2025/03/24

Muitos Anos de Escolas – Volume I – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941 – Capítulo III - O Ensino Primário Oficial


 

(Imagem de um quadro que representa o Marquês de Pombal. Retirada da internet)


III – O Ensino Primário Oficial

    1. As Medidas do Marquês de Pombal

    2. D. Maria I e as Escolas

    3. As Escolas dos Corpos Militares – As Primeiras Escolas Normais

    4. A Legislação Liberalista

 

No terceiro capítulo, as autoras apontam algumas das medidas tomadas pelo Marquês de Pombal para revitalizar o ensino. Em 1759 todas as escolas jesuítas foram extintas e o seu método de ensino foi proibido em Portugal. Para precaver os efeitos nocivos deste vazio, estabeleceu-se um novo regime de estudos e uma Diretoria-Geral na dependência do Estado, prevendo um ensino público e gratuito. Estabeleceu-se o currículo dos estudos menores: leitura, escrita, aritmética, educação religiosa e cívica, gramática latina, língua grega, retórica e filosofia.

Com a subida ao trono de D. Maria I deu-se o afastamento do Marquês de Pombal e seguiu-se uma nova linha orientadora das questões educativas: redução do vencimento dos professores, eliminação de subsídios e aposentação de alguns mestres mais idosos. O ensino público ficou novamente entregue às ordens monásticas. A monarca foi igualmente responsável pelo surgimento da Casa Pia de Lisboa em 1780 destinada a recolher e educar crianças em situações difíceis e em 1781 pela fundação da Escola Régia de Desenho.

Com as invasões francesas seguiu-se um período de grande turbulência e desorganização interna. Em 1815 foram criadas as Escolas dos Corpos de Linha, para membros do exército, que também beneficiaram a população civil.

A implantação do liberalismo em 1820 tornou livre o ensino e a abertura de escolas primárias, tendo sido criadas 59 novas escolas e aumentada a remuneração dos professores. No entanto, após a morte de D. João VI, a situação do ensino tornou-se bastante precária e até meados do século XIX as condições dos edifícios escolares não foram objeto de decisões oficiais.

 

 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume I – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941. Lisboa, Ministério da Educação – Direção-Geral da Administração Escolar, 1990.


MJS


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