2020/06/18

Escola Secundária Vergílio Ferreira




A Rua do Seminário acolhe desde 1983 a Escola de Vergílio Ferreira, na antiga Quinta dos Inglesinhos de frades católicos irlandeses. Este arruamento que liga o Largo da Luz à Rua Fernando Namora recebeu a denominação de Rua do Seminário por deliberação camarária de 2 de novembro de 1882 da Câmara Municipal de Belém, naquela que era antes a Rua dos Galegos. [1]

A Escola de Vergílio Ferreira foi inaugurada em 1983, servindo apenas uma população estudantil do 3.º ciclo do ensino básico, distribuída por 36 turmas. Em 1986 a escola viu aumentados os seus recursos físicos, sendo ampliada com a construção de mais três blocos.

É em 1993 que a escola passa a ter a designação atual − Escola Secundária de Vergílio Ferreira −, passando o dia da escola a ser comemorado na data de nascimento do seu patrono, Vergílio António Ferreira (1916-1997).


Em 1995, para fazer face ao aumento da carga curricular do 12.º ano, a escola é novamente ampliada com a construção de mais um bloco. Em 1997, a escola passa a ter a sua bandeira escolar e o seu logótipo, como elementos reforçadores da sua identidade.

A construção do pavilhão gimnodesportivo dá-se em 1999 e, em 2002 foi construído o Centro Documental Multimédia, a partir de um velho edifício pertencente ao recinto escolar cuja traça original se respeitou.

Ainda assim, a escola era constituída por blocos descaracterizados e dispersos pelo terreno, inserida num bairro de ambiente fortemente degradado, esta escola foi reabilitada entre 2009 e 2011 pela Parque Escolar, EPE.

O projeto centrou-se na criação de uma nova identidade através da reabilitação e reorganização dos blocos existentes, adaptando-os às novas exigências e redesenhando a sua imagem exterior, na busca por um sentido de unidade e harmonia. Introduziu-se um novo edifício de entrada que se apresenta como um volume robusto em betão aparente de cor branca, com escala referenciada à cidade, criando um novo limite para a escola. Esta intervenção conquistou um maior sentido de acolhimento e resguardo face à envolvente e aos edifícios de habitação contíguos.[2]

 

Em novembro de 2014 é criado o Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira, com este precede-se à agregação da Escola Secundária de Vergílio Ferreira com o Agrupamento de Escolas de Telheiras, como consequência do processo de reorganização da rede escolar ocorrido em junho de 2012. Em abril de 2013 o Agrupamento de Escolas de São Vicente/Telheiras é também integrado nesta Unidade Orgânica, passando esta a congregar dez escolas:
§  Jardim de Infância de Telheiras
§  Jardim de Infância da Horta Nova
§  Escola Básica do Lumiar
§  Escola Básica D. Luís da Cunha
§  Escola Básica Luz Carnide (três escolas de primeiro ciclo com jardim-de infância)
§  Escola Básica n.º 1 de Telheiras
§  Escola Básica Prista Monteiro (duas escolas apenas com primeiro ciclo)
§  Escola Básica de Telheiras (uma escola com segundo e terceiros ciclos)
§  Escola Básica de S. Vicente (uma escola integrada com valências do jardim-de infância ao terceiro ciclo)
§  Escola Secundária de Vergílio Ferreira (escola secundária com terceiro ciclo, escola sede do agrupamento) ASSEM


De acordo com os dados disponíveis no site do Agrupamento, a população do Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira é de cerca de 3917 alunos, 243 dos quais com Necessidades Educativas Especiais de caráter permanente (dados de março de 2014). 51% dos alunos são do sexo masculino e 49% do sexo feminino, distribuídos por 154 turmas, 19 de pré-escolar, 43 de 1.º ciclo, 56 de 2.º e 3.º ciclo e 36 de secundário.


P. M.



BIBLIOGRAFIA:



JOÃO MORGADO - FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA (2011). Escola Secundária Vergílio Ferreira [em linha]. Lisboa: Atelier Central Arquitectos [consult. 22 de maio de 2020]. Disponível:

OPEN HOUSE LISBOA (2016). Escola Secundária de Vergílio Ferreira [em linha]. Lisboa: Trienal de Arquitectura de Lisboa [consult. 22 de maio de 2020]. Disponível: http://2016.openhouselisboa.com/places/escola-secundaria-de-vergilio-ferreira/


PARQUE ESCOLAR (2014). 13 de maio - Prémio Valmor distingue três escolas [em linha]. Lisboa: Parque Escolar, EPE [Consult. 25 de maio de 2020]. Disponível:


PARQUE ESCOLAR (s.d.). Escola Secundária de Vergílio Ferreira [em linha]. Lisboa: Parque Escolar, EPE [Consult. 25 de maio de 2020]. Disponível:

SECRETARIA-GERAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA (s.d.). Escola Secundária Vergílio Ferreira, Lisboa [em linha]. Lisboa: Direção de Serviços de Documentação e de Arquivo [Consult. 25 de maio de 2020]. Disponível: http://arquivo-ec.sec-geral.mec.pt/details?id=50591

VIVER EM TELHEIRAS (13 de maio de 2013). Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira [em linha]. Lisboa: Centro de Convergência de Telheiras [Consult. 25 de maio de 20202]. Disponível: http://vivertelheiras.pt/parceiros/aevf/







[1] Em 1923 a Quinta dos Inglesinhos foi transformada num conjunto de instituições escolares. A freguesia de Carnide, no antigo regime, era composta por um conjunto de quintas, solares e palacetes que serviam as classes dominantes nos seus tempos livres. Foi também neste local que surgiram vários conventos para albergarem diversas ordens religiosas.

[2] O Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura distinguiu três escolas requalificadas no âmbito do Programa de Modernização das Escolas com Ensino Secundário, da responsabilidade da Parque Escolar. A Escola Secundária Vergílio Ferreira, em Carnide, da autoria do Atelier Central, a Escola Secundária Rainha D. Leonor, em Alvalade, da responsabilidade do Atelier dos Remédios e a Escola Básica Francisco de Arruda, junto à Tapada da Ajuda, da autoria do arquiteto José Neves receberam ontem o Prémio, referente ao ano de 2011.


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