2013/07/31

Os Hemisférios de Magdeburgo no Museu Virtual da Educação


Os Hemisférios de Magdeburgo no Museu Virtual da Educação



Os hemisférios de Magdeburgo consistem em duas abóbadas metálicas ocas que justapostas formam uma esfera. O interior da esfera comunica com o exterior através de uma torneira que pode ser ligada a uma máquina pneumática permitindo a extração do ar. Após esta operação, fecha-se a torneira criando vácuo. A esfera pode ser suspensa através de uma argola no hemisfério superior, colocando-se vários pesos na zona inferior. Desta forma pode conhecer-se o valor exercido pela atmosfera. A invenção deste instrumento deve-se a Otto von Guerick (1602 – 1686), físico alemão que se notabilizou pelos estudos sobre o vácuo, a eletrostática ou a propagação do som. A ele é também atribuída a criação da máquina pneumática.



Guericke nasceu em Magdeburgo, na Alemanha e estudou na Universidade de Leipzig, que abandonou em virtude da Guerra dos 30 Anos, tendo prosseguido para as Universidades de Jena e Leiden. Em 1632 regressou a Magdeburgo, onde se dedicou à reconstrução da cidade após o grande incêndio de 1631. Em 1646 tornou-se Burgomestre da cidade, posição que manteve durante cerca de trinta anos. Como tal, teve uma vida política extremamente preenchida, a par do estudo e dedicação à ciência.
Cerca de 1650 inventou uma máquina pneumática que consistia num pistão e num cilindro de ar que se ligavam a outros aparelhos, retirando o ar do seu interior. Utilizando esta bomba de vácuo realizou a famosa experiência dos hemisférios de Magdeburgo, que teve lugar 1654 na cidade com o mesmo nome. Esta experiência pretendia a separação de dois hemisférios ocos em cobre, com cerca de 51 cm de diâmetro, unidos por um anel de couro, do interior dos quais se havia extraído o ar com a bomba de von Guerick. Cada um dos hemisférios estava ligado a vários cabos que foram puxados em sentidos opostos por vários grupos de homens. Os hemisférios continuaram unidos e só se separaram utilizando dois grupos

de oito cavalos. A experiência permitiu demonstrar a força da atmosfera sobre os corpos, a existência do vácuo e da pressão atmosférica. Guerick concluiu que os hemisférios não se separam pois a pressão atmosférica é superior à pressão do ar no seu interior. Através da entrada de ar equilibra-se a pressão e pode facilmente separar-se os hemisférios. Para além da importância imediata desta experiência, assiste-se ao terminar das teorias que sucederam a Aristóteles e que pretendiam afirmar que a natureza tinha o chamado “horror ao vazio”, preenchendo-o imediatamente.
Em 1672 publicou a sua obra mais importante “Ottonis de Guericke Experimenta Nova (ut vocantur) Magdeburgica de Vacuo Spatio”, na qual descreve as suas experiências com o vácuo e os estudos de eletrostática.




Bibliografia:  
Museu da Ciência (2013) [em linha].
[Consulta: 2 de Julho de 2013]


Museu da Física da Escola Secundária Alexandre Herculano (2013) [em linha].
[Consulta: 2 de Julho de 2013]


Departamento de Física da Universidade de Coimbra (2013) [em linha].
[Consulta: 2 de Julho de 2013]


Wikipédia
[Consulta: 2 de Julho de 2013]


MJS

2013/07/24

A Bobina de Ruhmkorff no Museu Virtual da Educação


A Bobina de Ruhmkorff no Museu Virtual da Educação


ME/400567/67

A Bobina de Ruhmkorff ou bobina de indução é um instrumento científico utilizado em contexto das práticas pedagógicas de física, para experiências e demonstrações na área da eletricidade. Trata-se de um aparelho destinado a produzir baixa intensidade de corrente sob elevada tensão utilizando, como fonte primária de tensão, uma simples bateria de duas a quatro pilhas em série.


Este aparelho tomou o nome do seu criador, Heinrich D. Ruhmkorff (1803 – 1877) construtor de instrumentos científicos Em 1939 fundou, em Paris, uma fábrica de instrumentos ligados à área do eletromgnetismo que adquiriu grande prestígio. Apresentou pela primeira vez em Paris, em 1851, a bobina que ficou com o seu nome. Recebeu inúmeros prémios entre os quais o primeiro prémio da Exposição Universal de 1855 e o Prémio Volta em 1864.


ME/401857/241
A bobina era constituída por um núcleo magnético (em ferro e cartão) em torno do qual se enrolavam duas bobinas de fio de cobre. Um dos fios de cobre estava ligado a uma pilha formando o circuito indutor. O fio de cobre da outra bobina formava o circuito induzido. As extremidades desta bobina estavam ligadas a terminais.



Mas, mais importante que a sua constituição, a bobina de Ruhmkorff abriu novas possibilidades de estudo de fenómenos relacionados com a eletricidade: o efeito luminoso do tubo de Geissler ou a aplicação de um circuito eléctrico de ignição dos motores

Bibliografia:  
Museu Virtual da Educação (2013) [em linha].
[Consulta: 22 de Fevereiro de 2013]

Museu da Física da Escola Secundária Alexandre Herculano (2013) [em linha].
[Consulta: 22 de Fevereiro de 2013]

Baú da Física e da Química (2013) [em linha].
[Consulta: 22 de Fevereiro de 2013]

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (2013) [em linha].
[Consulta: 22 de Fevereiro de 2013]





MJS