Ana
Maria Calixto nasceu a 9 de dezembro em Serpa, filha de António Carlos Calixto
e de Ana Maria das Dores Calixto. O seu pai, professor primário, foi escritor e
fundador, em 1885, da Associação Serpense de Socorros Mútuos.
Foi
professora do ensino livre, em Lisboa e defensora dos ideais da Escola Nova no
que respeita à educação. Em 1912 apresentou a tese Educação cívica na escola primária: base em que devemos assentar,
ao Terceiro Congresso Pedagógico. Através desta tese exprimiu a tendência da
época que considerava o ensino como a via para a regeneração da sociedade. No
que respeita à educação feminina considerou a necessidade desta se aproximar da
educação masculina para que os princípios da igualdade fossem respeitados.
Para
esta educadora, o primeiro tipo de educação que o ser humano recebia era dada
em casa, pela família e, sobretudo, pelas mulheres. Se a mulher não tiver este
papel de educadora reconhecido, não se poderá justificar a posição do homem na
sociedade. O papel da escola era o de socialização, ou seja, havia a
necessidade de uma escola ativa, que recorresse à observação e ao
experimentalismo.
Em
1922, escreveu um artigo sobre as Escolas Móveis, onde apresentou diferenças
marcantes entre a aprendizagem feminina e masculina. A educação da mulher era a
forma desta aceder à cidadania e à igualdade política que se consumaria através
do voto feminino.
Fonte
principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto :
ASA, 2003.
MJS
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