2013/11/27

Franz Aepinus (1724 - 1802)



Aepinus no Museu Virtual da Educação


Franz Maria Ulrich Theodor Hoch Aepinus (1724 – 1802) foi um importante astrónomo, físico, matemático e filósofo de origem alemã. A sua família tinha já uma tradição na área da educação e da ciência, uma vez que o seu pai foi professor de teologia na Universidade de Rostock.
Aepinus frequentou a universidade, tendo-se focado na área da medicina e da matemática, dedicando-se ao estudo da trajetória dos corpos em queda, às equações algébricas e diferenciais parciais, bem como aos números negativos.
Em 1755 tornou-se diretor do Observatório de Berlim e membro da Academia de Ciências de Berlim. Durante o período em que dirigiu o observatório fez alguns trabalhos científicos de grande importância na área da eletricidade, juntamente com o seu aluno Johan Carl Wilcke: desenvolvimento das propriedades da turmalina e a mudança da polarização em função da temperatura, neste e noutros metais. Chegou à conclusão que as propriedades elétricas e magnéticas são da mesma natureza.
ME/401018/63/1
Em 1757 tornou-se membro da Academia de Ciências da Rússia, altura em que se estabeleceu em São Petersburgo, lecionando física. Catarina, a Grande incumbiu-o da educação do seu filho.
A sua grande obra foi Tentamen theoriae electricitatis et magnetismi, escrita em 1759, abordando as suas teorias sobre a eletricidade e magnetismo, com base nas teorias de Newton.
Seguindo e melhorando as ideias de Benjamim Franklin, Aepinus concluiu que a eletricidade se encontrava em todos os corpos e o seu excesso ou defeito manifestava-se através de cargas positivas ou negativas, respetivamente. Aepinus contribuiu para o desenvolvimento do condensador e fez vários tipos de melhorias no microscópio. A partir de 1798, Aepinus deixou a vida académica e científica.



Atualmente, o chamado Condensador de Aepinus é um instrumento utilizado em contexto das práticas pedagógicas no Laboratório de Física para detetar a presença de cargas elétricas geradas por indução. Trata-se de um aparelho formado por uma lâmina de vidro e dois pratos de metal dispostos de frente um para o outro. Os pratos estão isolados e podem deslocar-se paralelamente à base do aparelho. Carrega-se o condensador aproximando os dois pratos até ficarem em contacto com a lâmina de vidro, um dos pratos é ligado à terra, o outro prato é carregado com uma máquina elétrica. Este, por sua vez, induz o outro prato ficando ambos com a mesma carga mas de sinais opostos. Em seguida afastam-se os dois pratos. Quanto maior a distância entre os pratos menor a capacitância. Do lado exterior de cada placa existe um pêndulo elétrico de medula de sabugueiro que permite apreciar a carga de cada placa.



Bibliografia:  
Museu Virtual da Educação (2013) [em linha].
[Consulta: 18 de Novembro de 2013]

The McTutor Historyof Mathematics archive (2013) [em linha].
[Consulta: 18 de Novembro de 2013]

Museu da Física da Escola Secundária Alexandre Herculano (2013) [em linha]
[Consulta: 18 de Novembro de 2013]

Kenyon College. Department of Physics (2013) [em linha]
[Consulta: 18 de Novembro de 2013]

Baú da Física e Química. Instrumentos antigos de Física e Química de escolas secundárias em Portugal (2013) [em linha]
[Consulta: 18 de Novembro de 2013]



MJS

Sem comentários: