2025/01/16

Peça do mês de janeiro/2025

 



Preguiça

 

Espécime taxidermizado, utilizado como material didático no ensino das Ciências Naturais, para estudo de características morfológicas. Este exemplar está colocado num tronco sobre uma base de madeira retangular de 15 cmx37 cm. A preguiça encontra-se numa postura de observação com a cabeça totalmente virada para as costas, apoiada nos quatro membros, no tronco e olhando atentamente para cima. Os olhos são de vidro de tom amarelado, simulando o aspeto natural. Tem um focinho redondo. Não apresenta cauda. A pelagem do corpo é acastanhada com tons de amarelo. As patas estão dotadas de garras. O comprimento deste exemplar, da ponta do focinho à ponta do corpo é de 46 cm e a altura máxima é de 30 cm.

Classificação científica - Reino: Animalia; Filo: Chordata; Subfilo: Vertebrata; Classe: Mammalia; Ordem: Pilosa; Família: Bradipodídeos; Género:  Brádipo; Espécie: B. variegatus

Está inventariado com o número ME/402709/83 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária Rodrigues de Freitas.


MJS

2025/01/13

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: Carolina Michäelis de Vasconcelos (1851 – 1925)


(Imagem da autora retirada da internet)


Carolina Wilhelm Michäelis de Vasconcelos nasceu a 15 de março de 1851 em Berlim, filha de Gustav Michäelis, professor de matemática e de Henriette Louise Lobeck.

Interessou-se desde sempre por línguas e literatura e frequentou a Escola Superior Municipal Feminina de Berlim entre os 7 e os 16 anos. Tendo perdido a mãe aos 12 anos, foi orientada pelo seu pai e pelo filólogo Eduard Maetzner. Os seus estudos de filologia clássica e românica, bem como das línguas francesa, espanhola e italiana, entre outras, prosseguiram em casa sob a orientação de Carl Goldbeck.

Em 1871 especializou-se em assuntos peninsulares e trabalhou como intérprete no Ministério do Interior na Alemanha. Os contatos com vários intelectuais portugueses da Geração de 70 conduziram ao casamento de Carolina Michäelis com Joaquim António da Fonseca e Vasconcelos em 1876.

O casal passou a residir em Portugal, dividindo o seu tempo entre Braga, Lisboa e Porto. O seu interesse pela cultura portuguesa era notório, tendo publicado alguns estudos na área da linguística. Em 1901 foi-lhe atribuída a insígnia da Real Ordem Militar de Santiago da Espada.

As suas preocupações com o estado do ensino em Portugal levaram-na a publicar alguns artigos em que nota a ausência de uma literatura dirigida para a infância. Defendeu o alargamento do ensino primário a todas as crianças, motivando-as para a leitura através da utilização de textos tradicionais portugueses. A aprendizagem deveria ser lúdica, sendo fundamental para o este processo a existência de jardins de infância e de um ambiente familiar motivador. O desconhecimento da pedagogia e psicologia infantil no nosso país eram uma das causas do insucesso escolar.

No início do século XX, Carolina Michaëlis tentou fundar um conselho nacional feminino. Em 1914 a ideia concretizou-se com a fundação do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, em conjunto com Ana de Castro Osório.

A instrução feminina foi igualmente um dos seus objetivos: as mulheres deveriam tomar consciência dos seus direitos não sendo pressionadas por uma sociedade tradicional nem limitadas ao nível da instrução.

Em 1911 foi nomeada para docente de Filologia Germânica na Universidade de Lisboa e em 1912 foi transferida para a Universidade de Coimbra. Neste ano, juntamente com Maria Amália Vaz de Carvalho tornou-se membro da Academia das Ciências de Lisboa.

A partir de 1924 dirigiu a revista Lusitânia que procurava valorizar a nação portuguesa e a sua tradição. Em 1926 tornou-se presidente honorária do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas.

 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.


MJS


2025/01/09

Instalações para o ensino (1968 a 1972) - Ministério das Obras Públicas - Liceus: Liceu Nacional de Matosinhos

 

- Liceu Nacional de Matosinhos -

O Ministério das Obras Públicas concluiu 42 edifícios, no período decorrente de 1968 a 1972, destinados a estabelecimentos dos cursos preparatório, secundário e médio. A título de divulgação, neste post, daremos a conhecer - o Liceu Nacional de Matosinhos.


(No topo pode observar-se a fachada da escola. Em baixo, uma biblioteca)

 


 

(No topo, a imagem de um refeitório. Em baixo, uma imagem de um laboratório e a ficha técnica com a identificação da escola, a dimensão da área coberta, a dimensão da superfície de pavimentos, o custo total das instalações, a data de conclusão da obra, a população escolar e a discriminação das dependências)

 

 

Ministério das Obras Públicas (1973). Novas Instalações para o ensino construídas entre

1968 e 1972. Lisboa: Direcção-Geral das Construções Escolares.

 

 

P. M. 

 

2025/01/06

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: Carlos Adolfo Marques Leitão (1855 - 1938)

 

(Imagem do autor retirada da internet)
 

Carlos Adolfo Marques Leitão nasceu a 1 de maio de 1855 em Lisboa. A sua carreira no exército iniciou-se em 1873 quando assentou praça. Em 1879 foi promovido a alferes e tornou-se professor da disciplina de Desenho no Real Colégio Militar.

Em 1888 foi nomeado professor provisório de Aritmética e Geografia na Escola Industrial Marquês de Pombal. Em 1889 assumiu a direção desta Escola que só abandonou em 1929. Em 1892 participou no Congresso Pedagógico Hispano-Português-Americano com uma comunicação sobre aquela instituição.

A partir de 1899 tornou-se professor dos príncipes da Casa Real Portuguesa, D. Luís Filipe e D. Manuel. Sendo apoiante de João Franco, foi eleito deputado em 1906.

Em 1908 assinou o programa da Liga de Educação Nacional, participando igualmente nos Congressos da Liga Nacional de Instrução, entre 1908 e 1914.

Em 1910 foi tornou-se diretor do Real Colégio Militar e em 1922, da Escola Normal para o Ensino do Desenho.

O seu enorme contributo para o ensino do Desenho em Portugal ficou igualmente marcado pelas suas ideias em relação à docência. O professor deveria estar atualizado e ter preocupações pedagógicas. Como tal, deu bastante relevância aos trabalhos manuais educativos. Para além disso, escreveu vários manuais sobre geometria e desenho para diversos níveis de ensino, nomeadamente Desenho, em 5 volumes. Esta obra, vocacionada para professores de belas artes tinha como objetivo a execução do desenho de sólidos no espaço. Abordou as condições necessárias à sala de aula, o material a utilizar, as estratégias e os exercícios, acompanhados com modelos de gesso.

 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.


MJS


2025/01/02

Instalações para o ensino (1968 a 1972) - Ministério das Obras Públicas - Liceus: Liceu Nacional de Queluz, Sintra

 

- Liceu Nacional de Queluz -

O Ministério das Obras Públicas concluiu 42 edifícios, no período decorrente de 1968 a 1972, destinados a estabelecimentos dos cursos preparatório, secundário e médio. A título de divulgação, neste post, daremos a conhecer - o Liceu Nacional de Queluz, Sintra.


(No topo pode observar-se uma imagem com um pátio entre os pavilhões. Em baixo, a fachada de um dos pavilhões)

 

 

(No topo, a imagem de uma escada e a ficha técnica com a identificação da escola, a dimensão da área coberta, a dimensão da superfície de pavimentos, o custo total das instalações, a data de conclusão da obra, a população escolar e a discriminação das dependências. Em baixo, um laboratório de ciências)

 

 

Ministério das Obras Públicas (1973). Novas Instalações para o ensino construídas entre

1968 e 1972. Lisboa: Direcção-Geral das Construções Escolares.

 

 

P. M. 

 

2024/12/30

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: Braga Paixão (1892 – 1982)

  

(Imagem do autor retirada de Dicionário de educadores portugueses)


Vítor Manuel Braga Paixão nasceu em Lisboa a 13 de setembro de 1892. Estudou no Liceu Central de Lisboa, tendo sido um ativo participante na vida estudantil através do jornal Os Novos, instituindo a divisa “nós nos educaremos!”.

Concluiu o Curso Superior de Letras em 1913, iniciando a sua carreira docente no atual Liceu Pedro Nunes. Participou no movimento de professores sendo sócio da Associação do Magistério Secundário Oficial desde 1914. Publicou vários textos em diversas revistas como a Revista de Educação Geral e Técnica, Boletim Oficial do Ministério da Instrução Pública, Educação Social e Labor. Lecionou ainda no atual Liceu Nacional de Angra do Heroísmo durante cerca de 8 anos.

A partir de 1928 deixou a carreira docente ocupando cargos administrativos e de coordenação do sistema educativo. Foi nomeado Diretor Geral do Ensino Primário até 1937 e depois Diretor Geral dos Serviços de instrução Pública de Moçambique, onde residiu até 1940.

De regresso a Lisboa assumiu o cargo de Diretor Geral da Assistência e de Provedor da Casa Pia e da Santa Casa da Misericórdia. Em 1944 tornou-se Diretor Geral do Ensino Colonial desempenhando o cargo até 1962. Durante este período publicou vários textos relacionados com a educação e o ensino.

A produção literária de Braga Paixão compreendeu 3 períodos distintos. Entre 1913 e 1927 dedicou-se a questões educativas sob o ponto de vista do professor. A obra mais significativa foi Educação Moral: o liceu, a família, o meio social, em que o autor se debruçou sobre temas como a educação moral no contexto da laicização do ensino, das interferências familiares e da sociedade.

A partir de 1927, as suas preocupações voltaram-se para a política educativa devido aos cargos ocupou. Situou-se na linha ideológica do Estado Novo com contornos nacionalistas, tendo criado os Serviços de Orientação Pedagógica e o Boletim da Direção Geral do Ensino Primário. Neste sentido avançou com a publicação de Escola Portuguesa, dirigida para a formação pedagógica de professores.

Após a experiência em Moçambique, Braga Paixão publicou em 1949 Novos Aspetos do Problema Missionário Português, em que defendeu a importância da presença de técnicos pedagógicos nos serviços educativos das colónias. A presença de missionários, encarregues da área do ensino, não era suficiente para se promover uma educação eficiente.

Os últimos anos da sua vida foram dedicados à produção de obras ligadas à historiografia e à escrita biográfica.

 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.


MJS


2024/12/26

Instalações para o ensino (1968 a 1972) - Ministério das Obras Públicas - Liceus: Liceu Nacional da Covilhã

 

- Liceu Nacional da Covilhã -

O Ministério das Obras Públicas concluiu 42 edifícios, no período decorrente de 1968 a 1972, destinados a estabelecimentos dos cursos preparatório, secundário e médio. A título de divulgação, neste post, daremos a conhecer - o Liceu Nacional da Covilhã.



(Na imagem do topo pode observar-se o átrio de entrada. Em baixo, a fachada da escola)

 

 

 

(No topo, a imagem de um laboratório de ciências. Em baixo, uma imagem dos pavilhões e a ficha técnica com a identificação da escola, a dimensão da área coberta, a dimensão da superfície de pavimentos, o custo total das instalações, a data de conclusão da obra, a população escolar e a discriminação das dependências)

 

 

Ministério das Obras Públicas (1973). Novas Instalações para o ensino construídas entre

1968 e 1972. Lisboa: Direcção-Geral das Construções Escolares.

 

 

P. M.