2025/03/13

Muitos Anos de Escolas – Volume I – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941 – Capítulo II - Outros Saberes, Outras Escolas


(Imagem do rosto da Cartilha de João de Barros publicada no século XVI. Pode observar-se o Mestre na escola, segurando a cartilha e uma enorme fila de alunos à espera da sua vez para aprender)

 

II – Outros Saberes, Outras Escolas

    1. A Imprensa; Os Livros

    2. Outras Escolas

    3. As Escolas da Companhia de Jesus

 

No segundo capítulo, as autoras destacam a importância da introdução da imprensa em Portugal. A primeira experiência de impressão data de cerca de 1449, mas só em 1491 abriu a primeira oficina de tipografia em Lisboa, sob o impulso de Jacob Ben Archer. Em plena expansão, durante o século XVI, a impressão de livros tornou-se uma forma de divulgação da cultura através das cartilhas de ensinar a ler que contribuíram para a popularização do ensino.

Na sequência do impulso das Descobertas, a nobreza e alta burguesia sentiram a necessidade de educar os seus descendentes, pelo que foram criados alguns Colégios Menores pela Casa Real Portuguesa. As primeiras letras continuavam a ser ministradas pelo clero, não existindo a preocupação em instruir o povo.

A presença da Inquisição refreou este fôlego de aprendizagem, retomado em 1745, com os subsídios atribuídos aos padres da Congregação do Oratório de S. Filipe de Nery para abrirem aulas de doutrina cristã, leitura, escrita, gramática, aritmética, bem como teologia, moral e filosofia.

Quanto aos Jesuítas, estabeleceram-se em Portugal em 1540 e abriram vários colégios nos anos subsequentes, destinados a preparar os seus missionários. Adquiriram grande prestígio devido à proteção de D. João III e em 1559, o Cardeal D. Henrique fundou a Universidade de Évora que foi entregue aos Jesuítas. Em 1749, devido às excessivas polémicas, o Marquês de Pombal expulsou a Companhia de Jesus.

 

 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume I – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941. Lisboa, Ministério da Educação – Direção-Geral da Administração Escolar, 1990.


MJS


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