2011/08/29

Peça do mês de agosto/2011



Quadro didático de insetos
Quadro didático de uma borboleta, inventariado com o número ME/400841/48, pertencente à Escola Secundária com 3.º ciclo de Anadia.
Trata-se de um quadro didático que servia para estudo e observação nas aulas de Ciências Naturais. É constituído por uma caixa de madeira e vidro onde o espécime foi colocado com pequenos alfinetes, de modo a serem visíveis as suas características anatómicas.
As borboletas, ou lepidópteros, constituem um dos grupos de insetos mais evoluídos, conhecendo-se cerca de 150 000 espécies espalhadas pelo mundo. Em Portugal existem mais de 2.400 espécies, noturnas e diurnas.
As características mais relevantes da espécie são olhos de forma hemisférica e tórax composto por tês segmentos, cada um com um par de patas. Dos segmentos posteriores saem dois pares de asas cobertas por escamas coloridas que criam padrões e cores brilhantes. Possuem uma armadura bucal sugadora, constituída por mandíbulas alongadas e unidas, formando uma tromba enrolada em espiral na posição de descanso e distendida quando absorve os néctares das flores ou outras substâncias líquidas.
As borboletas desenvolvem-se através de quatro fases de metamorfose: ovo, lagarta, crisálida e adulto. O seu contributo para o equilibro ecológico é fundamental, quer para a polinização, quer como elemento fundamental na cadeia alimentar. É uma espécie que se encontra bastante ameaçada devido à poluição excessiva, às alterações climáticas e à frequente captura.

Bibliografia e informação adicional:

http://www.lusoborboletas.org/

http://www.tagis.org/

http://www.borboletasatravesdotempo.com/

 http://lepidopteros.no.sapo.pt/

 

Para consultar a história da Escola Secundária com 3.º ciclo de Anadia:

http://www.secundariaanadia.pt/memorias.htm 


MJS

2011/08/24

Um Manual Escolar Ilustrado: o livro enquanto objecto museológico

A Secretaria-Geral tem à sua guarda diversos fundos documentais que – quer pela natureza, especificidade, ou proveniência – assumem contornos próprios que conduzem à sua “autonomia”. Este património é tecnicamente tratado dentro de uma lógica integrada, reconhecendo e valorizando as idiossincrasias subjacentes a cada coleção mas perspetivando a sua importância.

Os manuais escolares – pela sua natureza e tipologia – constituem uma coleção autónoma e permitem múltiplos olhares e hipóteses de estudo. Uma possível abordagem poderá ser feita olhando ao amplo universo de desenhos e gravuras que caracterizam os livros de cariz didático do denominado período do Estado Novo, em cuja coleção se encontram inúmeros exemplares.

 As imagens que acompanham o presente texto foram retiradas do livro intitulado: “Leituras”.

Dirigido ao Ensino Técnico, composto por dois volumes e realizado por Virgílio Couto, deve a ilustração da capa ao artista de exceção que foi, e é, Almada Negreiros. As ilustrações dos cadernos que o compõem devem-se a outros tantos nomes que, igualmente, se vieram a afirmar no campo das artes gráficas e plásticas em Portugal: Marialmira; Portugal de Lacerda; Pedro Jorge Pinto; Machado da Luz; Rodrigues Neves; Júlio Gil e Fernando Bento.

 

(Imagem a preto e branco de três naus portuguesas)

Datando da década de 1950, o presente exemplar constitui a 4.ª edição da obra. Proporcionando uma série vasta de ilustrações, muito ao sabor da época, marca a narrativa de alguns textos com o curioso recurso ao estilo “banda desenhada” (ver: “Uma Aventura de Fernão Mendes Pinto” ou “De Angola à Contra-Costa – a viagem de Capelo e Ivens”). Estas imagens, muito provavelmente (a maioria dos desenhos que ilustram a obra não se encontram assinados), dever-se-ão a Fernando Bento que tendo iniciado o seu trabalho na década de 30 no teatro de revista fazendo cartazes, cenários e figurinos, passou pela publicidade antes de, em 1938, se ter iniciado na banda desenhada no suplemento infantil do jornal República. Trajeto similar ao de Almada Negreiros, escritor e artista plástico sobejamente conhecido, um dos artistas mais vezes presente em capas e ilustrações, também ele responsável pelo grafismo de muitos livros e autor de cenários e figurinos de peças de teatro.

Podemos interpretar a narrativa ilustrada representando personagens históricas – quase sempre grandes vultos da História Portuguesa (casos de: Luís de Camões, Serpa Pinto, D. João II, Nuno Álvares Pereira) – como uma forma de despertar a curiosidade e o interesse dos alunos para o tema, podendo simultaneamente servir de meio para o professor fomentar o interesse e a motivação para a observação e compreensão de determinado facto ou fenómeno.

Em todo o caso, é notória a preocupação dada nesta época à ilustração e ao design enquanto veículo capaz de fazer passar a mensagem política associada ao regime vigente. A ilustração permite visualizar e reforçar o assunto, conduzindo a uma mais rápida apreensão e elucidação do texto. Durante todo o período da ditadura, prevalece a preocupação da formação da criança enquanto “bom cidadão”. Veja-se, a título de exemplo, os textos e respetivas imagens que abrem o livro em questão: “Exortação à Mocidade” ou “Portugal – Destino Imperial.” São características muito comuns numa altura em que a recriação da “História Pátria” passa pela valorização do passado glorioso de Portugal (tema recorrente é o dos Descobrimentos e a subsequente associação do regime a este) e da sua suposta missão civilizadora e evangelizadora. Privilegiavam-se as narrativas biográficas e heroicas de grandes personalidades modelo, pretendendo-se fazer reviver, a um mesmo tempo, as tradições populares portuguesas, o folclore e as glórias do passado.


(Desenho a preto e branco representando Fernão Mendes Pinto a bordo de um navio, oferecendo-se para embarcar)


Constata-se como em livros dirigidos para o ensino, nesta época, há uma tão grande preocupação na ilustração e na composição gráfica. Tal facto denota uma séria preocupação em articular texto e imagem. Mais do que facilitar e veicular o conteúdo e compreensão do texto literário, pretendia-se passar a mensagem dos novos valores nacionalistas e autoritários de um “Estado Forte”. No caso dos mais jovens, o recurso à ilustração pode funcionar como um poderoso meio para despertar e promover a aprendizagem. Além do mais, permite ainda descodificar algum do conteúdo quando ainda não se possui inteiro domínio sobre a palavra escrita.

No que respeita, em concreto, às ilustrações que encontramos ao longo deste volume de “Leituras”, são todas elas a preto e branco, exibindo um traço fino e meticuloso, evidenciando grande detalhe e carregando enorme expressividade. Não há efeitos de cor. Toda a força do texto é veiculada pela força do traço e do desenho. Por vezes, surge-nos apenas uma pequena e discreta figura a dar entrada ou a pontuar o final da narrativa (“A Pomba e a Formiga”; “O Sapateiro Pobre”; “O Leão e o Rato”; “Verdade Premiada”). Nos livros dirigidos à aprendizagem de crianças e jovens é vulgar encontrarem-se textos onde se celebram as virtudes da humildade e do conformismo, da obediência e do sacrifício. O imperioso cumprimento do dever, o amor ao trabalho e à Pátria, eram ideias muito bem sublinhadas nos manuais escolares da época.


(Imagem de vários filiados da Mocidade Portuguesa e Mocidade Portuguesa Feminina, caminhando em direção ao Sol. Abaixo encontra-se a "Exortação à Mocidade)


Os nomes que encontramos por detrás das ilustrações de “Leituras” seguiram todos com assinalável sucesso a carreira das artes, nomeadamente destacando-se na sua carreira profissional enquanto pintores e professores (Escola Superior de Belas Artes de Lisboa; Sociedade Nacional de Belas Artes ou Escola de Artes Decorativas António Arroio), e colaborando, pontualmente, ao longo da vida como aguarelistas e desenhadores de diversas obras de índole literária.


JMG


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

 

BARREIRA, Cecília – Nacionalismo e Modernismo, de Homem Cristo Filho e Almada Negreiros, ed. Assírio e Alvim, Lisboa, 1981.

GONÇALVES, Rui Mário – Pintura e escultura em Portugal 1940-1980, Instituto de Alta Cultura e Língua Portuguesa, MEC, Lisboa, 1980.

MARQUES, A.H. de Oliveira – História de Portugal, vol. 3.º, 2.ª ed., Palas, Lisboa, 1981.

PORTELA, Artur – Salazarismo e artes plásticas, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, MEU, Lisboa, 1982.

Portugal contemporâneo – Direção de António Reis, vol. 4.º, ed. Alfa, Lisboa, 1990.

http://sibme.sg.min-edu.pt/ipac20/ipac.jsp?session=1W14K25D23900.388634&profile=edubib&lang=por&logout=true&startover=true#focus

2011/08/17

Interculturalidade - Fundo documental doado pela Dra. Helena Seabra


(Imagem de uma mão pintada de várias cores com a palavra "interculturalidade" em baixo)



Encontra-se em fase de tratamento o fundo documental doado à Secretaria-Geral pela Dr.ª Helena Seabra. A singularidade deste acervo que, doravante, complementará a área de literatura do fundo geral da referida Secretaria, inclui documentos que denotam uma preocupação intercultural – a língua portuguesa como mediação entre realidades culturais e vivencias. Partido deste suposto exegético, supostamente, foram incluídos no referido acervo várias tipologias documentais, a saber:

 

a.    Relatórios curriculares;

b.    Documentos de ensino especial (gitanos);

c.    Documentação impressa (planificação de estudos portugueses sobre crianças e adolescentes);

d.    Material de apoio programático:

                                                     i.     Comunicação oral;

                                                   ii.     Comunicação escrita

                                                  iii.     Comunicação lúdica;

                                                  iv.     Linguística.

 

e.     Animação pedagógica;

f.    Textos de formação de professores.

 

 

Como verificamos, toda a seleção documental, brevemente disponível aos nossos clientes, assenta na língua portuguesa como veículo educacional vs reintegração intersocial. A documentação, ainda que abrangente, tem uma preocupação comum: o ensino da língua portuguesa na esteira intercultural.

 

Assim, destacam-se manuais escolares e guias tanto para o educando como para o educador. Para além desta polarização, numa aceção intercultural, os documentos vão ao encontro das necessidades de grupos de ensino especial, tais como, gitanos, crianças, adolescentes, etc. Além de mais, são atendidas as várias formas de manusear a linguística – quer ao nível oral e escrito, quer lúdico e científico – a pedagogia é, por assim dizer, o elo de ligação entre as distintas dimensões semânticas.

 

“A educação intercultural, na escola, começa quando o professor ajuda o educando a descobrir-se a si mesmo. Só então este poderá pôr-se no lugar do outro e compreender as suas reacções, desenvolvendo empatias. A educação intercultural consolida-se, quando o professor propicia a igualdade de oportunidades de todos os grupos presentes na escola e o respeito pela pluralidade, num plano democrático de tomada de decisões e de gestão de espaços de diálogo e de comunicação entre todos.” (Bizarro, et al. 2002:58)

 

Bizarro (2002:58) revê a educação intercultural como uma dialética entre o professor/aluno que, a seu modo, consolida igualdade de oportunidades e, acima de tudo, respeita a pluralidade de oportunidades.

 

Segundo entendemos, a língua como veículo intercultural é um corpo em movimento e esta mobilidade caracteriza-se pela assimilação de novos elementos, sejam eles da área da fonologia, da sintaxe, da semântica, do léxico e também da pragmática. Este contacto com outras línguas levar-nos-á a considerar que é a metacognição que temos da nossa própria língua que nos permitirá desenvolver-nos e promover o próprio conhecimento linguístico e o do outro com quem nos deparamos.


P. M.

 


Bibliografia:

 

 

AZEVEDO, Joaquim, et al. (1999). Valores e cidadania: a coesão, a construção identitária e o diálogo intercultural: versão resumida [on-line].

<http://www.acime.gov.pt/docs/Publicacoes/Entreculturas/guia_diversidade.pdf >  [Consulta: 17 Agosto 2011].

 

BARTOLOMÉ PINA, M. (1997). Diagnóstico a la escuela multicultural Barcelona: Cedecs Edit.

 

BIZARRO, Rosa, et al. (2002). Educação intercultural, competência plurilingue e competência pluricultural: novos desafios para a formação de professores de Línguas Estrangeiras [on-line].

<http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/4373.pdf [Consulta: 17 Agosto 2011]

 

MONTEIRO, Ana Sofia, et al. /(2207). “Diferenças culturais: respeitar, acolher e integrar”. Cidade solidária;  Ano 10, n.º 18 (Jul. 2007).


2011/08/10

Plano de Preservação Digital: projeto de elaboração


A preservação da informação digital é complexa. Exige o desempenho ativo das organizações, a elaboração de políticas e planos pertinentes e a implementação de boas práticas. Atualmente estão a decorrer atividades, coordenadas pela Secretaria-Geral, que têm como objetivo a definição de estratégias e procedimentos que garantam a preservação das plataformas, bases de dados e documentos eletrónicos produzidos e mantidos por 19 organismos do Ministério, bem como o acesso continuado aos mesmos. Estas estratégias e procedimentos deverão ser reunidos num produto final designado por Plano de Preservação Digital, instrumento fundamental para a abordagem das séries documentais em suporte digital.


1.     Âmbito do projeto

Os organismos que integram o projeto atrás referido são:

- Agência Nacional para a Qualificação;

- Agência Nacional PROALV – Programa Aprendizagem ao longo da Vida;

- Conselho Nacional de Educação;

- Direção-Geral dos Recursos Humanos da Educação;

- Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Escolar (incluindo a Rede das Bibliotecas Escolares);

- Direção Regional de Educação do Alentejo;

- Direção Regional de Educação do Algarve;

- Direção Regional de Educação do Centro;

- Direção Regional da Educação de Lisboa e Vale do Tejo;

- Direção Regional de Educação do Norte;

- Editorial do Ministério da Educação;

- Gabinete de Avaliação Educacional;

- Gabinete Coordenador de segurança Escolar;

- Gabinete Coordenador do Sistema de Informação do Ministério da Educação;

- Gabinete de Estatística e Planeamento Educativo;

- Gabinete de Gestão Financeira;

- Inspeção Geral da Educação;

- Parque Escolar;

- Secretaria-Geral.

 

2.     Metodologia

O desenvolvimento do projeto tem por base a adoção do “referencial” elaborado pela Direcção-Geral de Arquivos e intitulado Recomendações para a produção de planos de preservação digital. De acordo com o documento atrás referido, a realização do projeto assenta em 5 fases e recorre aos anexos (modelos das folhas de recolha de dados) como instrumentos de trabalho.

Fases do projeto

1.     Apresentação;

2.     Identificação dos sistemas de informação (FRD Fase 2);

3.     Avaliação arquivística dos sistemas de informação (FRD Fase 3 A e FRD Fase 3 B);

4.     Caracterização tecnológica dos sistemas de informação identificados nas fases anteriores (FRD Fase 4);

5.     Planeamento e estratégia de preservação a partir da síntese das análises da avaliação arquivística e da caracterização tecnológica.

 

Organização do projeto

A.    Equipa de assessoria da Direcção-Geral de Arquivos que acompanha o projeto com as seguintes atividades:

- Reuniões de supervisão e validação no final de cada uma das fases do projeto;

- Emissão de recomendações através de reuniões de análise técnica,

- Emissão do parecer final.

 

B.    Grupo de trabalho, criado na Secretaria-Geral, constituído por um núcleo coordenador e por um núcleo de acompanhamento do projeto, com perfil multidisciplinar (integram o grupo funcionários com formação nas áreas da Informação e Documentação, das Tecnologias de Informação e Comunicação, da Formação e do Planeamento). Cabe a este grupo de trabalho coordenar e liderar o projeto através do desempenho das seguintes atividades:

- Definição da metodologia de trabalho;

- Planeamento, monitorização e controlo do projeto (ficha de projeto; cronograma e reuniões de controlo de progresso);

- Preparação e coordenação das sessões de formação;

- Normalização de procedimentos e uniformização dos elementos de informação;

- Centralização da informação recolhida, validação da mesma e elaboração da documentação final do projeto – Plano de Preservação Digital (reuniões de análise técnica).

 

C.    Rede de interlocutores nomeados pelos organismos participantes. São Interlocutores designados pela direção dos organismos a que pertencem, dotados dos conhecimentos técnicos que lhes permita responder às questões colocadas com o preenchimento das folhas de recolha de dados com vista à elaboração do Plano de Preservação Digital

 

D.    Equipas de colaboradores locais com conhecimento das bases de dados e outros sistemas de informação utilizados nas unidades orgânicas e unidades flexíveis dos organismos participantes e com conhecimento dos processos de negócios. Reportam à rede dos interlocutores acima referida.

Abordagem ao projeto

- Sessões de formação especializada organizadas em duas fases:

·       Fase 1 – Formação teórica para a rede de interlocutores nomeados pelos organismos participantes (agendadas nos dias 27, 28 e 29 de Junho do corrente ano).

·       Fase 2 – Formação prática (esclarecimento de dúvidas, validação e correção de dados) para a rede de interlocutores nomeados pelos organismos participantes (agendadas nos dias 12 e 13 de Setembro do corrente ano).

 

- Tutoria

Designação de 3 tutores (elementos do Grupo de Trabalho da Secretaria-Geral); atribuição a cada um dos representantes dos organismos participantes de um tutor, elemento chave no esclarecimento de dúvidas, na comunicação de instruções e ferramentas de trabalho e na recolha dos produtos (folhas de recolha de dados das Fases 2, 3 e 4 preenchidas).

 

- Reuniões de análise técnica

Realização de reuniões de análise técnica pelo Grupo de Trabalho da Secretaria-Geral e realização de sessões de trabalho colaborativas com os representantes dos organismos que aderem ao projeto.


FLC


2011/08/05

Exposição virtual - O Dia Internacional da Educação: Espólio Professora Maria Margarida Lucas Leal


A Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral nas Nações Unidas a 20 de Novembro de 1989 e ratificada por Portugal em 21 de Setembro de 1990, preconiza o direito à Educação. Segundo o artigo 28º “Os Estados Partes reconhecem o direito da criança à educação e tendo, nomeadamente, em vista assegurar progressivamente o exercício desse direito na base da igualdade de oportunidades”. Para além disso, o artigo 29º preconiza que “Os Estados Partes acordam em que a educação da criança deve destinar-se a promover o desenvolvimento da personalidade da criança, dos seus dons e aptidões mentais e físicos na medida das suas potencialidades.” 

Desta leitura se influi a enorme importância da educação na formação do ser humano e a relevância que adquirem os seus agentes, os professores. Como tal, associando-se à comemoração do Dia Internacional da Educação, foi realizada a exposição em torno do trabalho desenvolvido pelos docentes em contexto escolar. 

Foi escolhido o espólio da Professora Primária Maria Margarida Lucas Leal (27 de Setembro de 1936), apresentando-se uma seleção dos materiais doados em 1997. Tendo iniciado a sua carreira docente em 1957 em Santa Susana (a 15 Km do Redondo), esta professora desenvolveu a sua atividade profissional nos meios rurais do Alentejo. Deste percurso resultou a produção de inúmeros materiais didáticos utilizados em contexto das práticas pedagógicas, de uma forma inovadora e criativa. O recurso à imagem como forma de motivar o aluno é marcante em todos os seus trabalhos, que demonstram não só uma enorme compreensão dos discentes, mas também um profundo sentido pedagógico. Este espólio inclui manuais escolares, dossiers de trabalho e quadros explicativos de diferentes matérias. É o caso do abecedário, dos quadros didáticos para o ensino de conceitos matemáticos, como a tabuada, as frações ou os números decimais.


Material didático
ME/MMLL/76
Material didático, utilizado em contexto das práticas pedagógicas do ensino primário, para a aprendizagem dos fonemas. A função de todo o material didático é auxiliar o processo de ensino/ aprendizagem do aluno. Este material foi totalmente elaborado à mão pela Professora Maria Margarida Lucas Leal durante os anos em que lecionou, como resultado da experiência que desenvolveu com os seus alunos. Neste caso, podemos observar uma imagem dividida em duas que corresponde ao fonema ce = se e ci = si. No topo temos a imagem de cerejas em baixo a de um cisne.


Material didático
ME/MMLL/28
Material didático, utilizado em contexto das práticas pedagógicas do ensino primário, para a aprendizagem dos fonemas. A função de todo o material didático é auxiliar o processo de ensino/ aprendizagem do aluno. Este material foi totalmente elaborado à mão pela Professora Maria Margarida Lucas Leal durante os anos em que lecionou, como resultado da experiência que desenvolveu com os seus alunos. Neste caso, podemos observar vários desenhos explicativos do conceito de unidade. Estão desenhados três círculos coloridos com imagens para que, através da visualização, o aluno pudesse compreender mais facilmente o conceito.

Material didático
ME/MMLL/18
Material didático, utilizado em contexto das práticas pedagógicas do ensino primário, para a aprendizagem dos fonemas. A função de todo o material didático é auxiliar o processo de ensino/ aprendizagem do aluno. Este material foi totalmente elaborado à mão pela Professora Maria Margarida Lucas Leal durante os anos em que lecionou, como resultado da experiência que desenvolveu com os seus alunos. Neste caso, podemos observar a letra S, em maiúscula e minúscula, com diferentes tipos de grafia e imagens e palavras associadas.


Material didático
ME/MMLL/9
Material didático, utilizado em contexto das práticas pedagógicas do ensino primário, para a aprendizagem dos fonemas. A função de todo o material didático é auxiliar o processo de ensino/ aprendizagem do aluno. Este material foi totalmente elaborado à mão pela Professora Maria Margarida Lucas Leal durante os anos em que lecionou, como resultado da experiência que desenvolveu com os seus alunos. Neste caso, podemos observar a letra I, em maiúscula e minúscula, com diferentes tipos de grafia e imagem associada.



Material didático
ME/MMLL/46
Material didático, utilizado em contexto das práticas pedagógicas do ensino primário, para a aprendizagem dos fonemas. A função de todo o material didático é auxiliar o processo de ensino/ aprendizagem do aluno. Este material foi totalmente elaborado à mão pela Professora Maria Margarida Lucas Leal durante os anos em que lecionou, como resultado da experiência que desenvolveu com os seus alunos. Neste caso, podemos observar o número 5, em algarismo árabe e por extenso, com uma imagem correspondente.


Material didático
ME/MMLL/72
Material didático, utilizado em contexto das práticas pedagógicas do ensino primário, para a aprendizagem dos fonemas. A função de todo o material didático é auxiliar o processo de ensino/ aprendizagem do aluno. Este material foi totalmente elaborado à mão pela Professora Maria Margarida Lucas Leal durante os anos em que lecionou, como resultado da experiência que desenvolveu com os seus alunos. Neste caso, podemos observar uma imagem que corresponde à contagem das unidades. No topo encontra-se desenhada a quantidade de dezenas: 10 + 10 + 10. Por baixa estão as imagens ilustrativas, três cachos de uvas, cada um com 10 bagas. Em baixo pode ler-se : 3 dezenas = 30 (trinta).

MJS


2011/08/01

Museu Virtual da Educação: 30.000 registos disponíveis na base de dados

O Museu Virtual da Educação é uma base de dados que disponibiliza e divulga peças do património museológico da educação que integram as coleções pertencentes a 144 estabelecimentos de ensino e outras entidades, sob a tutela do Ministério da Educação e Ciência.