2021/11/25

Biblioteca do Museu Nacional Grão Vasco

 

O Museu Nacional Grão Vasco situa-se no centro histórico de Viseu, junto à Catedral num edifício de granito cuja fundação data de 1593. Durante o século XVIII foi acrescentado um segundo piso.

Vasco Fernandes (c. 1475 – c. 1542), conhecido por Grão Vasco foi um dos principais pintores quinhentistas, tendo exercido a sua atividade na zona norte de Portugal. Não se sabe ao certo onde adquiriu os conhecimentos do seu ofício, mas pensa-se que terá sido em Lisboa. Inicia o seu percurso com uma influência marcadamente nórdica, evoluindo para as tendências italianas. Utiliza uma paleta de cores mais sombria, com uma preponderância para a gradação da luz, podendo observar-se uma caracterização marcada e pormenorizada das figuras e dos ambientes.

Durante o século XIX, esta construção passou para o domínio estatal, acolhendo o museu e as suas coleções em 1916. O objetivo era a preservação e valorização do património histórico, artístico e arqueológico de Viseu. O grande destaque vai, obviamente, para as obras de Grão Vasco. Entre 2001 e 2004 o espaço foi reabilitado através de um projeto da autoria de Souto Moura.

No que respeita às coleções, o museu dispõe de um conjunto notável de pinturas de Grão Vasco e de pintores contemporâneos, bem como esculturas, ourivesaria, faiança portuguesa, porcelana oriental, mobiliário, marfins e objetos destinados a práticas litúrgicas.

O acervo bibliográfico do Museu tem uma tipologia baseada nas coleções existentes, ou seja, Pintura, História da Arte, História de Portugal, Cerâmica, Artes Decorativas, Mobiliário, Escultura, Desenho, Gravura, Aguarela, Pastel, Ourivesaria e Numismática.

O arquivo histórico tem vários documentos avulsos, livros manuscritos, pergaminhos, fragmentos e selos, provenientes do cartório do cabido da Sé de Viseu, datados a partir do século XVIII.

 

 

MJS

2021/11/22

Biblioteca do Museu Nacional dos Coches

 

O Museu Nacional dos Coches foi criado em 1905, localizando-se no antigo Picadeiro do Palácio Real de Belém. Atualmente é constituído por dois edifícios, o Picadeiro e o novo espaço, desde 2015, na Av. da Índia. Trata-se de um museu que possui a mais importante coleção a nível mundial de coches e carruagens.

Em 1726, D, João V adquiriu este espaço que incluía várias casas nobres, entre as quais o Picadeiro. O futuro D. João VI remodelou esta área, atribuída ao arquiteto Giacomo Azzolini. Francisco de Setúbal, Francisco José de Oliveira, Joaquim Lopes e Nicolau Delerive contribuíram para esta obra com as suas pinturas e motivos ornamentais.

Em 1905 foi criado o Museu dos Coches Reais, por iniciativa de D. Amélia de Orléans, na tentativa de salvaguardar as viaturas pertencentes à Casa Real. O local escolhido foi o Picadeiro, adaptado por Rosendo Carvalheira com a colaboração de José Malhoa e Conceição Silva. A coleção foi aumentando e o espaço do museu foi-se expandindo. Em 1940 Raul Lino orientou o alargamento desta zona.

Em 1994, o Estado adquiriu as antigas Oficinas Gerais do Exército em Belém para a construção de um novo edifício em 2010, da responsabilidade de Paulo Mendes da Rocha, juntamente com o atelier Ricardo Bak Gordon e o Engenheiro Rui Furtado. Em 2015 a maior parte da coleção foi transferida para aqui, permanecendo no Picadeiro um núcleo de coches e berlindas, acessórios de cavalaria, bem como a galeria de pintura da família real.

Quanto à coleção, o museu reúne cerca de 9 000 objetos dos séculos XVI a XIX. Na altura da sua criação, em 1905, o acervo era constituído sobretudo por peças da Coroa, recolhidas em depósitos e cavalariças. Vários membros da família real fizeram doações de objetos pessoais.

Em 1911, com a separação do Estado e da Igreja, entram muitas peças de conventos e casas religiosas. Em 1912, os retratos da família real e várias viaturas, provenientes do Paço Patriarcal de S. Vicente de Fora, foram igualmente incorporados. Ao longo do tempo a coleção foi crescendo e inclui coches, berlindas, carruagens, seges, carrinhos de passeio, carrinhos de criança, liteiras, cadeirinhas, arreios e peças de cavalaria, fardamentos, instrumentos musicais, armaria e os retratos a óleo dos monarcas.

Existe no Museu um espólio documental relevante, com desenhos de arquitetura, projetos de decoração para coches, gravuras, estampas e postais. A Biblioteca tem um acervo especializado em meios de transporte, equitação, arte equestre, História, História da Arte, conservação e restauro e museologia. Reúne cerca de 6000 títulos, entre os quais monografias, catálogos de exposições e leilões, publicações periódicas e reservados.

 

MJS