Trata-se
de uma forma de pagamento eletrónico, sob a forma de um cartão de plástico com
uma banda magnética e/ou um chip, emitido por uma instituição bancária. Permite
ao seu titular realizar várias operações financeiras como pagamentos,
levantamentos, depósitos, consultas, transferências, entre outros, sendo as
despesas automaticamente debitadas na sua conta.
Este
cartão pode ser utilizado em diferentes equipamentos como terminais de
pagamento, caixas automáticas, etc. Inclui o nome do titular, o número de
cartão, a validade e um código de segurança. São padronizados pela norma ISO
7810. O objetivo da sua criação foi facilitar a compra de bens e serviços,
reduzindo a quantidade de dinheiro “vivo” em circulação.
Antes de 1920, algumas empresas como a Western Union forneciam cartões aos seus clientes mais importantes, o lhes que permitia pagar o combustível em postos de abastecimento da marca. O cliente abastecia ao longo de mês e pagava no final desse período. A partir de 1928, grandes companhias e comerciantes ofereciam um cartão com as informações pessoais dos seus clientes que permitia o seu uso exclusivo nessas lojas. Era feito em metal e denominava-se Charga-Plate.
Em
1946, John Biggins, banqueiro de Nova Iorque estabeleceu uma parceria com
comerciantes locais e criou o Charg-it,
um cartão metálico operado por uma instituição financeira para ser usado em
vários estabelecimentos parceiros.
Em
1949, Frank MacNamara encontrava-se num restaurante de Nova Iorque, acompanhado
por vários executivos, quando se apercebeu que se tinha esquecido da sua
carteira. Assim surgiu a ideia de criar um cartão com o nome do seu possuidor
que lhe permitisse pagar a conta após algum tempo. Foi assim criado o The Dinners Club, em papel, aceite em 27
restaurantes e atribuídos apenas a pessoas de destaque.
1958
marcou a grande mudança nos cartões de crédito pois o Bank of America, uma das instituições mais credíveis, criou o BankAmericard, posteriormente denominado
Visa (1976). Em 1959 surge o American Express.
O
cartão de crédito foi evoluindo, tornando-se progressivamente mais sofisticado
e mais seguro. Antes da existência de bandas magnéticas era necessário fazer
uma cópia do cartão para se processarem os pagamentos. Em 1969 a IBM desenvolveu cartões magnéticos
adotados internacionalmente.
Em
1983 o Visa lançou uma rede de caixas
multibanco, o ATM (Automated Teller Machine) que permitia
disponibilizar dinheiro 24 horas por dia em qualquer local do mundo,
No
começo dos anos 2000 criou-se uma tecnologia baseada em chips de dados que
geram códigos únicos para cada transação. Em Portugal este processo de
introdução do cartão de crédito consolidou-se e tornou-se bastante importante
ao nível das transações eletrónicas.
O
chamado “dinheiro plástico” passou a fazer parte das nossas vidas, contribuindo
para a expansão do comércio e do turismo. As vantagens são enormes pois não há
necessidade de dinheiro físico.
MJS
2 comentários:
O cartão de crédito é mais uma inovação dos nossos dias. Permite agilizar transações comerciais e facilita a compra de produtos/ serviços quando estamos no estrangeiro - existem muitos serviços (nacionais e internacionais) que apenas aceitam o uso exclusivo de cartão de crédito. Ainda assim, e desde que não haja necessidade de recorrer ao "cash advance", o uso do "credit card" é uma ferramenta (quase) fundamental para os dias de hoje, malgrado a anuidade que tal instrumento acarreta. Para tanto, era fundamental que na escola todos pudéssemos ter mais noções de "noções básicas de literacia financeira". Afinal, nem todos aprendemos nos bancos da escola o que significam os acrónimos TAE, TAEG, MTIC, Euribor ou spread bancário ...
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