2021/05/13

Aqueduto das Águas Livres


O Aqueduto das Águas Livres está classificado como Monumento Nacional e inclui-se na Lista Indicativa de Portugal ao Património Mundial. Trata-se de um sistema de captação e distribuição de água à cidade de Lisboa do reinado de D. João V.

Desde a instalação da população nesta região que se fez sentir a necessidade de distribuição de água potável, apesar da presença do rio Tejo. Apenas o bairro de Alfama continha nascentes de água. Com o crescimento natural da cidade tentou aproveitar-se a ribeira de Carenque, em Belas, para o abastecimento da zona lisboeta. O vestígio de um aqueduto romano nesta área dava consistência à ideia da construção do aqueduto.

Em 1729 foram nomeados três arquitetos para iniciarem um plano de construção: António Canevari, Manuel da Maia e João Frederico Ludovice. Em 1731, D. João V promulga um alvará que lança as bases do projeto. Manuel da Maia acabou por ficar como arquiteto responsável.

Só em 1740 começaram as obras, desta vez supervisionadas por Custódio Vieira e em 1744 finaliza-se o Arco Grande. Carlos Mardel substitui Custódio Vieira, entretanto falecido.


Após o terramoto de 1755, o aqueduto permaneceu intacto e Carlos Mardel decidiu instalar a Mãe d’Água na zona do Rato, em vez de S. Pedro de Alcântara. Foi uma decisão bastante contestada, mas em 1748 a obra estava terminada, com 12 arcos, transportando diariamente cerca de 1300 metros cúbicos de água.

A par desta construção, foram instalados vários chafarizes e fontes por toda a cidade. O Aqueduto foi sendo aumentado, à medida que a procura crescia, chegando a 58.135 metros de galerias subterrâneas.

A zona superior do Aqueduto esteve fechada desde 1837 devido à criminalidade, referindo-se em particular Diogo Alves, o último criminoso condenado à morte em Portugal.

Em 1880 foi edificado o Aqueduto do Alviela, o que diminuiu substancialmente a importância do Aqueduto das Águas Livres, que continuou em funcionamento até 1967.

Atualmente é possível visitar a arcaria do Vale de Alcântara, a Mãe d’Água das Amoreiras e o Reservatório da Patriarcal.


MJS

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