2025/04/17

Muitos Anos de Escolas – Volume I – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941 – Capítulo VI - As Escolas “Adães Bermudes”

 

(Imagem do desenho dos alçados e plantas da escola Adães Bermudes, localizada em Mateus, Vila Real)


  

VI – As Escolas “Adães Bermudes”

 

Numa tentativa de incrementar as construções escolares, a 2 de março de 1898 foi aberto o concurso “para apresentação de projectos de edifícios destinados a escolas de instrução primária e o respectivo relatório”. Os trabalhos, entregues na 1.ª Repartição da Direção-Geral de Instrução Pública, deveriam ser apresentados com um pseudónimo, com peças desenhadas à escala 1/100, memória descritiva e justificativa, bem como medição e orçamentos.

Os projetos deveriam incluir 3 tipos de edifícios diferentes: 1 sala para 50 alunos do mesmo sexo e habitação do professor; 2 salas para 100 alunos do mesmo sexo e habitação do professor e ajudante; 2 salas para 100 alunos de ambos os sexos e 2 habitações para os professores e ajudantes.

Foi ainda estipulado que deveriam ser utilizados matérias e técnicas próprias de cada zona do país: Minho e Douro; Trás-os-Montes; Beiras; Estremadura; Alentejo; Algarve; Ilhas Adjacentes.

Em outubro de 1898 foi aprovado o trabalho do arquiteto Arnaldo Redondo Adães Bermudes (1864 – 1948) em que as salas de aula eram térreas, com 3 janelas para a fachada principal e arejamento; instalações sanitárias; recreio; e vestíbulo. A casa do professor tinha 2 pisos e um sótão com a entrada sobre a fachada central. A regionalização dos edifícios foi o aspeto menos conseguido deste projeto. Quanto ao mobiliário escolar, não fazia parte do projeto da escola, sendo fornecidos pelas câmaras municipais, com pouca qualidade e ergonomia.

 

 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume I – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941. Lisboa, Ministério da Educação – Direção-Geral da Administração Escolar, 1990.


MJS


2025/04/14

Peça do mês de abril/2025

 




Aparelho para estudo da reflexão da luz

 

Aparelho constituído por um transferidor de madeira, colocado verticalmente numa base de madeira retangular, sobre a qual está colado um pequeno espelho plano. Faz ainda parte do dispositivo um par de tubos colocados em pranchas de madeira que se deslocam perpendicularmente sobre o transferidor, bem como um terceiro tubo necessário para verificar a 2ª lei da reflexão. Rómulo de Carvalho foi o professor responsável pela elaboração deste instrumento na década de 60/70 do século XX.

Está inventariado com o número ME/404652/400 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária de Pedro Nunes.

 

MJS