VIII –
O Após-Guerra. A Repartição das Construções Escolares
A
situação das instalações escolares na década de 20 piorou consideravelmente,
atendendo em grande parte, à participação de Portugal na Primeira Guerra
Mundial. O governo encarregou a Repartição das Construções Escolares de
proceder ao estudo estatístico do estado das escolas, elaborar projetos e
respetivos cadernos de encargos.
A
concretização destas medidas foi praticamente inexistente e, após o golpe
militar de 1926, a Repartição das Construções Escolares acabou por ser extinta
para dar lugar à Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais em 1929.
Os
projetos anteriormente definidos pela Repartição foram aproveitados pela nova
Direção Geral. São referenciados os tipos de maior relevância que foram
implantados, com maior ou menor número de alterações:
Tipo I
– Norte – Edifício de uma sala de aula, cuja entrada se faz por um átrio
coberto e gradeado;
Tipo
II – Norte – Edifício com duas salas de aula, vestíbulo, museu e gabinete para
professores, num único piso;
Tipo
II A – Norte – Edifício com os mesmos espaços da escola Tipo II, Norte e
Centro, mas com 2 andares;
Tipo
II – Centro – Igual à do Tipo II – Norte, mas com o átrio coberto e delimitado
por arcos;
Tipo
III – Centro – Edifício com 3 salas de aula, cuja fachada é semelhante ao Tipo
II – Centro;
Tipo
VII – n.º 7 – Edifício com 2 salas de aula. A entrada faz-se através de um
alpendre que articula com o vestíbulo;
Tipo
IX – Edifício de 2 andares com 6 salas de aula, gabinetes de professores e uma
biblioteca;
Projeto
N.º 10 – Edifício de 2 andares com 4 salas de aula, gabinetes e museu. A
entrada é feita por um átrio coberto. A autoria é do Arquiteto Eugénio Correia;
Tipo
XIV – Centro – Edifício conjunto escola-duas residências com 2 salas de aula,
gabinetes e vestíbulo. A entrada faz-se através de um átrio coberto;
Projeto
N.º 15 – Edifícios de 2 andares, quatro salas de aula, sala de trabalhos
manuais, gabinetes e museu. Tem 2 entradas na zona de recreio coberto, com
acesso ao vestíbulo;
Tipo
XX – n.º 27 – Edifício de 2 andares, 4 salas de aula e 2 gabinetes de
professores. A entrada articula-se com um átrio coberto envolvido por arcos;
Tipo
XXI – Norte – Edifício conjunto escola-residência com 1 sala de aula, corredor,
gabinete do professor e sala de arrumos. A entrada faz-se por um alpendre que
articula com o corredor. A autoria é do Arquiteto Frederico de Carvalho;
Tipo
XXIV – Edifício de 2 andares com 6 salas de aula, dois gabinetes de professores
e recreio coberto;
Tipo
XXV – n.º 46 – Edifício modesto com 1 sala de aula, um pequeno gabinete e um
vestíbulo. Da autoria do Arquiteto Eugénio Correia foi o tipo de escola mais
repetido pelo país;
Tipo
XXVIII – n.º 50 – Edifício com 2 salas de aula, gabinete e vestiário. Muito
semelhante ao Tipo XXV – n.º 46, foi também muito repetido sobre todo o país;
Tipo
XXXI – n.º 55 – Edifício conjunto escola-habitação com 1 sala de aula,
vestíbulo e gabinete. A autoria é do Arquiteto Jorge Segurado;
Tipo
XXXIV – n.º 59 – Centro – Edifício de 2 andares com 2 salas de aula e dois
gabinetes;
Tipo
XXXVI – n.º 61 – Centro – Edifício de 2 salas de aula, vestíbulo, 2 gabinetes e
recreio coberto. Foi bastante executado de norte a sul do país;
Tipo
XXXIX – n.º 78 – Edifício com 8 salas de aula, quatro gabinetes, museu,
vestíbulo e átrio interior. A autoria é do Arquiteto Eugénio Correia;
Tipo
XL – n.º 79 – Edifício conjunto escola-residência com 1 sala de aula,
vestíbulo, vestiário e gabinete. A autoria é do Arquiteto Jorge Segurado;
Tipo
XLII – n.º 81 – Edifício de 2 andares com 4 salas de aula, gabinetes, museu, e
átrio interior. A autoria é do Arquiteto Eugénio Correia.
Fonte: BEJA, Filomena, et al.
Muitos Anos de Escolas – Volume I –
Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941. Lisboa, Ministério da
Educação – Direção-Geral da Administração Escolar, 1990.
MJS