cadeira. Cada conjunto de gavetas está assente em quatro pés retangulares.


Vitrine

ME/401109/357

Escola Secundária de Camões

Armário/vitrina com quatro módulos. Trata-se de uma vitrina para exposição de peças, em que cada um dos quatro módulos é constituído por duas partes sobrepostas e portas de vidro com moldura simples de madeira. No interior contem prateleiras também em vidro. O módulo inferior é avançado, possuindo na zona superior um compartimento com porta inclinada e, na zona inferior, uma gaveta.


Cadeira

ME/152171/84

Escola Secundária Infante D. Henrique

Cadeira, que faz parte de um conjunto de 3, executadas na década de 30/40 pelos alunos e mestres da escola. A cadeira tem costas fixas, braços e assento de madeira sem estofo. A cadeira roda sobre um eixo fixo num pé de galo e não apresenta decoração ou acabamento específico.


MJS


2021/07/19

Mértola


Mértola encontra-se na lista indicativa para a candidatura de Bens a Património Mundial em Portugal. Trata-se de um município do distrito de Beja, sendo o sexto mais extenso de Portugal com 1.292.87 Km2 de área.

É banhada pelo rio Guadiana e caracteriza-se geologicamente por zonas de peneplanície e pelo vale do Guadiana. O seu clima é temperado mediterrânico, com verões quentes e invernos amenos.

Habitada desde o neolítico, Mértola conserva edifícios romanos de grande monumentalidade. Mírtilis Júlia foi a sua designação durante este período, mudando depois para Martulá com as invasões muçulmanas. Nesta fase tornou-se o porto fluvial mais ocidental do Mediterrâneo, com um castelo, tendo sido a capital de um emirado independente, a Taifa de Mértola.

Com D. Sancho II, Mértola foi reconquistada sob o comando de Paio Peres Correia em 1238 e assistiu a um período de grande desenvolvimento.

Só muito mais tarde, no final do século XIX, é que o município recupera a prosperidade e o crescimento demográfico através da descoberta do filão mineiro em S. Domingos. Com o encerramento da mina em 1965 houve uma crise social e económica, fazendo com que inúmeros habitantes se mudassem para Lisboa ou para o exterior do país.

Entre os monumentos mais importantes podem-se destacar alguns como o castelo de Mértola, a Igreja Matriz, o Convento de São Francisco, o Museu Municipal e todo o centro histórico.

O atual castelo, resulta do inicialmente construído durante a ocupação muçulmana e foi alvo de várias alterações, nomeadamente o acrescento da Torre de Menagem edificada em 1292 por D. João Fernandes. Aqui se encontra um importante núcleo museológico e pode-se desfrutar de uma vista sobre toda a vila.

A Igreja Matriz ou Igreja de Nossa Senhora da Anunciação, foi uma mesquita, convertida durante o século XIII. Conserva a estrutura da construção anterior, incluindo quatro portas de arco em ferradura e o mihrab, que indica a direção de Meca.

O Convento foi edificado no século XVII por iniciativa de Diogo Nunes de Figueira Negreiros. Atualmente é um importante polo cultural, com jardins, exposições, um museu da água e uma reserva ornitológica.

 

MJS