2022/01/20

Arquivo do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática

(Imagem de um desenho de um barco retirada do site do Arquivo do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática)

O Arquivo do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática localiza-se nas instalações do Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL) e encontra-se, disponível para consulta sob marcação prévia.

O CNANS integra documentação técnica, gráfica, fotográfica e audiovisual relacionada com a gestão e salvaguarda do património cultural subaquático. A arqueologia náutica e subaquática é um ramo da arqueologia que recorre às técnicas de acesso ao meio subaquático que tem vindo a ser objeto de uma atenção acrescida em todo o mundo.

Em Portugal, a gestão pública da arqueologia subaquática iniciou-se nos anos oitenta do século XX no quadro do Museu Nacional de Arqueologia, embora o CNANS só tenha sido criado em 1997 no âmbito do Instituto Português de Arqueologia. Ao CNANS compete a gestão da atividade arqueológica subaquática, incluindo achados fortuitos, projetos de investigação, as ações de fiscalização técnica e intervenções no quadro de grandes obras do litoral, bem como a elaboração da Carta Arqueológica de Portugal para os sítios em meio aquático.

O CNANS faz igualmente o tratamento de bens arqueológicos móveis proveniente de meio subaquático e húmido através do seu Laboratório de Conservação e Restauro.

Este laboratório está inserido na Divisão de Inventariação, Estudo e Salvaguarda do Património Arqueológico (DIESPA) do Departamento de Bens Culturais (DBC). O âmbito da sua atuação está focado na conservação de artefactos provenientes de contextos arqueológicos em ambiente húmido. Para tal dispõe de uma unidade de impregnação de madeiras e uma unidade de tratamento eletroquímico de artefactos metálicos de grande porte.

Este laboratório desempenha ainda ações de monitorização sobre espólio que se encontra conservado in situ em parceria com outras entidades de âmbito nacional, regional ou local.

 

MJS 

2022/01/17

Peça do mês de janeiro

 


Aparelho de Ingenhouz

Instrumento utilizado em contexto das práticas pedagógicas no laboratório de Física para estudo do calor e termodinâmica. Consiste numa tina de metal, tendo na tampa fixadas, para o exterior, cinco hastes de diferentes materiais. Cobrem-se as hastes com uma camada uniforme de cera branca e enche-se a tina com água a ferver. A cera das hastes metálicas funde rapidamente, o que não se observa nas outras. Deste modo, pode comparar-se a condutividade térmica dos diferentes materiais.

Está inventariado com o número ME/152171/197 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária Infante D. Henrique.


MJS

2022/01/13

Arquivo de Documentação Fotográfica

 

(Imagem de várias fotografias retirada do site do Arquivo de Documentação Fotográfica)

O Arquivo de Documentação Fotográfica (ADF), localizado no Forte de Sacavém, tem por objetivo a salvaguarda, inventário, preservação e tratamento das coleções de fotografia histórica dos Museus, Palácios, e de outros imóveis afetos à DGPC. À sua guarda, estão ainda depósitos de outras entidades e particulares. É possível efetuar um pedido de utilização de imagens com pelo menos 15 dias de antecedência.

Trata-se de um arquivo com acervos fotográficos históricos de relevante importância para a história da arte e da fotografia em Portugal, com milhares de negativos e positivos originais. Podem destacar-se obras de Frederick William Flower, San Payo, Silva Nogueira, João Martins ou Augusto Bobone.

Outra das funções do ADF é o estabelecimento de parcerias com instituições de ensino da conservação e autores de diferentes áreas de conhecimento no sentido de desenvolver o estudo e a divulgação dos seus espólios.

O ADF utiliza o MatrizPIX, um sistema de informação concebido para inventário, gestão e disponibilização online dos seus arquivos. Trata-se de uma interface web que permite a pesquisa sobre os fundos e espécimes em suporte digital, a apresentação de exposições virtuais de fotografia, bem como a seleção e pedido de imagens em alta resolução.

No MatrizPIX as imagens encontram-se em suporte digital ou analógico (transparências, negativos, provas, etc.), incluindo fotografia do espetro do invisível, utilizada no âmbito do estudo de obras de arte, tais como a radiografia, a refletografia do infravermelho e a fluorescência do ultravioleta. 

 

MJS

2022/01/10

Exposição Virtual "2022 - Ano Internacional do Vidro"

(Logotipo do Ano Internacional do Vidro 2022 retirado da internet)

As Nações Unidas, em conjunto com a Comissão Internacional do Vidro, a Comunidade das Associações do Vidro e a ICOM-Glass, aprovaram 2022 como o Ano Internacional do Vidro, devido à sua importância tecnológica, científica e económica. O objetivo é promover os diversos aspetos da produção do vidro, a sua história, a sua contribuição para a arte e arquitetura, a reciclagem e sua importância no bem-estar da humanidade. O vidro tem sido utilizado ao longo da história e constitui um dos mais importantes recursos desde as civilizações do Próximo Oriente até à China.

De acordo com as Nações Unidas o vidro tem uma versatilidade sem paralelo e enormes capacidades técnicas, tendo contribuído para avanços científicos e culturais ao longo da história da humanidade. O vidro tem diversas utilizações fundamentais: num mundo de comunicações globais, o vidro é essencial para a elaboração das fibras óticas ou para os telefones móveis, revolucionando a forma como comunicamos. Por outro lado, é um material resistente para o armazenamento de medicamentos e vacinas. O vidro biológico permitiu avanços enormes na medicina através da regeneração de tecidos e ossos. As folhas de vidro utilizadas nos painéis solares reduzem drasticamente a libertação de carbono para a atmosfera. A evolução ao nível da ótica permitiu a construção de telescópios espaciais capazes de explorar o universo de forma mais sistemática. Para além de tudo isto, é um material reciclável e permite o seu uso continuado e sustentável.

Nesta exposição, os objetos de vidro são utilizados numa multiplicidade de funções. Ao nível das práticas pedagógicas da física e da química temos os recipientes medidores em vidro, os instrumentos científicos e o material de ótica. Nas ciências, o vidro é utilizado como contentor para preservar animais em formol ou especiarias. Para além do uso doméstico, em copos, pratos e outro tipo de utensílios, apresentamos um conjunto de galhetas utilizadas para a celebração de cerimónias religiosas. 


Copo graduado

ME/172431/30

Escola Secundária D. João V

Copo graduado em vidro, utilizado em contexto das práticas pedagógicas nas aulas de Química. Trata-se de um recipiente utilizado em análises volumétricas. É um copo de forma cónica e de vidro, com graduação.


Salamandra

ME/172431/63

ME/Escola Secundária D. João V

Salamandra conservada num recipiente de vidro, em solução de formol, utilizada no estudo e observação nas aulas de Ciências Naturais. Trata-se de uma salamandra, um animal que apresentam um corpo alongado, patas curtas e uma cauda relativamente longa. Aparentemente assemelham-se a um lagarto, do qual se distinguem pela ausência de escamas. Classificação científica, Reino: Animalia; Filo: Chordata; Classe: Amphibia; Subclasse: Lissamphibia; Ordem: Urodela; Família: Salamandridae; Género: Salamandre.


Tubo de Crookes com Cruz de Malta

ME/400270/8

Escola Secundária Jácome Ratton

Tubo fechado de vidro, em forma tronco-cónica, ligado a uma base isolante em madeira por um cilindro de pequeno diâmetro, igualmente em vidro, que sai do tubo principal. Este possui, na extremidade de menor diâmetro, um contacto ligado a um disco metálico, localizado no seu interior. Próximo da extremidade oposta, encontra-se uma lâmina metálica em forma de cruz, articulada em torno de um eixo horizontal, permitindo o seu posicionamento horizontal e vertical. No cilindro ligado à base encontra-se também um contacto em platina. Liga-se ao polo positivo de uma bobina, o contacto de platina do tubo e ao polo negativo o contacto do disco - cátodo. O vidro torna-se fluorescente, obtendo-se um cone de luz verde-azulada, saindo do cátodo, perpendicularmente à sua superfície - raios catódicos. Levantando a lâmina metálica em forma de cruz, esta intersecta os raios projetando na parede oposta a sua sombra.


Acessórios para Disco de Hartl

ME/400634/68

ME/Escola Secundária com 3.º Ciclo Marquês de Pombal

Conjunto de prismas utilizados no Laboratório de Física para a prática pedagógica.



Tubos de vidro contendo especiarias

ME/341526/165

Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Francisco de Arruda

Suporte de madeira com 12 tubos de ensaio contendo especiarias: pimenta branca, pimentão-doce, sal refinado, açúcar mascavado, sal bruto, açúcar cristalizado, noz-moscada, açafrão, segurelha, baunilha, gengibre, pimenta.


Galhetas

ME/400348/74

Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho

As galhetas são recipientes, em metal ou vidro, onde se colocam a água e o vinho para a celebração da Eucaristia, onde são consagrados. Trata-se de dois pequenos jarros, em vidro transparente, com símbolos eucarísticos gravados (círculo, resplendor e as iniciais "JHS" (Jesus Hominem Salvator). Estão colocados sobre um "pratinho" de forma elíptica com roseta lapidada no fundo e com rebordo relevado, de superfície superior plana mas marcado por estrias, na parte inferior, sugerindo gomos.


MJS

2022/01/06

Arquivo de Conservação e Restauro

(Imagem parcial de uma peça decorativa retirada do site do Arquivo de Conservação e Restauro)

O Arquivo de Conservação e Restauro situa-se no anexo à Biblioteca de Conservação e Museus, na Rua das Janelas Verdes, em Lisboa, sendo possível a sua consulta, mediante marcação prévia via e-mail.

A origem deste arquivo deve-se ao Laboratório de Exame de Obras de Arte, constituído nas primeiras décadas do séc. XX no Museu Nacional de Arte Antiga. Foi impulsionado por José de Figueiredo e João Couto, acabando por se constituir formalmente com o nome de Instituto de José de Figueiredo (IJF), em 1965. Cada peça analisada ou intervencionada no Instituto, bem como todos os itens observados ou tratados em todas as regiões do País, deram origem a um relatório escrito.

Atualmente o Arquivo Técnico integra atualmente 20.000 processos de conservação e restauro e de laboratório, que incluem relatórios, apontamentos, documentos de correspondência, gráficos, esquemas, tabelas, desenhos, plantas, croquis, transparentes, esquissos, fotografias, fotografias impressas e coladas em cartões, raios-x, diapositivos, recortes e/ou artigos de publicações, fotocópias de informação diversa, amostras de materiais diversos, CD e DVD. A documentação fotográfica e radiográfica inclui cerca de 80.000 originais.

As atribuições da Direção-Geral do Património Cultural incluem a política de salvaguarda, investigação e conservação dos bens culturais móveis e integrados, propriedade do Estado, de outras entidades e de particulares. Desta forma, foi criado o Laboratório José de Figueiredo, com os seguintes objetivos: pronunciar-se sobre propostas de conservação e restauro a realizar em bens culturais, realizar intervenções de conservação, promover projetos de investigação na área da conservação e restauro, bem como estudos técnicos; propor medidas no âmbito da conservação preventiva de bens culturais, conceber e divulgar as normas e orientações técnicas relativas à conservação e restauro; promover a formação de profissionais integrados nas diversas áreas de especialização; creditar a qualificação de entidades que exerçam atividades de conservação e restauro; promover parcerias e prestar assistência técnica e científico a outras entidades e a profissionais nas suas áreas de competência.

A equipa do LJF é constituída por equipas multidisciplinares de conservadores-restauradores, físicos, químicos, biólogos e técnicos de fotografia e radiografia. As áreas de atuação são: o Laboratório Analítico; o Laboratório Fotográfico e Radiográfico; Escultura; Metal/Ourivesaria; Mobiliário; Papel; Pintura/Pintura Mural; Talha e Têxteis.

 

MJS

2022/01/03

Arquivo de Arqueologia Portuguesa

 

(Imagem parcial de uma peça de cerâmica retirada do site do Arquivo de Arqueologia Portuguesa)

O Arquivo de Arqueologia Portuguesa fica sediado no Palácio da Ajuda, Ala Norte, em Lisboa. Trata-se do maior e mais abrangente fundo arquivístico de arqueologia, a nível nacional, que inclui conjuntos documentais das instituições públicas com competência sobre a gestão do património arqueológico.

Os documentos mais antigos remontam aos anos 40 do século XX e provêm do arquivo da Junta Nacional de Educação. No final de 2013, o Arquivo da Arqueologia Portuguesa integrava mais de 17000 processos, cerca de 500.000 documentos. É possível a consulta da documentação no local mediante marcação prévia via e-mail.

Trata-se de um arquivo indispensável na gestão da atividade arqueológica, uma vez que a sua consulta é indispensável para projetos de investigação, pedidos de autorização, relatórios de trabalhos arqueológicos, estudos de impacte ambiental, instrumentos de ordenamento do território e processos de gestão urbanística. Toda a documentação que decorre destes processos é integrada no Arquivo da Arqueologia Portuguesa, que é constantemente atualizado.

Este arquivo é essencialmente científico e técnico e inclui documentação relativa a sítios arqueológicos e respetivos trabalhos (relatórios de escavação, prospeção, acompanhamento, conservação, valorização, etc), documentação de investigação ou de âmbito preventivo, informações sobre a monitorização e estado de conservação dos sítios, documentação sobre projetos de investigação e elementos sobre a história da investigação e gestão do património arqueológico português.

Os documentos físicos e digitais são na sua maioria produzidos por arqueólogos, de natureza científica e técnico-administrativa. Trata-se, por isso, de um arquivo misto, histórico e corrente, uma vez que se encontra em permanente constituição e atualização.

A organização arquivística e disponibilização pública deste acervo passará necessariamente por um processo de digitalização que permita a racionalização da gestão e consulta deste importante fundo documental.

Foi já iniciado o processo de digitalização de documentos e de receção de documentos digitais, nomeadamente de relatórios de trabalhos arqueológicos, sendo que alguns destes conteúdos já estão disponíveis para consulta na internet.

 

 

MJS

2021/12/30

Arquivos da Direção Geral do Património Cultural

 

(Imagem parcial de alguns livros retirada do site dos Arquivos da Direção Geral do Património Cultural)

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) integra diversos arquivos, uma vez que as suas atribuições são “Conservar, tratar e atualizar os arquivos documentais, e as bibliotecas afetas, bem como o banco de dados para o inventário do património arquitetónico e arqueológico”.

No âmbito deste artigo não cabe a explicitação do que é um arquivo, mas sim dar a conhecer alguns dos que mais se destacam. Entende-se, de forma comum, que um arquivo é um conjunto ordenado de documentos que podem resultar de uma atividade de um serviço, da história de um local, instituição ou grupo de pessoas. Atualmente está em curso um intenso debate sobre as transformações tecnológicas a que a gestão arquivística está sujeita e sobre as soluções que se podem encontrar para viabilizar o acesso virtual à documentação.

Os arquivos que iremos destacar são os seguintes:

- Arquivo da Arqueologia Portuguesa – composto por documentação relativa a sítios arqueológicos e respetivos trabalhos;

- Arquivo de Conservação e Restauro – inclui os relatórios dos processos laboratoriais e de conservação do património móvel e integrado, assim como documentação fotográfica e radiográfica;

- Arquivo de Documentação Fotográfica – integrando espólios fotográficos de diversas entidades, assim com o inventário fotográfico das coleções de museus e palácios nacionais;

- Arquivo do CNANS – composto por documentação técnica, gráfica, fotográfica e audiovisual relacionada com a gestão e salvaguarda do património cultural subaquático português;

- Arquivo do Forte de Sacavém (SIPAS);

- Arquivos do Ex-IGESPAR e do ex-IMC.


 MJS