2023/03/09

Educação e Monarquia: D. Fernando(1345 - 1383)

D. Fernando (1345 - 1383), “o Formoso”, era o filho de D. Pedro I e de D. Constança. Subiu ao trono em 1367 numa época em que se travava em Espanha uma disputa pelo trono entre D. Pedro, filho legítimo de D. Afonso XI e D. Henrique, filho ilegítimo. D. Fernando tentou manter-se neutral, mas o assassinato de D. Pedro levou-o a intervir.

A paz foi assinada em 1371. D. Fernando comprometeu-se a casar com a infanta D. Leonor, filha de Henrique II. No entanto, não o fez e em 1372 casou com Leonor Teles. O monarca espanhol aceitou a situação. No entanto, o Duque de Lencastre, filho do monarca inglês apresentou-se com pretensões ao trono espanhol. O apoio de D. Fernando ao Duque de Lencastre levou o rei espanhol a invadir Portugal, chegando a Lisboa em 1373. A paz foi assinada em Santarém em março de 1373.

Depois da conclusão deste processo, a política de D. Fernando orientou-se para a administração do reino. Foram reparados vários castelos e construíram-se novas muralhas em Lisboa e no Porto.

Em 1375 foi promulgada a Lei das Sesmarias que tinha como objetivo impedir o pousio nas terras aráveis e aumentar o número de camponeses.


(Imagem retirada da Internet)

Também o comércio se desenvolveu, alargando-se as relações mercantis com o estrangeiro. Como tal, o investimento na marinha portuguesa foi bastante apoiado com diversas medidas, nomeadamente com a criação da Companhia das Naus. Aqui deviam ser registados rodos os navios que pagavam uma percentagem dos lucros adquiridos em viagem. Esse montante servia para pagar eventuais prejuízos em navios que naufragassem ou avariassem.

Ao nível da educação, D. Fernando impulsionou a Universidade que em 1337 foi transferida para Lisboa. O Papa Gregório XI concedeu uma bula à Universidade que lhe permitia dar o grau de doutor, licenciado e bacharel nas faculdades autorizadas.

O final do reinado de D. Fernando foi marcado por várias guerras com Castela que terminaram em 1381 com negociações de paz. Em resultado destas, D. Beatriz, filha do monarca ficou obrigada a casar com o filho de D. João I de Castela. A situação alterou-se e a infanta acabou por casar com o próprio D, João que tinha enviuvado.

Com a morte de D. Fernando e não havendo um filho varão, Portugal estava em sério risco de perder a independência, tendo sido iniciada uma crise dinástica no período de 1383-85.


MJS


2023/03/06

Educação e Monarquia: D. Pedro I (1320 - 1367)

 

D. Pedro I (1320 - 1367), o “Justiceiro”, era o quarto filho de D. Afonso IV e de D. Beatriz. Casou por procuração em 1336 com D. Constança Manuel, originária de Castela. Com a vinda da futura rainha para Portugal, em 1340, chegaram ao reino vários nobres castelhanos e um séquito que a acompanhava, onde se encontrava D. Inês de Castro. O relacionamento de D. Pedro com D. Inês e o seu assassinato provocou conflitos com D. Afonso IV até à resolução em 1335.

A partir de então, o monarca delegou grande parte dos seus poderes no infante D. Pedro, nomeadamente o poder judicial. Ainda príncipe, D. Pedro promulgou o Beneplácito Régio que proibia a divulgação de documentos pontifícios sem a autorização do rei. O clero reagiu e nas Cortes de Elvas em 1361 pediu a revogação do decreto. D. Pedro não acedeu para marcar a posição do Estado.


(Imagem retirada da Internet)

Subiu ao trono em 1357 e em 1360 anunciou o seu casamento com Inês de castro, realizado em segredo antes da sua morte.

O seu reinado foi marcado por uma rigorosa administração da justiça, independentemente da classe social e pela defesa do país contra a influencia do Papa. Segundo a documentação da época, foi um monarca que defendeu as camadas mais desfavorecidas, aplicando a justiça de forma brutal, a qualquer ordem social.

Não se preocupou com o crescente poder da nobreza, nem com a centralização do poder real. Deu início à “nacionalização” das Ordens Militares, entregando a Ordem de Avis ao seu filho D. João, futuro rei de Portugal.

Foi um reinado marcado pela ausência de guerras e por uma relativa prosperidade financeira. No que respeita a medidas educativas, não se conhecem medidas relevantes.

 

MJS