2021/09/16

Peça do mês de setembro

 

Ampola de Raios X

Instrumento utilizado em contexto das práticas pedagógicas de Física. Trata-se de uma ampola de raios X, um dispositivo eletrónico cuja função é a produção de um feixe de eletrões acelerados (Raio-X). É composta por um invólucro de alto vácuo em que, num extremo, existe um cátodo que, ao ser aquecido por uma corrente elétrica de grande magnitude, passa por um filamento, emitindo assim o feixe eletrónico posteriormente dirigido por bobinas deflectoras e acelerado contra um anteparo (Placa ou Ânodo) por bobinas aceleradoras semelhante à um tubo de raios catódicos. Basicamente a ampola de raios-x é uma válvula termiónica que, uma vez incandescente, gera um alto fluxo de eletrões. Estes, após acelerados atingem o ânodo ou placa. A placa da ampola tem um formato oco e é confecionada em tungsténio, ou grafite. Ao ser atingida pelo feixe eletrónico, aquece praticamente à temperatura de fusão do tungsténio, necessitando de ser refrigerada com um óleo especial que circula por si e é levado para um trocador de calor. O gradiente térmico ocorre pelo fato dos eletrões acelerados ganharem energia no processo de aceleração e desaceleração repentina, que no momento da frenagem, emitem parte da energia adquirida em forma de um pulso de radiação eletromagnética chamada de efeito Bremsstrahlung (radiação de freio). A energia emitida gera diferentes níveis energéticos de emissão. Isto ocorre devido à angulação da trajetória dos eletrões do feixe eletrónico ser diversa, e estes perdem a sua energia em níveis diferentes ocasionados por choques energeticamente diferentes, ampliando assim a largura de faixa de emissão do espectro eletromagnético em comprimentos de ondas diversos. Desta forma, as frequências emitidas contêm no seu espectro o comprimento de onda dos raios-X.

Esta inventariado com o número ME/401109/176 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária de Camões.


MJS

2021/09/13

Biblioteca de Património


A Biblioteca de Património teve origem nos acervos de outras instituições que antecederam a DGPC, da Inspeção-Geral de Bibliotecas e Arquivos Públicos, Inspeção Superior das Bibliotecas e Arquivos, Serviço de Bibliotecas e Arquivos, Direção-Geral do Ensino Superior e das Belas-Artes e da Direção-Geral do Património Cultural. Atualmente situa-se na Ala Norte do 2.º andar do Palácio da Ajuda.

A Inspeção-Geral de Bibliotecas e Arquivos Públicos foi criada em 1871 para administrar e fiscalizar as bibliotecas e os arquivos do estado e das instituições dele dependentes. Durante a Primeira República vai existir um enorme incremento de bibliotecas e arquivos, com um programa bem delineado.

Posteriormente, durante o período do Estado Novo, a instituição assumiu uma função conservadora e de limitação da liberdade de expressão e acesso à cultura. A reforma implementada em 1965 acabou com o seu dinamismo e conduziu à sua extinção. Os seus estatutos e forma de atuação mantiveram-se até meados dos anos 80, quando estes organismos passaram para a tutela da Secretaria de Estado da Cultura.


A Direção-Geral do Ensino Superior e das Belas-Artes foi criada em 1930, dependente do Ministério da Instrução Pública. O seu objetivo era a coordenação das universidades e do ensino, academias, sociedades científicas e literárias, escolas de belas artes e conservatórios, bem como museus, monumentos nacionais, teatros, bibliotecas e arquivos. Procediam igualmente à apreciação de trabalhos artísticos e na área da propriedade literária e artística.

Do acervo da Biblioteca do Património fazem parte monografias e publicações periódicas sobre a temática da arquitetura, urbanismo, património e história. Os fundos de menor dimensão dizem respeito às ciências sociais, heráldica, arqueologia, etc. Conta com cerca de 15.000 documentos.

 

 

MJS