2025/05/19

Muitos Anos de Escolas – Volume I – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941 – Capítulo IX - A Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais

 

(Imagem da fachada da Escola Central Infante D. Henrique em Angra do Heroísmo, Açores. Escola projetada pelo Arquiteto Jorge Segurado em 1933)


 

IX – A Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais

 

Criada a 30 de maio de 1929, a Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais incluía a Repartição Central, a Direção dos Edifícios Nacionais do Norte, a Direção dos Edifícios Nacionais do Sul e a Direção dos Monumentos Nacionais.


(Imagem dos desenhos da planta e do alçado lateral de uma carteira para dois alunos)


Estes serviços levaram a cabo a construção das Escolas Dr. Alfredo Magalhães (Ministro da Instrução), no distrito de Viana do Castelo, com um número variável de salas e traça dos edifícios. Estas escolas foram equipadas com mobiliário, mediante o subsídio do Fundo do Desemprego em 1936/37, cedido a várias Câmaras Municipais. Os desenhos das peças foram aprovados pela Direção dos Edifícios Nacionais do Norte.


(Imagem do desenho dos alçados da Escola de Proença-a-Nova, Projeto N.º 94 da autoria do Arquiteto Francisco dos Santos em 1932)


Em 1932 regulamentou-se a nova orientação dos Melhoramentos Urbanos com articulação entre o Ministério das Obras Públicas e o da Instrução. Entre 1930 e 1935 foram aprovados diversos projetos para escolas primárias (de vários autores e em diferentes correntes arquitetónicas), que nem sempre se concretizaram: Arquiteto Jorge Segurado (Liceu de Lamego, Escola Normal de Coimbra, Edifícios escolares em Estremoz, Pombal, Cascais, Escola Central de Angra do Heroísmo; Escolas do Bairro Social do Arco do Cego, Lisboa); Arquiteto Henriques Costa (Projeto para a escola de Vila Nova de Baronia – Alvito); Arquiteto Francisco dos Santos (Escola de Proença-a-Nova); Arquiteto Rebello de Andrade (Escola de Brejos de Azeitão, Setúbal).


(Imagem do desenho do alçado posterior do edifício da Escola-Cantina "José Rufino" em Alijó)


O investimento do governo foi insuficiente para a carência do país. Assim sendo, algumas famílias com recursos económicos mandavam construir escolas e outros fizeram doações, sob a égide do direito à educação. Neste último caso poderá referir-se a Escola-Cantina “José Rufino” em Alijó, inaugurada em 1934 com um projeto da autoria dos arquitetos Baltazar de Castro e Rogério de Azevedo.

 

 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume I – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941. Lisboa, Ministério da Educação – Direção-Geral da Administração Escolar, 1990.


MJS


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