2023/03/06

Educação e Monarquia: D. Pedro I (1320 - 1367)

 

D. Pedro I (1320 - 1367), o “Justiceiro”, era o quarto filho de D. Afonso IV e de D. Beatriz. Casou por procuração em 1336 com D. Constança Manuel, originária de Castela. Com a vinda da futura rainha para Portugal, em 1340, chegaram ao reino vários nobres castelhanos e um séquito que a acompanhava, onde se encontrava D. Inês de Castro. O relacionamento de D. Pedro com D. Inês e o seu assassinato provocou conflitos com D. Afonso IV até à resolução em 1335.

A partir de então, o monarca delegou grande parte dos seus poderes no infante D. Pedro, nomeadamente o poder judicial. Ainda príncipe, D. Pedro promulgou o Beneplácito Régio que proibia a divulgação de documentos pontifícios sem a autorização do rei. O clero reagiu e nas Cortes de Elvas em 1361 pediu a revogação do decreto. D. Pedro não acedeu para marcar a posição do Estado.


(Imagem retirada da Internet)

Subiu ao trono em 1357 e em 1360 anunciou o seu casamento com Inês de castro, realizado em segredo antes da sua morte.

O seu reinado foi marcado por uma rigorosa administração da justiça, independentemente da classe social e pela defesa do país contra a influencia do Papa. Segundo a documentação da época, foi um monarca que defendeu as camadas mais desfavorecidas, aplicando a justiça de forma brutal, a qualquer ordem social.

Não se preocupou com o crescente poder da nobreza, nem com a centralização do poder real. Deu início à “nacionalização” das Ordens Militares, entregando a Ordem de Avis ao seu filho D. João, futuro rei de Portugal.

Foi um reinado marcado pela ausência de guerras e por uma relativa prosperidade financeira. No que respeita a medidas educativas, não se conhecem medidas relevantes.

 

MJS

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