X – Os
Projetos-Tipo Regionalizados – Escolas Raúl Lino e Rogério de Azevedo–Parte I
Em
1933 Guilherme Rebello de Andrade redigiu a Memória
do Anteprojeto do Plano Geral de Tipos-Regionais de Escolas Primárias Oficiais
a Construir em Série. Foram definidas 3 regras para a execução das plantas:
a planta deveria facilitar ampliações futuras; deveria aproveitar todos os
terrenos seja qual for a exposição ao Norte; e, igualmente, estandardizar os
modelos de construção das escolas por grupos. Os projetos a apresentar deveriam
ter em consideração as características da arquitetura regional, os materiais e
as variações climáticas. As regiões climáticas em que o país se dividia eram:
A –
Algarve;
B-
Alentejo;
C –
Estremadura;
D –
Beira Litoral;
E –
Beira Baixa, do Sul;
F –
Beira Baixa, do Norte, Beira Alta e Minho;
G –
Trás os Montes.
Em
1937 a Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais aprovou projetos para
44 edifícios de escolas primárias. Em Lisboa seriam executados por Raúl Lino (3
tipos regionais e 12 soluções) e no Porto, por Rogério de Azevedo (6 tipos
regionais, 1 tipo rural e 32 soluções).
Raúl Lino foi responsável pelos projetos de Faro, Beja, Évora, Portalegre, Setúbal, Lisboa, Santarém e Leiria. Os aspetos de arquitetura regional agruparam-se em 3 tipos diferentes:
Algarve – soluções para 1, 2, 3 e 4 salas;
Estremadura
(cantaria) – as mesmas soluções;
Alentejo
e Ribatejo (tijolo) – as mesmas soluções.
Fonte: BEJA, Filomena, et al.
Muitos Anos de Escolas – Volume I –
Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941. Lisboa, Ministério da
Educação – Direção-Geral da Administração Escolar, 1990.
MJS