2021/11/11

Biblioteca do Museu Nacional do Teatro e da Dança

O Museu Nacional do Teatro e da Dança, designado por Museu Nacional do Teatro até 2015 foi criado em 1982. A sua missão é recolher, preservar, registar, estudar e difundir a sua coleção de memórias e da história das artes do espetáculo em Portugal. Inicialmente dedicado apenas a exposições temporárias, só em 2003 inaugurou a sua exposição permanente.

Já desde o início do século XX houve tentativas para a criação de um Museu do Teatro que se concretizaram em 1979 com a exposição dedicada à “Companhia Rosas &Brasão (1880-1898)”. A partir daqui começaram a ser reunidas várias coleções, provenientes de doações. Atualmente integra cerca de 300.000 peças que englobam trajes e adereços de cena, maquetes de cenários, figurinos, desenhos, caricaturas, pinturas, esculturas, programas, cartazes, recortes de jornal, manuscritos, discos, partituras e fotografias.

Em 1985, o museu foi instalado no Palácio do Monteiro-Mor, local onde habitaram os Monteiros-Mores, D. Henrique de Noronha e D. Fernão Teles da Silva. O Palácio e o seu famoso jardim foram transmitidos na Casa Angeja até à descendente D. Mariana de Castelo Branco e vendido em 1840 ao Duque de Palmela, D. Domingos de Sousa Holstein Beck. O Palácio transformou-se encheu-se de obras de arte e o jardim foi enriquecido com espécies exóticas, pequenos recantos, cascatas, lagos, fontes e tanques.

Em 1970 o edifício ficou praticamente destruído devido a um incêndio e foi adquirido pelo Estado. A recuperação esteve a cargo do arquiteto Joaquim Cabeça Padrão.

A Biblioteca deste espaço, criada em 1982, foi constituída pelos fundos de Amélia Rey-Colaço, Francisco Ribeiro (Ribeirinho), António Magalhães e pelo fundo documental do Grémio dos Artistas Teatrais. Posteriormente incorporou outras coleções de diversos atores, encenadores, dramaturgos, cenógrafos, figurinistas, entre outros.

Tem cerca de 35.000 monografias e 300 títulos de publicações periódicas. Incide maioritariamente sobre o teatro, a dança e a ópera, mas também sobre outras artes como o circo e a performance.

 

MJS 

2021/11/08

Biblioteca do Museu Nacional do Azulejo

 

O Museu Nacional do Azulejo, criado em 1965, foi elevado a Museu em 1980. Está instalado mo antigo Convento da Madre de Deus, fundado em 1509 pela Rainha D. Leonor. Abrange uma coleção de azulejos desde a segunda metade do século XV até à atualidade. Integra igualmente algumas coleções de cerâmica, porcelana e faiança dos séculos XIX e XX.

O Convento da Madre de Deus foi erigido por iniciativa de D. Leonor, esposa de D. João II. Inicialmente era um núcleo que albergava um pequeno núcleo de freiras Franciscanas Descalças. D. João III remodelou e aumentou o espaço deixando as obras a cargo do arquiteto Diogo de Torralva. D. Pedro II tornou a intervir nesta zona, recorrendo a João Rebello de Campos. As alterações foram sobretudo de carater decorativo através de pinturas e da colocação de painéis de azulejo.

Com D. João V e com o apoio do Padre José Pacheco da Cunha foi construída uma nova sacristia e renovada a talha do coro-alto e da igreja. O terramoto de 1755 provocou danos nesta estrutura, cuja restauração foi custeada por D. José I. É de notar a influência barroca em todo o espaço e a participação do pintor André Gonçalves e do entalhador Félix Adauto.

Com a extinção das Ordens Religiosas, o convento foi adaptado a novas necessidades e aí foi instalado o Asilo D. Maria Pia. Tendo recolhido vários exemplares de azulejaria portuguesa, no início do século XX, o Asilo ficou sob a tutela do Museu Nacional de Arte Antiga para salvaguarda do património existente.

As comemorações dos 500 anos do nascimento da rainha D. Leonor e a realização de uma exposição evocativa, fizeram com que o edifício e os anexos fossem restaurados através do patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian. Após a exposição, em 1958, levantou-se a questão de aproveitar o espaço para um futuro Museu do Azulejo, a cargo do Engenheiro João Miguel dos Santos Simões. Este museu era, desde 1965, um anexo do Museu de Arte Antiga.

Em 1980, tornou-se autónomo e adquire um caráter nacional. O museu dá a conhecer a história do azulejo em Portugal, salientando a necessidade de proteção desta expressão artística única no mundo.

No que respeita à biblioteca, o acervo é constituído por obras especializadas em azulejo, cerâmica, conservação e restauro, história da arte, iconografia e museologia, catálogos de exposições e publicações periódicas. O Centro de Documentação disponibiliza informação atualizada sobre ceramistas nacionais e estrangeiros, centros de produção e imóveis com revestimento em azulejaria.

 

MJS