(Imagem dos hemisférios de Magdeburgo)
Os hemisférios de Magdeburgo consistem em duas abóbadas
metálicas ocas que justapostas formam uma esfera. O interior da esfera comunica
com o exterior através de uma torneira que pode ser ligada a uma máquina
pneumática permitindo a extração do ar. Após esta operação, fecha-se a torneira
criando vácuo. A esfera pode ser suspensa através de uma argola no hemisfério
superior, colocando-se vários pesos na zona inferior. Desta forma pode
conhecer-se o valor exercido pela atmosfera. A invenção deste instrumento
deve-se a Otto von Guerick (1602 – 1686), físico
alemão que se notabilizou pelos estudos sobre o vácuo, a eletrostática ou a
propagação do som. A ele é também atribuída a criação da máquina pneumática.

(Imagem dos hemisférios de Magdeburgo)
Cerca de 1650 inventou uma máquina pneumática que consistia num pistão
e num cilindro de ar que se ligavam a outros aparelhos, retirando o ar do seu
interior. Utilizando esta bomba de vácuo realizou a famosa experiência dos
hemisférios de Magdeburgo, que teve lugar 1654 na cidade com o mesmo nome.

(Imagem dos hemisférios de Magdeburgo)
Esta experiência pretendia a separação de dois hemisférios ocos em cobre,
com cerca de 51 cm de diâmetro, unidos por um anel de couro, do interior dos
quais se havia extraído o ar com a bomba de von Guerick. Cada um dos
hemisférios estava ligado a vários cabos que foram puxados em sentidos opostos
por vários grupos de homens. Os hemisférios continuaram unidos e só se
separaram utilizando dois grupos de oito cavalos. A experiência permitiu
demonstrar a força da atmosfera sobre os corpos, a existência do vácuo e da
pressão atmosférica. Guerick concluiu que os hemisférios não se separam, pois,
a pressão atmosférica é superior à pressão do ar no seu interior. Através da
entrada de ar equilibra-se a pressão e pode facilmente separar-se os
hemisférios. Para além da importância imediata desta experiência, assiste-se ao
terminar das teorias que sucederam a Aristóteles e que pretendiam afirmar que a
natureza tinha o chamado “horror ao vazio”, preenchendo-o imediatamente. Em 1672 publicou a sua obra mais importante “Ottonis de Guericke
Experimenta Nova (ut vocantur) Magdeburgica de Vacuo Spatio”, na qual descreve
as suas experiências com o vácuo e os estudos de eletrostática.
Bibliografia:
Museu da Ciência
(2013) [em linha].
[Consulta: 2 de Julho de 2013]
Museu da Física da
Escola Secundária Alexandre Herculano (2013) [em linha].
[Consulta: 2 de Julho de 2013]
Departamento de
Física da Universidade de Coimbra (2013) [em linha].
[Consulta: 2 de Julho de 2013]
Wikipédia
[Consulta: 2 de Julho de 2013]
MJS
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