2021/03/26

Rede de Arquivos de Instituições Religiosas - Sessão de Lançamento online


Nos próximos dias 15 e 16 de abril, entre as 14.30 e as 18.00h terá lugar a sessão de lançamento online da Rede de Arquivos de Instituições Religiosas. A organização estará a cargo do Centro de Estudos de História Religiosa, que poderá consultar para mais informações. 

Programa de 15 de Abril : Conferências de Thomas Aigner (St. Pölten Diocese Archives), Maria de Lurdes Rosa (Nova-IEM; UCP-CEHR), Pedro Penteado (DGLAB), Alice Borges Gago (UCP-CEHR; Nova-IEM).

Programa de 16 de Abril: Mesa Redonda “Arquivos de instituições religiosas: práticas de organização e de difusão”, com intervenções sobre: Arquivo da Diocese de Viseu (Fátima Eusébio), Arquivo da Igreja Lusitana (Alexandra Vidal e António Manuel Silva), Arquivo Português da Companhia de Jesus, APSI (Francisco Correia, sj), Arquivo Histórico das Servas de Nossa Senhora de Fátima (Jacinto Guerreiro), Arquivo da Irmandade dos Clérigos do Porto (Patrícia Alves), Arquivo do Corpo Nacional de Escutas (José Gouveia), Arquivo da Paróquia de S. Nicolau (Madalena Bobone e João Cambado) e Arquivo Guilherme Braga da Cruz (Patrícia Matias Pereira).

2021/03/25

Património Mundial de Portugal: Floresta Laurissilva da Madeira

 

A floresta Laurissilva da ilha da Madeira faz parte do património mundial classificado pela UNESCO desde 1999.

A floresta Laurissilva é um tipo de floresta húmida que se compõe maioritariamente por árvores da família das lauráceas e loureiros. Esta é precisamente a vegetação indígena da Madeira que ocupa cerca de 1500 hectares. As árvores e arbustos têm folha persistente e pensa-se que teve origem no Período Terciário. Pela sua riqueza, especificidade, riqueza de fauna e flora foi declarada Património Mundial e incluída na Reserva Biogenética do Conselho da Europa e na Rede Natura 2000.

Neste ecossistema diversificado encontram-se espécies exclusivas da Macaronésia e da Madeira. O elemento que sobressai é a vastidão de vegetação, árvores centenárias e múltiplas espécies de plantas, fetos de menores dimensões e líquenes.

As árvores mais comuns são o Barbusano, o Loureiro, o Til e o Vinhático, bem como o Folhado, o Pau-branco e o Mocano. Junto às zonas ribeirinhas, Seixos e Sabugueiros são as espécies mais abundantes. Os arbustos endémicos são o Massaroco, a Figueira-do-Inferno, o Isoplexis, a Múchia, a Barba-de-Bode e a Palha-carga. As plantas com flores vistosas são as Pássaras, as Orquídeas-da-serra, as Douradinhas e as Orquídeas-brancas. As plantas regulam o ecossistema, sobretudo ao nível do equilíbrio hídrico, do ciclo dos minerais e da produção de biomassa.

Ao nível da fauna há grande proeminência de insetos, moluscos terrestres e aves. Nas zonas mais interiores podem observar-se espécimes endémicas como o Pombo-trocaz, um dos exemplares mais antigos com uma dieta dependente de frutos, e o Bis-bis, ave de pequeno porte que se alimenta de insetos ou o Tentilhão.

Outras aves que se podem referenciar são o Melro-preto, o Papinho, a Lavandeira, a Manta e o Francelho. Nas zonas mais altas destaca-se a Galinhola e nos limites inferiores, a Toutinegra, o Canário, o Pintassilgo, ou o Fura-bardos A Coruja-das-torres é uma ave noturna e outra subespécie endémica do arquipélago.

Os Morcegos são outra das espécies ativas durante a noite: o Pipistrelo-da-Madeira, endémico, o Morcego-arborícola-da-Madeira, subespécie endémica e o Morcego-orelhudo-cinzento.

No que respeita aos vertebrados endémicos temos a Lagartixa. Os invertebrados são igualmente mais numerosos.

 

MJS

2021/03/22

Património Material de Portugal: Sítios Pré-Históricos de Arte Rupestre do Vale do Rio Côa

 


Os Sítios Pré-históricos deArte Rupestre do Vale do Rio Côa fazem parte do património mundial classificado pela UNESCO desde 1998.

Estes sítios pré-históricos constituem uma concentração de arte rupestre do Paleolítico Superior. São gravuras em pedra que se estendem ao longo do vale do Côa, incluindo os municípios de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Pinhel

A descoberta destes vestígios ocorreu em 1991 quando o arqueólogo Nelson Rebanda acompanhava a construção de uma barragem na região, apesar de só ter sido anunciado publicamente em 1994.

Devido à importância científica e artística desta zona a construção da barragem foi suspensa, uma vez que submergiria todo o local. Neste sentido, foi construído o Parque Arqueológico do Vale do Côa em agosto de 1996, com o objetivo de proteger e divulgar o maior conjunto mundial de arte paleolítica ao ar livre. São mais de mil rochas com gravuras, em mais de 80 sítios devidamente identificados.


Estas gravuras com mais de 25.000 anos estão executadas em superfícies verticais de xisto. A sua dimensão encontra-se entre os 15 cm e os 180 cm. As técnicas utilizadas para as realizar foram a picotagem e a abrasão. O traço das figuras é largo, complementado com traços mais finos, uma forma de esboço ou de complemento do desenho principal.

As figuras representadas são maioritariamente animais, nomeadamente cavalos, bovídeos ou caprídeos e cervídeos. Podem ser esculpidos de forma individual ou sobrepondo-se.


Os núcleos mais importantes já identificados são os seguintes:

- Estação Arqueológica da Quinta de Santa Maria da Ervamoira (Muxagata)

- Núcleo de Arte Rupestre da Fonte Frieira (Castelo Melhor

- Núcleo de Arte Rupestre do Vale de Figueira/Teixugo

- Núcleo de Arte Rupestre da Ribeirinha (Almendra)

- Núcleo de Arte Rupestre da Faia/Vale Afonsinho (Vale de Afonsinho, Figueira de Castelo Rodrigo)

- Núcleo de Arte Rupestre da Broeira (Castelo Melhor)

- Núcleo de Arte Rupestre da Penascosa (Castelo Melhor)

- Núcleo de Arte Rupestre de Vale de Moinhos (Vila Nova de Foz Côa)

- Núcleo de Arte Rupestre da Quinta da Barca (Chãs)

- Núcleo de Arte Rupestre da Quinta do Fariseu (Muxagata)

- Núcleo Arqueológico de Habitat Paleolítico do Salto do Boi/Cardina (Santa Comba)

- Núcleo de Arte Rupestre de Meijapão (Castelo Melhor)

- Núcleo de Arte Rupestre da Ribeira de Piscos/Quinta dos Poios (Muxagata)

- Núcleo de Arte Rupestre da Faia (Cidadelhe)

- Núcleo de Arte Rupestre de Vale das Namoradas (Castelo Melhor)

- Núcleo de Arte Rupestre da Canada do Inferno/Rego de Vide (Vila Nova de Foz Côa)

 

Gravuras paleolíticas:

- Canada do Inferno

- Núcleo de Vale da Figueira

- Núcleo da Ribeira de Piscos

- Penascosa

- Núcleo da Quinta da Barca

- Núcleo da Faia

 

Gravuras de períodos ulteriores:

- Vale de Cabrões

- Núcleo do Vale do José Esteves

- Canada do Amendoal.

 

Pinturas da pré-história recente sob rocha:

- Núcleo de Vale de Figueira

- Núcleo da Faia.

 

 

MJS