2021/01/07

Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar

 


O Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar é uma instituição do ensino que integra escolas das freguesias do Lumiar e de Santa Clara, no concelho e distrito de Lisboa. O Agrupamento abrange uma população escolar urbana, pertencente a diversos núcleos populacionais e com múltiplas origens culturais, com uma importante presença de residentes de origem africana e alguns núcleos pertencentes à comunidade cigana.

Os referidos aglomerados populacionais distribuem-se pelas freguesias do Lumiar e de Santa Clara, a grande maioria reside na área de intervenção do Projeto Urbanístico do Alto do Lumiar, integrando famílias provenientes dos antigos bairros da Musgueira Sul, da Musgueira Norte, da Quinta Grande, da Quinta do Louro, da Quinta da Pailepa e do Bairro Novo das Galinheiras, cada um com especificidades e identidades próprias.

Os diferentes contextos familiares apresentam problemas socioeconómicos. Não deixa de ser significativo o facto de existir um elevado e crescente número de famílias a beneficiar do Rendimento Social de Inserção e da Ação Social Escolar. No geral, possuem baixo nível de escolaridade e de instrução formal, não valorizando o papel da escola na formação individual. Neste universo pouco qualificado academicamente, onde abunda o desemprego e a precariedade, a economia paralela surge como uma saída para quem vive situações de maior exclusão.

O Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar é constituído pelas escolas (i) EB 2,3 Alto do Lumiar (escola-sede); (ii) EB1/JI Dr. Nuno Cordeiro Ferreira; (iii) EB1/JI Padre José Manuel Rocha e Melo; (iv) EB1/JI das Galinheiras e (v) EB1/JI Maria da Luz de Deus Ramos.

 

1. Escola E.B. 2,3 do Alto do Lumiar – Escola Sede

 


A Escola EB 2,3 do Alto do Lumiar (escola sede), antiga escola D. José I [1], situa-se na Avenida Carlos Paredes, na freguesia do Lumiar, foi inaugurada no ano de 1986, como escola secundária. Integra o 2º e 3º ciclos, com alunos maioritariamente provenientes das freguesias do Lumiar e de Santa Clara. Neste ano letivo, em 2019/2020, a escola tem 470 alunos entre o 5º e o 9º ano (21 turmas) e 16 alunos na turma do Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF)[2]:

“EB 2/3 do Lumiar, antiga escola D. José I, foi edificada como uma escola provisória. Na década de 80, o Ministério da Educação decidiu construir a que deveria servir apenas de ‘apoio’ à já existente Escola do Lumiar nº1, que se encontrava sobrelotada e não tinha capacidade para integrar todos os alunos então existentes, provenientes dos bairros da Musgueira Norte, da Musgueira Sul e da Quinta Grande […].” (Cristiano, 2017).

  

2. Escola Básica Dr. Nuno Cordeiro Ferreira

 


A Escola Nº 91 foi construída no ano de 1967, na altura tinha uma ala destinada ao sexo masculino − chamada escola Primária N.º 91 e, à parte, outra ala para o sexo feminino − chamada Escola Primária Feminina N.º 102.

Após 1974, a Escola passou a ser mista a adotou a designação de Escola N.º 91. Esta escola é centenária e soube resistir ao tempo!

Atualmente, a escola denomina-se Escola Básica Dr. Nuno Cordeiro Ferreira [3], abriu portas na década de 60. Situa-se na freguesia do Lumiar, no Bairro da Cruz Vermelha. Em 2013, beneficiou de uma remodelação profunda. A escola foi modernizada e verificam-se melhores condições de funcionamento.

 

3. Escola Básica/JI Padre José Manuel Rocha e Melo

 


A Escola N.º 34 nasceu depois do 25 de 1974 no bairro da Musgueira Norte, localizada na freguesia do Lumiar. Em 2001, com o Plano de Urbanização da Alta de Lisboa (PUAL), ganhou umas novas instalações.

A referida escola, situa-se na Rua José Cardos Pires, atualmente denominada Escola Básica/JI Padre José Manuel Rocha e Meloabrange uma população escolar proveniente de famílias do antigo bairro da Musgueira Norte e de famílias deslocadas dos bairros da Quinta Grande, da Quinta da Pailepa, entre outros.

A Escola Básica/JI Padre José Manuel Rocha e Melo, tem ampliado e motivado os seus alunos com atividades extracurriculares:


“A Escola EB Padre José Manuel Rocha e Melo recebeu, no dia 28 de abril o Programa de Educação Olímpica que está a ser implementado em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, nas escolas do 1.º ciclo do município. A atividade iniciou-se com uma sessão de apresentação do Programa de Educação Olímpica para os Professores da escola. Seguiu-se uma palestra para toda a comunidade escolar onde o Atleta Olímpico Joaquim Videira, da modalidade de Esgrima, partilhou a sua experiência olímpica e a importância do uso dos valores Olímpicos: Amizade, Respeito e Excelência, não só no desporto, mas também no dia-a-dia.” (EB Padre José Manuel Rocha e Melo, 2016).

 

4. Escola Básica/JI das Galinheiras

 


A Escola Básica 1.º Ciclo / Jardim-de-Infância das Galinheiros foi inaugurada em setembro de 2010 e nasceu da necessidade de se criar um novo equipamento escolar na Alta de Lisboa, desta feita na Freguesia da Ameixoeira, no âmbito do Programa Escola Nova − o Programa Escola Nova, iniciado em 2008, assume como missão tornar e criar as escolas e os jardins-de-infância da rede pública de Lisboa em espaços de aprendizagem que sejam confortáveis, dinâmicos e acolhedores.

“O Programa Escola Nova, lançado em 2008 pelo então presidente da Câmara de Lisboa (CML), António Costa, com o objetivo de modernizar o parque escolar da cidade, era ambicioso: construir nove escolas novas e recuperar outras 48 até ao fim do atual mandato autárquico. O resultado ficou, porém, aquém das expectativas.” (Rodrigues, 2018).

A Escola Básica/JI das Galinheiras situa-se na Rua Maluda, na freguesia de Santa Clara. No ano letivo de 2012/2013 a escola tem 215 alunos distribuídos por 2 turmas do pré-escolar e 8 turmas do 1º ciclo. Este estabelecimento conta com 7 assistentes operacionais, 3 educadoras e 11 docentes do 1º ciclo. Encontra-se em funcionamento uma Unidade de Apoio a Alunos com Multideficiência (U.A.A.M.)[4], de 1º ciclo.

 

5. Escola Básica/JI Maria da Luz de Deus Ramos


A Escola Básica/JI Maria da Luz de Deus Ramos [5], anterior Escola N.º 185, situa-se no Bairro das Galinheiras, na freguesia de Santa Clara, junto à Estrada Militar, foi construída no âmbito do Plano dos Centenários.

“Em 1940 inicia-se uma nova fase de construções escolares: ‘Plano dos Centenários’, que permitiram a construção dos Edifícios Escolares, começaram a ser concretizados a partir da década de 40, através de um sistema centralizador e regulamentado, com raízes que assentam fortemente na construção história do estado e que se intensificaram durante o Estado Novo, pelas características ideológicas e políticas do regime.” (Pimenta, 2006:29).

 

Plano dos Centenários constituiu um projeto de construção de escolas em larga escala, levado a cabo pelo Estado Novo em Portugal, entre 1941 e 1969. As escolas do Plano dos Centenários, com a sua arquitetura típica, acabaram por se tornar numa imagem de marca de Portugal, existindo pelo menos um exemplar em quase todas as povoações do país.

As escolas foram construídas, segundo o estilo arquitetónico conhecido como Português Suave, incorporando caraterísticas da arquitetura tradicional. Foram estabelecidas tipologias-base, que seriam adaptadas às condições locais, segundo o número de alunos a receber e o clima da região. Normalmente, cada escola englobava duas ou quatro salas de aula, uma cozinha, instalações sanitárias e um alpendre.

 

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Como acabamos de verificar, neste Agrupamento, coabitam famílias oriundas de vários bairros, que trazem consigo rivalidades e atritos já antigos. As famílias não conseguem proteger os mais jovens deste ambiente, o que tem repercussões no seu comportamento e na disponibilidade para a aprendizagem em contexto formal.

 

As Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar são, por assim dizer, unidades científico-pedagógicas, constituídas por um conjunto de recursos físicos (instalações, equipamentos, fundo documental) e humanos (professores e alunos), organizados de modo a oferecerem à comunidade escolar elementos que contribuam para a construção do conhecimento e, portanto, para a melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos.

 

Atualmente são quatro bibliotecas que estão integradas na Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e devem, por isso, respeitar o conjunto de princípios e orientações que constituem a base conceptual do Programa RBE

 

As bibliotecas escolares dispõem de instalações próprias, adequadas às suas funções e para sua utilização exclusiva, incluem espaços com diferentes valências e os equipamentos necessários para a recolha, tratamento, produção e divulgação de documentos diversificados.


P. M.  

 


BIBLIOGRAFIAA:

 

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO ALTO DO LUMIAR (2018) Regulamento interno, 2019/2021 [em linha]. Lisboa: AEAL [Consult. 13 de novembro de 2020]. Disponível: https://www.aelumiar.com/site/wp-content/uploads/2018/10/REGULAMENTO-INTERNO_2018_2021.pdf

 

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO ALTO DO LUMIAR (s.d.) Plano Anual de Atividades [em linha]. Lisboa: AEAL [Consult. 13 de novembro de 2020]. Disponível:

https://www.aelumiar.com/site/wp-content/uploads/2018/12/PAA_2018.pdf

 

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS EDUCAÇÃO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO ALTO DO LUMIAR (s.d.). EB1 Maria da Luz de Deus Ramos [em linha]. Lisboa: APEAL [Consult. 12 de novembro 2020]. Disponível:

https://apaltodolumiar.wordpress.com/escolas/escola-basica-maria-da-luz-de-deus-ramos/

 

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS EDUCAÇÃO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO ALTO DO LUMIAR (2009). EB1 Padre José Manuel Rocha e Melo [em linha]. Lisboa: APEAL [Consult. 12 de novembro 2020]. Disponível:

https://apaltodolumiar.wordpress.com/escolas/escola-basica-de-1%C2%AA-ciclo-nr34-da-musgueira-norte/

 

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS EDUCAÇÃO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO ALTO DO LUMIAR (2012). EB1 Dr. Nuno Cordeiro Ferreira [em linha]. Lisboa: APEAL [Consult. 12 de novembro 2020]. Disponível:

https://apaltodolumiar.wordpress.com/escolas/escola-basica-de-1%C2%BA-ciclo-nr-91-da-cruz-vermelha/

 

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS EDUCAÇÃO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO ALTO DO LUMIAR (2012). Escola EB1/JI – Galinheiras [em linha]. Lisboa: APEAL [Consult. 12 de novembro 2020]. Disponível:

https://apaltodolumiar.wordpress.com/escolas/escola-eb1ji-galinheiras/

 

CRISTINO, Sofia (2017). “Na Escola EB 2/3 do Lumiar há alunos com mantas nas aulas para aguentarem o frio” [em linha]. Lisboa: O Corvo, sitio de Lisboa,13 fevereiro, 2017 [Consult. 13 de novembro de 2020]. Disponível:

https://ocorvo.pt/na-escola-eb-23-do-lumiar-ha-alunos-com-mantas-nas-aulas-para-aguentarem-o-frio/

 

EB PADRE JOSÉ MANUEL ROCHA E MELO (2016). Apresentação do Programa de Educação Olímpica na Escola EB Padre José Manuel Rocha e Melo​ [em linha]. Lisboa: E.B. PJMRM[Consult. 13 de novembro de 2020]. Disponível:

http://www.eduolimpica.comiteolimpicoportugal.pt/Pages/Atividade.aspx?at=RWVFVLb9wU256jsgSObcUA

 

PIMENTA, Paulo Sérgio Pereira (2006). A Escola portuguesa: do “Plano dos Centenários” à Construção da Rede, Escolar no Distrito de Vila Real [em linha]. Guimarães: Universidade do Minho: Instituto de Educação e Psicologia (Tese de Mestrado em Educação, Área de Especialização História da Educação e Pedagogia). [Consult. 13 de novembro de 2020]. Disponível:

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/6973/1/A%20Escola%20Portuguesa%20Tese.pdf

 

RODRIGUES, José (2018). “Câmara de Lisboa prometeu nove escolas, mas só fez duas” [em linha]. Correio da Manhã26 de fevereiro de 2017 [Consult. 13 de novembro de 2020]. Disponível: https://www.cmjornal.pt/portugal/cidades/detalhe/camara-de-lisboa-prometeu-nove-escolas-mas-so-fez-duas

 



[1] D. José I (6 de junho de 1714 – 24 de fevereiro de 1777), de nome completo José Francisco António Inácio Norberto Agostinho de Bragança, cognominado O Reformador devido às reformas que empreendeu durante o seu reinado, foi Rei de Portugal da Dinastia de Bragança desde 1750 até à sua morte. Casou em 1729 com Mariana Vitória de Espanha. O reinado de José I é sobretudo marcado pelas políticas do seu primeiro-ministro, o Marquês de Pombal, que reorganizou as leis, a economia e a sociedade portuguesas, transformando Portugal num país moderno. A 1 de novembro de 1755, José I e a sua família sobrevivem à destruição do Paço Real no Terremoto de Lisboa por se encontrarem na altura a passear em Belém. Depois desta data, José I ganhou uma fobia de recintos fechados e viveu o resto da sua vida num complexo luxuoso de tendas no Alto da Ajuda em Lisboa. A partir deste ano a escola passa a chamar-se Escola Básica 2,3 do Alto do Lumiar ficando assim com o mesmo nome do Agrupamento.

[2] O Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF) é uma medida socioeducativa, de caráter temporário e excecional, a adotar depois de esgotadas todas as outras medidas de integração escolar, que visa favorecer o cumprimento da escolaridade obrigatória e a inclusão social, conferindo uma habilitação escolar de 2.º ou 3.º ciclo.

[3]Nuno Cordeiro Ferreira é uma figura central na saúde em Portugal, ainda antes da criação do Serviço Nacional de Saúde e depois da criação deste. Desde que, em 1949, concluiu a licenciatura pela Faculdade de Medicina da Universidade Clássica de Lisboa, Nuno Tornelli Cordeiro Ferreira fez toda a sua carreira hospitalar nos Hospitais Civis de Lisboa, muito em particular no Hospital de Dona Estefânia, onde chegou a diretor clínico. Como docente, iniciou o seu percurso em 1959 no Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT). Foi aqui que se doutorou, alcançando o estatuto de catedrático de Higiene Materno-Infantil e Pediatria Social. De 1980 a 1984 foi também diretor do IHMT. Ainda no campo universitário, o seu nome ficou ligado, desde 1977, à então criada Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, hoje Nova Medical School. Professor Catedrático de Pediatria, Presidente do Conselho Pedagógico, Presidente do Conselho Científico e seu Diretor entre 1990 e 1996. Foi membro do Conselho de Saúde do Instituto Nacional de Investigação Científica (INIC). Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, e foi fundador e presidente da Sociedade de Pediatria de Língua Portuguesa. Em 1994, pelas mãos do então Presidente da República Mário Soares, foi condecorado como Grande-Oficial da Ordem de Santiago da Espada. Em 1999 foi galardoado pela Fundação Alfred Toepfer de Hamburgo com o prémio Montaigne, pelos seus contributos humanistas para a cultura europeia.

[4] O Decreto-Lei nº 3/2008 prevê a criação de unidades de ensino estruturado para a educação de alunos com perturbações do espetro do autismo e unidades de apoio especializado para alunos com multideficiência e surdocegueira congénita. As unidades especializadas não são, em situação alguma, mais uma turma da escola. São um recurso educativo especializado para dar resposta a alunos com multideficiência. Todos os alunos têm uma turma de referência, que pertencem e frequentam. A intervenção centrada nestes alunos é especializada, individualizada e personalizada, e pretende desenvolver competências de comunicação, de socialização e de autonomia. 

[5] Maria da Luz de Deus Ramos Ponces de Carvalho, nasceu em Lisboa, na freguesia de S. Sebastião da Pedreira, no dia 27 de junho de 1918. Bacharel dos cursos de preparação de Professores Adjuntos, dos 8º e 11º Grupos, do Ensino Técnico e Profissional da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e ainda, com o curso de Ciências Pedagógicas da mesma Universidade. Neta do poeta João de Deus e segunda filha do pedagogo João de Deus Ramos, foi a principal continuadora da sua Obra. Desde 1943 e sob orientação de seu pai, exerceu atividades educativas nos Jardins-Escolas João de Deus, lecionando em simultâneo a disciplina de Educação Sensorial no Curso de Educadoras de Infância pelo Método João de Deus. Fundadora do Comité Português da OMEP – Organização Mundial de Educação Pré-Escolar em 1979. Faleceu a 8 de dezembro de 1999.

 

2021/01/04

Património imaterial de Portugal: Olaria de Bisalhães

A olaria de Bisalhães, também conhecida por louça preta, é uma técnica ancestral que produz peças de barro de cor negra. É característica da aldeia de Bisalhães, em Vila Real e foi declarada Património cultural imaterial da humanidade em 2016. A sua preservação é urgente uma vez que existem apenas cinco oleiros que se dedicam a esta atividade.

O registo mais antigo que temos deste tipo de louça data século XVI. Existem peças de caráter utilitário, mais grosseira e pouco decorada, a “louça-churra” e peças decorativas, a “louça fina”.

A produção é uma atividade familiar, com tarefas repartidas pelos vários membros: o homem trabalha a roda e coloca a louça no forno, a mulher e os filhos preparam o barro e a água. O barro era originalmente extraído nas barreiras de Parada de Cunhos, junto a Bisalhães na altura da primavera ou verão.


O barro é depois guardado na oficina e posteriormente amassado com água. A confeção das peças é feita na roda de oleiro. Depois as peças são cozidas pelos oleiros em fornos abertos na terra, onde se queimam giestas, caruma e carqueja que, depois de abafadas com terra, dão a cor negra aos produtos.

Atualmente muita da louça de Bisalhães é pintada, com o objetivo de a tornar mais atrativa, adaptando-se ao gosto dos consumidores. As mulheres são responsáveis pela decoração destas peças: começam por polir e depois introduzem elementos decorativos inspirados na natureza: flores, folhas, estrelas, espirais….

Para saber mais, aceda à página da Câmara Municipal de Vila Real.

 

MJS