2021/06/10

Fortalezas Abaluartadas da Raia Luso Espanhola


As Fortalezas Abaluartadas da Raia Luso Espanhola integram a Lista Indicativa de Portugal enquanto candidatas à classificação de Património Mundial da Unesco.

Distribuindo-se pelos municípios de Almeida, Marvão, Valença e Elvas, atualmente já incluída no Património Mundial Português, estas fortificações alteram de forma impactante a paisagem. De uma inegável beleza e formato diferenciado estas construções militares tinham como objetivo a defesa do território e o refúgio da população em caso de ataque.

A sua construção deveu-se ao facto do sistema tradicional de defesa, torres amuralhadas perpendiculares ao solo, já não funcionar dada a evolução das técnicas militares e da artilharia móvel. São fortificações em forma de estrela, com um baluarte, dotadas de espessas muralhas e torres redondas mais resistentes aos ataques.

A Escola Italiana foi a que mais influenciou as construções em Portugal, sobretudo durante o século XVI. Após a Guerra da Restauração (1640 – 1648), a Coroa investiu na modernização de fortalezas nas zonas fronteiriças, convidando para tal vários mestres, engenheiros e militares estrangeiros. No Alentejo foi notória a presença de mestres holandeses e francesas. Os sistemas construídos em Almeida, Évora e Valença contribuíram em muito para o reforço da autonomia portuguesa.

Elvas tem a maior fortaleza abaluartada terrestre do mundo, de influência holandesa, ocupando um perímetro de cerca de 10 quilómetros. Não tem qualquer ângulo morto e permite ter uma visão de todo o terreno circundante. Nesta zona já tinham sido construídas fortificações na época romana e árabe.


Estas estruturas defensivas passaram a ser monumentos históricos únicos, refletindo a adaptação da arquitetura à morfologia de cada local. Constituem um espaço único e dinamizador da cultura, refletindo o relacionamento entre os povos.

 

MJS


2021/06/07

Exposição Virtual: "Santo António no Museu Virtual da Educação"

Santo António, figura icónica da tradição lisboeta, nasceu em Lisboa em data incerta, provavelmente no ano de 1195. Na casa onde se supõe ter nascido, perto da Sé, foi erguida uma igreja em sua honra. Estudou na Igreja de Santa Maria Maior, Sé, sob a supervisão da Ordem dos Regrantes de Santo Agostinho. Entrou na Ordem ainda adolescente, no Mosteiro de S. Vicente de Fora, tendo sido mais tarde transferido para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde contatou com monges franciscanos. Por volta de 1217 decidiu deslocar-se a Marrocos, seguindo a fé franciscana de evangelização dos muçulmanos. Ficou doente logo à chegada e teve de regressar. O barco onde seguia foi acometido por uma tempestade e acostou na Sicília. António permaneceu nesta zona até 1221, tendo vivido em Assis e chegando a conhecer São Francisco e os seus seguidores. Fixou-se posteriormente em Bolonha onde aprofundou os seus estudos, tendo-se dedicado ao ensino da teologia e à pregação nas universidades francesas de Toulouse, Montpellier e Limoges. A partir de 1230 pediu licença ao Papa para se dedicar à pregação e à contemplação. Regressando a Itália, acabou por morrer perto de Pádua, a 13 de junho de 1231. Foi canonizado no ano seguinte e os seus restos mortais encontram-se na Basílica de Santo António de Pádua. Em 1946 foi proclamado Doutor da Igreja. Durante a sua vida destacou-se como pregador, sendo um homem de cultura literária invulgar. Na devoção popular é considerado padroeiro dos amputados, dos animais, dos estéreis, dos barqueiros, dos idosos, das grávidas, dos pescadores, agricultores, viajantes e marinheiros; dos cavalos e burros; dos pobres e dos oprimidos; é invocado para achar coisas perdidas, para conceber filhos, para evitar naufrágios e para conseguir casamento. Nesta exposição encontram-se as imagens de Santo António que temos disponíveis no Museu Virtual da Educação que incluem escultura, azulejaria e pintura. 

ME/341256/276

Escultura de Santo António

Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Francisco de Arruda

Escultura, provavelmente elaborada por professores da escola, destinada a ser colocada na parede. Trata-se de uma representação de um santo, vestido com a tradicional hábito, cuja mão se encontra colocada na cabeça de uma criança que se encontra a seus pés. Do lado direito está uma coluna com decoração religiosa, onde se pode observar um arcanjo.


Painel de azulejo

ME/402163/183

Escola Secundária Marquês de Pombal

Conjunto de 15 azulejos de módulo quadrangular da 1.ª metade do século XX, da autoria de Leopoldo Battistini. Retrata a Aparição de Nossa Senhora com o menino Jesus a Santo António de Lisboa tendo no cimo uma tiara de anjos. O Santo é representado com o hábito de franciscano, preso na cintura por um cordão, enquanto a cruz, o livro e o lírio estão no chão à sua esquerda. Moldura em ferro.


Retábulo

ME/402163/189

Escola Secundária Marquês de Pombal

Retábulo de altar da autoria de Leopoldo Battistini. Painel assente em silhar numa composição recortada ao gosto rocaille, policromado: azul, amarelo, verde-azul e roxo - manganês, composto por uma moldura simétrica, encimado por uma coroa real, suportada por dois anjos lateralmente e sobre uma concha com grandes dimensões, desenvolvendo -se largos enrolamentos e volutas de acanto. Estas dividem o espaço físico do painel em três, destacando-se na parte central " Nossa Senhora da Conceição?. Na base desta está inscrito: " os trez Padroeiros. Nossa Sra. da Conceição, S. Vicente e S. António." À esquerda do observador, S. Vicente, segura uma caravela com três corvos. (símbolo de Lisboa). À direita do observador, Santo António segurando na mão direita um livro e na mão esquerda uma cruz e flores. Abaixo do pé esquerdo do referido santo está a assinatura e datação. À direita do observador em plano inferior está citada: "Fca. Cca. Constância - Lisboa". Na base da composição e nos seus extremos situam-se dois anjos de costas voltadas.



Estudo

ME/402163/270

Escola Secundária Marquês de Pombal

Estudo para painel de azulejos da autoria de Maria de Portugal. Apresentando uma moldura policromada em tons verde, roxo e azul encimada por cabeça de anjo. O interior do painel representa uma figura religiosa -"santo"- em oração, tendo suspenso na mão direita um terço e na esquerda um livro aberto. À direita desta figura pode ver-se um crucifixo virado para o santo, colocado sobre uma mesa revestida por uma toalha com motivos florais. À esquerda do referido santo, junto aos pés pode ver-se um cão que segura na boca uma tocha acesa.


Pintura

ME/402163/50

Escola Secundária Marquês de Pombal

Estudo preparatório do tema religioso "Aparecimento da Virgem com o Menino a Santo António" da autoria de Leopoldo Battistini O jogo espacial das figuras tem uma extraordinária verdade de expressão, nomeadamente a que representa o Santo António no ato de receber das mãos da Virgem, o menino Jesus. A ação é sublinhada pelo uso da cor, usando pincelada larga e sobreposta o que provoca quase a perda da focagem ótica.


MJS