2025/09/01

Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70 – Capítulo III – Açores e Madeira (Parte II)

 

(Imagem da lista de projetos aprovados em 1949 para a Madeira da autoria do Arquiteto Fernando Peres)


 

III – Açores e Madeira

As Escolas da Madeira

 

Desde a década de 1930 que o governo se tinha preocupado em melhorar a qualidade de vida dos Madeirenses, aumentando a rede escolar e construindo mais edifícios. No entanto, tal como nos Açores, as condições das ilhas tornavam o processo mais complexo.

Foi concebido o projeto Tipo Arquipélago da Madeira de acordo com o estudo do Arquiteto Fernando Peres, em 1949.

 

 

(Imagens desenhadas de Projetos Tipo Ilha da Madeira com 1 sala, 1 sexo e 2 salas, 1 sexo)

 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa, Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.


MJS


2025/08/28

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: Trindade Coelho (1861 – 1908)

 

(Fotografia do autor retirada da internet)


José Francisco Trindade Coelho nasceu a 18 de junho de 1861 em Mogadouro, filho de José Trindade, um pequeno comerciante e de Narcisa Rosa da Silva. Frequentou a Escola Régia até aos 7 anos e recebeu lições particulares em casa. Com 8 anos passou para a Escola de Travanca mas, aos 10 anos, regressou a casa devido à morte da mãe, recebendo lições de latim.

Em 1873 foi para o Porto, sendo aluno do Colégio de S. Francisco e posteriormente concluiu a licenciatura em Direito, em 1885. Aqui fundou dois periódicos, Porta Férrea e O Panorama Contemporâneo.

Em 1886 tornou-se Delegado do Procurador Régio no Sabugal, passando posteriormente por Portalegre (onde fundou a Gazeta de Portalegre e o Comércio de Portalegre), Ovar, Lisboa e Sintra. Demitiu-se em 1907 devido ao mal-estar sentido com o regime franquista.

Em 1891 publicou Os Meus Amores que foi recebido com grande alvoroço da crítica. Tratava-se de um conjunto de histórias que evocavam a vida no campo e as recordações da infância passada em Trás-os-Montes. Divide-se em três partes: I – Amores Velhos; II – Amores Novos; III – Amorinhos.

No que respeita ao seu pensamento pedagógico, Trindade Coelho criticou a postura dos professores da época, nomeadamente os castigos físicos e os programas mecânicos inadaptados aos alunos. Estes eram ensinados sem qualquer espírito crítico e sem formação de carácter ou civismo. O professor deveria interessar e motivar a criança, desenvolvendo a sua criatividade.

A criança deveria ser, assim, o centro de toda a atenção pedagógica, sendo necessário ensiná-la de forma lúdica e de acordo com os interesses próprios de cada idade. Foi assim que surgiu o ABC do Povo, em 1901, obra ilustrada por artistas de renome como Rafael Bordalo Pinheiro. Este livro foi uma fusão entre a Cartilha Maternal de João de Deus – a recusa da soletração e a abreviatura do nome de cada consoante- e o método tradicional, de onde retirou o ponto de partida – o alfabeto e os monossílabos. Foi também autor de vários livros de leitura, baseando-se no universo infantil e na realidade quotidiana.


(Capa do livro ABC do Povo, retirada da internet)


Outra questão fundamental foi a educação dos adultos, num país onde grassava o analfabetismo. Neste sentido, Trindade Coelho promoveu o 1.º Congresso pedagógico da Liga Nacional de Instrução em 1908 para se discutir o tema, analisando causas e formas de as resolver. A reforma da instrução deveria compreender um ensino gratuito, laico, obrigatório e de qualidade. Urgia fundar mais escolas maternais, jardins de infância, escolas, liceus femininos e universidades populares.

Foi neste contexto que foram publicados os Folhetos para o Povo e o Pão Nosso (cerca de 1904), pequenas “enciclopédias” do saber popular, adaptadas à realidade do povo português e transmitindo conhecimentos de história, biologia, arte, política, ofícios, etc.

No que respeita à educação cívica, Trindade Coelho expressou a sua opinião através da obra Manual Político do Cidadão Português, publicado em 1905. Defendeu a educação do povo com o intuito de formar uma opinião individual e crítica, com plena consciência dos seus direitos e deveres. Em 1906 surgiu a obra Primeiras Noções de Educação Cívica, destinada ao ensino primário.

 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.


MJS


2025/08/25

Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70 – Capítulo III – Açores e Madeira (Parte I)

 

(Imagem da lista os projetos aprovados para os Açores em 1945, da autoria do Arquiteto Luís de Mello)


 

III – Açores e Madeira

    As Escolas dos Açores

 

Aquando do anúncio do Plano dos Centenários em 1941, a situação no Arquipélago dos Açores era bastante sensível devido às dificuldades de acessibilidade e ao desenrolar da Segunda Guerra Mundial.


(Imagens desenhadas de projetos Tipo Açores, com 1 sala, sexo feminino e 2 salas, 2 sexos)


Atendendo às especificidades das ilhas, era impossível cumprir os requisitos que se exigiam no continente. Em 1944 o governo decidiu adotar o tipo Extremadura, com alguns ajustes ao nível das plantas e das fachadas. Foi criado o projeto Tipo Açores, aprovados em 1945, pela mão do Arquiteto Luiz de Mello.


(Imagens desenhadas de projetos Tipo Açores, com 3 salas,  2 sexos e 4 salas, sexo masculino)


Será de salientar que nas ilhas não existiam empresas de construção civil nem eram fabricados certos materiais como cal e tijolos. Houve igualmente necessidade de adaptar os edifícios ao clima mais chuvoso, ao vento e à diminuição da luminosidade.

 

 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa, Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.


MJS


2025/08/21

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: João de Andrade Corvo (1824 – 1890)

 

(Desenho do autor retirado da internet)

 

João de Andrade Corvo nasceu em Torres Novas a 30 de janeiro de 1824, no seio de uma família abastada, partidária de D. Miguel durante as guerras liberais.

Em 1934 a família mudou-se para Lisboa e em 1839, Andrade Corvo frequentou a Escola Politécnica. A sua educação ficou a cargo do tio, o general Nuno Augusto de Brito Taborda. Em 1844 tornou-se lente substituto da cadeira de Botânica. Frequentou igualmente a Escola do Exército, onde concluiu Engenharia militar.

Dedicou-se à escrita e à divulgação da sua visão do desenvolvimento material de Portugal, que só poderia ocorrer através da ação de especialistas técnico-pedagógicos e da reforma da administração pública e da liberalização da economia.

Após a criação do Instituto Agrícola em 1853, tornou-se professor de Economia Rural e posteriormente, diretor do Jardim Botânico. Em 1859 integrou o Conselho Superior de Instrução Pública, defendendo a mecanização e o ensino agrícola como a base da dinamização da agricultura portuguesa.

Em 1865 foi eleito deputado pelo Partido Regenerador e, em 1866, tornou-se Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria. Durante este período fundou o Crédito Agrícola e promoveu a construção do caminho-de-ferro na região do Minho e Alto Douro.

No que respeitava à instrução primária, Andrade Corvo reconheceu a necessidade de uma distribuição mais alargada da escolaridade a ambos os sexos e a todas as classes sociais. Para tal, era preciso um aumento da qualidade e quantidade de escolas por todo país. Propôs, como tal, criar uma escola normal por cada distrito, apostar na formação pedagógica de professores, realizar inspeções escolares e organizar os currículos escolares.

Regressou à Câmara dos Deputados em 1869 e em 1871 foi eleito Par do Reino e Ministro dos Negócios Estrangeiros. Para Andrade Corvo, Portugal tinha um peso político bastante inferior a outras nações europeias e era imprescindível estabelecer acordos e alianças políticas e comerciais com outros países.

Em 1875 foi Ministro da Marinha e do Ultramar e implementou a Comissão Central Permanente de Geografia, tendo em vista o desenvolvimento das colónias portuguesas. Em 1879, com a queda do governo regenerador, foi afastado dos cargos políticos.

Em 1881 iniciou a carreira diplomática, tendo desempenhado um papel de relevo na Conferência de Berlim (1884-1885) e no delinear do chamado “Mapa Cor-de-Rosa”.

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.

 

 MJS


2025/08/18

Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70 – Capítulo II – Os Edifícios dos Centenários (Parte V)

 

II – Os Edifícios dos Centenários

    3. A Realização das “Fases” do Plano dos Centenários

    4. Alterações aos Projetos

 

Durante o ano de 1944 viveu-se um período de grande carestia e racionamento de bens essenciais, tanto nas casas particulares como nas cantinas das escolas. Apesar disso, o estado mostrava algum dinamismo com construções efetuadas em diferentes áreas, desde os aeroportos até aos estádios. Desta forma, foi anunciada a execução da primeira fase do Planos dos Centenários a 13 de maio de 1944, com 561 edifícios escolares e 12 500 salas de aula previstas.


(Imagem/Tabela onde constam os totais nacionais previstos no Plano dos Centenários divididos por distritos entre as várias zonas - Norte, Centro, Lisboa, Sul, Madeira e Açores)



Até meados da década de 60 houve 5 fases do Plano dos Centenários, sempre com atrasos. Era bastante difícil encontrar terrenos disponíveis que cumprissem os requisitos básicos indicados:

- orientação entre Nascente e Sul;

- área não inferior a 2000 m2;

- planos e geologicamente compatíveis com a construção;

- pontos de água ou fácil acesso aos mesmos.

Como tal, as escolas foram sendo construídas em locais afastados das povoações e muitas sem água potável, implicando uma deslocação de vários quilómetros para as crianças.

Ao longo das diversas fases deste Plano foram sendo feitos ajustes e alterações nas técnicas de construção e aos projetos iniciais dos edifícios. Conforme as escolas foram sendo concluídas perceberam-se algumas deficiências no seu funcionamento e a falta de normalização de alguns componentes. Os cortes orçamentais levaram a alterações à traça inicial das Escolas dos Centenários.

Como exemplo, apresenta-se o Alçado principal do Tipo Beira Litoral –Cantaria, salas, como foi apresentado pelo Arquiteto Joaquim Areal e como foi aplicado.


(No topo da imagem encontra-se o desenho do edifício simplificado pelo arquiteto e em baixo, a sua aplicação prática por parte da DGCE) 


 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa, Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.


MJS


2025/08/14

Peça do mês de agosto/2025

 




Abre-cartas

 

Estojo com abre-cartas de marfim, com cabo metálico decorado com flores e motivos vegetalistas. Encontra-se no interior de um estojo de cartão, forrado a cetim. 

Está inventariado com o número ME/400890/15 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária António Inácio da Cruz.


MJS


2025/08/11

Notas avulsas sobre a coleção de Alvarás do Ensino Particular à guarda da SGEC

  

A coleção de Alvarás sobre o licenciamento de estabelecimentos de Ensino Particular, constitui uma série documental do fundo da Inspeção Geral do Ensino Particular, integrada no grupo de fundos dos Arquivos da Administração Central, da Direção de Serviços de Documentação e de Arquivo da Secretaria Geral do Ministério da Educação e Ciência. Esta série documental, desdobra-se em três subséries, designadas Alvarás dos livros “A”, “AE” e “E”. É constituída por 36 unidades de instalação e tem um âmbito cronológico de 1934 a 1980.


(Imagem do Processo 1788 relativo à Diocese de Portalegre e Castelo Branco)
 

O primeiro Estatuto do Ensino Particular, remonta a janeiro de 1931, embora a Inspeção Geral do Ensino Particular fosse criada pelo Decreto-lei nº 23 447, de 5 de janeiro de 1934. Em termos gerais, eram competências da Inspeção Geral, através de inspetores e médicos escolares, a fiscalização e regulamentação das atividades relativas à componente educativa, pedagógica e da gestão escolar dos estabelecimentos privados sob a tutela do Ministério da Educação Nacional. Os processos iniciam-se sempre com um requerimento dirigido ao Ministro da Educação Nacional, onde o proponente/ proponentes, explanam o intuito da criação de um estabelecimento de ensino – cuja tipologia pedagógica pode ser uma Sala de Estudos, Colégio, Externato, Instituto, Centro escolar, Academia, entre outras naturezas -, indicando o nome do proprietário, da designação oficial proposta para o estabelecimento e do nome indicado para o cargo do diretor escolar. O requerimento inicial deve ser instruído de uma memória descritiva do estabelecimento, acompanhada de uma relação do material escolar e pedagógico – detalhando os instrumentos para os laboratórios de Física e Química e materiais pedagógicos para as aulas de Ciências Naturais, Matemática e Geografia -, acompanhado de peças desenhadas em Ozalid (alçados, perfis, cortes e plantas na escala de 1:100 e eventualmente planta topográfica nas escalas de 1:500 ou 1:1000). Após a compilação documental, o processo era remetido para o Gabinete de Estudos e Planeamento da Acção Educativa, que após análise, o remetia para a Inspeção Superior do Ensino Particular. À Inspeção competia uma vistoria técnica, devidamente fundamentada, sobre o deferimento ou indeferimento da pretensão inicial. Não raras vezes, a Inspeção propõe melhoramentos e condicionantes para o efetivo funcionamento do estabelecimento. Os processos analisados, maioritariamente da década de `60, cessam a sua atividade na década de `70, por distintas e diversas razões. Muitos estabelecimentos particulares encontravam-se ligados à Igreja, quase sempre sobre a tutela indireta das respetivas dioceses distritais. O caso do antigo Colégio Diocesano de Proença-a-Nova (Alvará 1788), criado em outubro de 1961, que esteve sempre sobre a égide da diocese de Castelo Branco e Portalegre mereceu-nos um particular interesse, espelhando as convulsões de um período marcante na História recente. Na sequência da revolução de 1974 e particularmente, no período do apelidado Verão Quente de 1975, o antigo colégio daria lugar à Escola Secundária de Proença-a-Nova (vidé Portaria nº 724/75, de 5 de dezembro) e à correspondente Escola Preparatória (Portaria nº 791/75, de 31 de dezembro). (1) O estudo e análise deste Alvará (dos 8 volumes que constituem este processo, apenas os dois últimos se encontram na nossa posse, o que é só per si um indicador curioso), permite conhecer melhor e inferir muito de um período particularmente conturbado da nossa História Contemporânea, fazendo jus à máxima que os Arquivos, quaisquer Arquivos, não podem ser só entendidos como testemunhos custodiais ou patrimoniais de um coletivo, mas constituem simultaneamente fontes primárias para a escrita ou reescrita  da nossa História comum. Ao arquivista importa organizar, tratar e disponibilizar informação, enquanto que aos estudiosos das Ciências Sociais e da História, importa o estudo, a análise, a reflexão e a interpretação a partir das distintas fontes históricas.


A.M.

2025/08/07

Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70 – Capítulo II – Os Edifícios dos Centenários (Parte IV)

 

II – Os Edifícios dos Centenários

    2. Os Novos Projetos

 

Os projetos da Direção dos Edifícios Nacionais do Sul estiveram a cargo do Arquiteto Alberto Braga de Sousa e dividiram-se da seguinte forma:

(Imagem dos Projetos Aprovados em 1944 do Arquiteto Alberto Braga de Sousa)


(Imagem das peças desenhadas dos edifícios de 1 sala Tipo Algarve e Tipo Alentejo)


(Imagem das peças desenhadas dos edifícios de 3 salas Tipo Algarve e Tipo Alentejo)


Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa, Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.


MJS


2025/08/04

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: João de Deus (1830 – 1896)

 

(Imagem do autor retirada da internet)


 

João de Deus Nogueira Ramos nasceu a 8 de março de 1830 em S. Bartolomeu de Messines, filho de José Pedro Ramos, comerciante, e de D. Isabel Gertrudes Martins. Fez os seus estudos iniciais na terra onde nasceu e ingressou posteriormente no Seminário de Coimbra.

Em 1850 abandonou o seminário e inscreveu-se no curso de Direito da Universidade de Coimbra, que viria a concluir em 1959. Durante este período de vida académica dedicou-se à escrita, tendo publicado alguns versos que lhe conferiram notoriedade no mundo das letras. Viveu sempre com grandes dificuldades financeiras e contou com o apoio dos amigos.

Em 1859 começou a exercer advocacia e continuou a publicar poesia. Em 1862 tornou-se redator do periódico O Bejense, tendo passado a residir em Beja. Até 1864 viveu aqui, colaborando com vários jornais da zona sul do país. Em 1864 regressou a S. Bartolomeu de Messines, mantendo a colaboração com a imprensa do Alentejo e Algarve.

A partir de 1868 decidiu-se a viver em Lisboa onde levou uma vida boémia, fazendo traduções e colaborando em algumas obras. Em maio de 1868 foi eleito para o parlamento como candidato independente pelo círculo de Silves, embora a sua passagem pela vida política tenha sido pouco interventiva.

Ainda em 1868 casou-se com Guilhermina das Mercês Battaglia, o que lhe proporcionou alguma estabilidade. Deste casamento nasceram quatro filhos, entre os quais João de Deus Ramos que continuou a obra do pai. Nesta fase, iniciou a publicação da sua obra poética e dramática através da coletânea Flores do campo e Ramo de Flores (1869).

Em 1876, após a morte de Feliciano de Castilho e do insucesso que envolveu o seu Método, João de Deus envolveu-se em campanhas de alfabetização. Foi neste âmbito que redigiu a Cartilha Maternal, o novo método de ensino da leitura. Em 1878, esta obra tornou-se o método nacional de aprendizagem. O educador foi publicando vários escritos de carácter pedagógico, ao longo dos anos, para complementar o seu método. Longe de ser aceite por todos, esta obra foi motivo de grande polémica no panorama educativo português com vozes a favor e contra.


(Imagem de uma das páginas da Cartilha, retirada da internet)


A novidade da Cartilha era a ausência da apresentação do alfabeto completo no início do processo de aprendizagem; a diferente seriação das letras; a apresentação gráfica das sílabas que evitava o desmembramento das palavras; o uso da silabação em vez da soletração; a eliminação de sílabas mortas; e a nova nomenclatura das letras. A par da Cartilha, concebida para uso individual e doméstico, existiam quadros parietais para serem utilizados em contexto da sala de aula. Pouco antes da sua morte, por iniciativa de Joaquim Pedro de Oliveira Martins, os quadros da Cartilha foram retirados das escolas.

Em 1882 foi fundada a Associação de Escolas Móveis, com o intuito de ensinar a ler e escrever através da cartilha em todas as povoações de Portugal, numa tentativa de atenuar o analfabetismo. Atualmente é designada Associação de Jardins-Escolas João de Deus, instituição particular de solidariedade social.

 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.

 

 MJS


2025/07/31

Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70 – Capítulo II – Os Edifícios dos Centenários (Parte III)

  

II – Os Edifícios dos Centenários

    2. Os Novos Projetos

 

Os projetos da Direção dos Edifícios Nacionais de Lisboa estiveram a cargo do Arquiteto Eduardo Moreira dos Santos e dividiram-se da seguinte forma:

 

(Imagem dos Projetos Aprovados em 1944 do Arquiteto Eduardo Moreira dos Santos)


(Imagem das peças desenhadas dos edifícios de 1 sala Tipo Estremadura, Tipo Ribatejo e Tipo Alto Alentejo)

(Imagem das peças desenhadas dos edifícios de 2 salas, 2 sexos, Tipo Estremadura, Tipo Ribatejo e Tipo Alto Alentejo)



Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa, Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.


MJS


2025/07/28

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: João de Barros (1881 – 1960)

 

(Imagem do autor retirada da internet)


 

João de Barros nasceu a 4 de fevereiro de 1881 na Figueira da Foz, filho de Afonso Ernesto de Barros e de D. Mariana da Costa Guia de Barros, uma família burguesa que recebeu um título nobiliárquico.

Concluiu os seus estudos na cidade natal e em 1896 ingressou na Escola Politécnica de Lisboa. Em 1898 inscreveu-se na Faculdade de Direito de Coimbra e em 1904 recebeu a Carta de Bacharel.

Em 1905 foi colocado como professor de Inglês e Francês no Liceu Central de Coimbra. Em 1906 foi transferido para o Liceu do Carmo em Lisboa e no mesmo ano, para o Liceu Alexandre Herculano no Porto.

Em 1907 obteve uma bolsa de estudos e deslocou-se a vários países da Europa com o objetivo de estudar novos métodos de pedagogia e de tomar contato com a Educação Nova. Como resultado desta viagem, publicou em 1908 a obra A Escola e o Futuro.

Em 1909 participou no 2.º Congresso Pedagógico com a tese “João de Deus, o único educador nacional”, em que defendeu a vantagem da Cartilha Maternal na renovação do ensino. Neste ano proferiu várias conferências em Bruxelas sobre literatura portuguesa.

Em 1910, com a implantação da República, foi nomeado para Diretor-Geral da Instrução Pública do Ministério do Interior. Demitiu-se em 1911 devido a um desentendimento com o Ministro do Interior, tendo por base as alterações feitas à sua proposta de reforma do ensino, embora continuasse a desempenhar funções na Direção-Geral da Instrução Primária. Neste ano publicou a obra A Nacionalização do Ensino.

Em 1912 fez a primeira viagem ao Brasil, iniciando uma aproximação a este país. Em 1913 iniciou-se o movimento “Renascença Portuguesa”, que contou com a sua participação nos periódicos Vida Portuguesa e A Águia. Ainda durante este ano foi eleito sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e deputado pelo Círculo de Lamego, bem como Diretor-Geral da Instrução.

Em 1914 tornou-se secretário-geral interino do Ministério de Instrução Pública e publicou A República e a Escola e A Educação Moral na Escola Primária. Em 1915 ascendeu a Diretor-Geral do Ensino Primário. Em 1916 publicou Educação Republicana e Educação e Democracia.

Em 1919 passou a Diretor-Geral do Ensino Primário e Normal e Secretário-Geral do Ministério de Instrução Pública. Em 1920 e 1922 realizou a segunda viagem ao Brasil, onde proferiu várias conferências. Em 1924 fez uma viagem de estudo à Grécia e foi convidado para Ministro dos Negócios Estrangeiros. Abandonou o cargo em 1925 e passou a ser Diretor-Geral do Ensino Secundário.

Entre 1928 e 1942 retomou o lugar de professor no Liceu Passos Manuel em Lisboa. Em 1945 aderiu ao Movimento da Unidade Democrática, apoiando a candidatura de Norton de Matos (1949), de Quintão Meireles (1951) e de Humberto Delgado (1958).

Durante os seus últimos anos de vida dedicou-se à adaptação de clássicos da literatura para os mais jovens, entre os quais se destacam Os Lusíadas em prosa de Luís de Camões (1930), Viriato Trágico de Brás Garcia de Mascarenhas (1940), a Odisseia e a Ilídia de Homero, bem como a Eneida de Virgílio (1947) e ainda as Viagens de Gulliver de Jonathan Swift (1957).

O seu pensamento pedagógico orientou-se para uma educação global, ou seja, a mente sã em corpo são. A leitura e a escrita, ministradas através das escolas móveis ou fixas, eram responsáveis por promover a dignidade ao cidadão. As sociedades modernas só poderiam evoluir mediante a instrução de todos.

Esta ideia foi por ele associada ao ideal republicano, que seria responsável por formar um homem-novo, orientado por uma instrução que defendia os valores da República. Assim se compreende a introdução de uma moral laica, acima da religião, que veicula a tolerância, a liberdade e a crença no poder do homem.

João de Barros também apelou a uma “cultura de sensibilidade” que se apoiava na educação artística, permitindo ao aluno desenvolver-se harmoniosamente.

 


Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.

 

MJS


2025/07/24

Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70 – Capítulo II – Os Edifícios dos Centenários (Parte II)

 

II – Os Edifícios dos Centenários

    2. Os Novos Projetos

 

Os projetos da Direção dos Edifícios Nacionais do Centro, a cargo do Arquiteto Joaquim Areal, dividiram-se da seguinte forma:

(Imagem dos Projetos Aprovados em 1944 do Arquiteto Joaquim Areal)


(Imagem das peças desenhadas dos edifícios de 1 sala Tipo - Beira Litoral- Tijolo, Beira Litoral - Cantaria, Beira Alta - Xisto e Beira Alta - Granito)

(Imagem das peças desenhadas dos edifícios de 3 salas Tipo - Beira Litoral- Tijolo, Beira Litoral - Cantaria, Beira Alta - Xisto e Beira Alta - Granito)



Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa, Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.


MJS


2025/07/21

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: João Crisóstomo de Oliveira Ramos (1869 – 1935)

 

(Imagem do autor retirada da internet)

 

João Crisóstomo de Oliveira Ramos nasceu a 11 de janeiro de 1869 em Válega, Ovar, filho de João de Oliveira Ramos, jornalista d’ O Primeiro de Janeiro.

Frequentou a Academia Politécnica do Porto onde concluiu os cursos de Engenharia Civil de Obras Públicas e Filosofia. Em 1897 começou a lecionar no Liceu de Vila Real e em 1898 tornou-se docente interino da Academia Politécnica do Porto. Em 1899 foi transferido para o Liceu de Viana do Castelo e em 1906 para o Liceu Central do Porto, onde exerceu o reitorado em 1910.

Entre 1900 e 1926 fez parte de vários júris de exame para o magistério primário. Em 1907 participou na comissão que examinou os livros para o ensino secundário e entre 1907 e 1908 foi vogal do Conselho Superior de Instrução Pública.

A partir de 1912 assumiu as funções de assistente da disciplina de Álgebra na Faculdade de Ciências do Porto. Integrou a redação de O Primeiro de Janeiro e foi eleito presidente da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto.

Em 1927 presidiu à quinta sessão do I Congresso Pedagógico do Ensino Secundário Oficial.

Foi um homem sempre dedicado ao ensino e às funções do professor como formador dos jovens. Na defesa da sua profissão, participou ativamente no movimento associativo de professores, tendo sido um dos fundadores da Associação de Professores dos Liceus do Norte e do periódico Revista dos Liceus. Pretendia a reforma do ensino secundário e do processo de seleção de docentes com uma significativa melhoria da sua situação financeira.

 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.


MJS


2025/07/17

Peça do mês de julho/2025

 




Conjunto de insetos

 

Conjunto de insetos utilizado em contexto das práticas pedagógicas de Ciências Naturais. Trata-se de um conjunto incompleto de 14 exemplares conservados em resina, para demonstração das características dos animais: besouro tropical, libélula asiática, aranha teia de funil, percevejo negro, fulgorídeo de Samatra, escaravelho veado, percevejo de chumbo, larva de libélula, vespa papeleira, cerambicídeo vermelho, aranha espinhosa, escaravelho veado do Bornéu, escaravelho adulador e tarântula. Todos os insetos estão identificados individualmente com etiquetas e numeração.

Está inventariado com o número ME/404652/717 e pertence ao espólio museológico da Escola Básica e Secundária Anselmo de Andrade.

 MJS


2025/07/14

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: João dos Santos (1913 – 1987)

  

(Imagem do autor retirada da internet)


João Augusto dos Santos nasceu a 15 de setembro de 1913 em Lisboa, no seio de uma família de republicanos e defensores da classe operária. Filho de Augusto Santos, alfaiate e de Justina de Jesus Santos, frequentou a escola primária a partir de 1919, enfrentando um problema de dislexia que o marginalizou. O seu pai proporcionou-lhe uma vida ao ar livre e o contato com pessoas de várias profissões.

A partir de 1924 passou para o Liceu Gil Vicente e em 1929 ingressou na Escola Superior de Educação Física que concluiu em 1936. Durante este período interessou-se por obras de pedologia, pedagogia e psicologia. Lecionou no ensino particular e deu aulas gratuitas de ginástica às crianças dos bairros carenciados de Alfama e Barcarena.

Em 1931 frequentou o curso de Medicina, em Coimbra, que abandonou ao final de um ano. Conheceu Viana de Lemos que se tornou se amigo e que João dos Santos considerou sempre um modelo de pedagogo.

Em 1934 retomou Medicina em Lisboa, tendo concluído o curso em 1939. Em 1940 seguiu a especialização em Psiquiatria Infantil sob a orientação de Vítor Fontes, no Instituto Aurélio da Costa Ferreira. Em 1941, especializou-se em Psiquiatria Geral, orientado por Barahona Fernandes nos Hospitais Miguel Bombarda e Júlio de Matos.

Em 1944 procedeu a mudanças estruturais na Secção Infantil do Hospital Júlio de Matos: maior rigor científico, observações psicopatológicas, novas terapias, formação do pessoal hospitalar, educação e formação das crianças.

Em 1945 fez um estágio no serviço de Neurologia do Hospital Escolar, orientado por António Flores. No Instituto Aurélio da Costa Ferreira, João dos Santos rompeu com a médico-pedagogia da instituição, pois não concordava com a “psiquiatrização” das dificuldades de aprendizagem das crianças, que eram rotulados como “débeis mentais”. As dificuldades destas crianças deviam-se, em grande parte dos casos, a problemas familiares e a ambientes sociais desfavoráveis. Como tal, abandonou o Instituto e ainda em 1945 foi transferido para os Serviços de Psiquiatria Geral do Hospital Júlio de Matos.

Em outubro deste ano participou numa reunião do MUD (Movimento de Unidade Democrática) assinando um documento que pedia eleições livres, lutando por ideais de democracia e liberdade. Em consequência, em 1946, foi despedido do seu cargo e proibido de entrar em qualquer hospital de Lisboa. Recorreu ao exílio, em Paris, onde trabalhou como funcionário público.

Os anos em Paris foram profícuos no desenvolvimento intelectual do educador que contatou com vários vultos internacionais da psicologia e psiquiatria, bem como cientistas, artistas e políticos. Em 1947 foi admitido pela Comissão de Ensino da Sociedade Psicanalítica de Paris e em 1948 participou no Congresso Mundial dos Intelectuais para a Paz.

1950 foi o ano de regresso a Portugal, tendo começado a trabalhar na clínica de Barahona Fernandes. Durante este período lutou por uma ação concertada entre a educação e a saúde e tornou-se participante de um grupo da Seara Nova, estudando a reforma do ensino. Promoveu inúmeras palestras na área da Psiquiatria infantil e incentivou a criação de equipas nos Serviços de Saúde Mental que interagissem com os pacientes e a respetiva família.

Entre 1951-52 fundou os primeiros centros psicopedagógicos em Portugal a funcionar n’ A Voz do Operário e no Colégio Moderno. Em 1952, em colaboração com a enfermeira Rosélia Campos, criou a Secção de Higiene Mental no Centro de Assistência Materno-Infantil de Campo de Ourique que se especializou na prevenção de distúrbios infantis através da ajuda à grávida, uma iniciativa verdadeiramente inovadora em todo o mundo.

Em 1954 participou na fundação do Colégio Eduardo Claparède e criou um Seminário Psicopedagógico promovendo o diálogo entre professores e técnicos e, posteriormente, entre pais, alunos, professores e técnicos.

Em 1955 criou o Centro de Recuperação Visual e Classes de Amblíopes (mais tarde Centro Infantil Hellen Keller) na Liga da Profilaxia da Cegueira em conjunto com Henrique Moutinho e Maria Amália Borges. Voltou a ser admitido no Hospital Júlio de Matos, dirigindo a Secção Infantil.

Juntamente com outros profissionais fundou, em 1956, a Liga Portuguesa dos Deficientes Motores; em 1958, a Associação Portuguesa de Surdos e a Secção de Paralisia Cerebral da Liga Portuguesa de Deficientes Motores; em 1959, o Dispensário e Centro de Reabilitação para Cegos da Fundação Sain; em 1964, a Secção de Saúde Mental no Centro Materno-Infantil José Domingos Barreiros; em 1965, o Centro de Saúde Mental Infantil de Lisboa; em 1971, a Liga Portuguesa contra a Epilepsia; em 1973, a Sociedade Portuguesa de Psicanálise.

Após o 25 de abril de 1974 integrou uma Comissão para regulamentar a política de proteção à saúde materno-infantil, tendo projetado a criação do Instituto da Criança. Em 1975 foi responsável pelo projeto A Casa da Praia que fornecia apoio pedagógico às crianças da área em que se inseria.

Com a criação da nova Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa em 1977, passou a lecionar aqui, coordenando o Curso de Psicopatologia Dinâmica até 1982. Até falecer participou em rúbricas na rádio e publicou vários artigos.

 


Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.


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2025/07/10

Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70 – Capítulo II – Os Edifícios dos Centenários (Parte I)

 

(Imagem da capa do Mapa Definitivo das Obras das Escolas Primárias - Plano dos Centenários)


 

II – Os Edifícios dos Centenários

    1. A Delegação para as Obras de Construção de Escolas Primárias

    2. Os Novos Projetos

 

Em 1943 foram distribuídos 500 exemplares do Mapa Definitivo das Obras de Escolas Primárias: Plano dos Centenários junto dos Governos Civis, Juntas de Província e Câmaras Municipais. Procedeu-se igualmente à implementação de um Questionário que deveria ser preenchido pelos Municípios e que permitiu avaliar as condições locais para iniciar as construções.

Para dar resposta ao tratamento administrativo de todas estas questões, foi criada a Delegação para as Obras de Construção de Escolas Primárias. Em 1944 deu-se inicio à I Fase do Plano dos Centenários. Os planos tipo inicialmente previstos foram reapreciados, baseando-se nas mesmas plantas e obedecendo a dois tipos: edifícios para um só sexo ou edifícios com separação para os dois sexos. A economia de construção esteve subjacente a este planeamento, reduzindo-se os pormenores arquiteturais à exceção da “chaminé algarvia” que caraterizou o Tipo Alentejo.

No que respeitou à Direção dos Edifícios Nacionais do Norte, a cargo do Arquiteto Manuel Fernandes de Sá, os projetos foram os seguintes:

 

(Imagem dos Projetos Aprovados em 1944 do Arquiteto Manuel Fernandes de Sá)

 

(Peças desenhadas dos edifícios de 1 Sala Tipo Douro - Granito e Douro Tijolo (lado esquerdo) e do Tipo Minho- Granito e Minho-Xisto (lado direito)


(Peças desenhadas dos edifícios de 2 Salas, 2 sexos - Tipo Douro - Granito e Douro Tijolo (lado esquerdo) e do Tipo Minho- Granito e Minho-Xisto (lado direito)




Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa, Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.

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