IV – As
Escolas “Conde Ferreira”
No quarto
capítulo, referem-se as escolas criadas a partir do legado do Conde de
Ferreira. Joaquim Ferreira dos Santos (1782 – 1866), Conde de Ferreira, deixou
um testamento em que, a bem da educação nacional, incumbia os seus
testamenteiros de mandar construir e mobilar 120 escolas primárias, com a mesma
planta e respetiva casa do professor.
Estas
orientações denotam, por um lado, a inexistência de instalações apropriadas
para as salas de aula e, por outro, a responsabilidade do estado na gestão
deste legado e do volume de obras a empreender. Desta forma foi publicada a 20
de julho de 1866 uma Portaria que estabeleceu diferentes orientações para o
projeto, nomeadamente a localização, dimensão e conceção dos edifícios
escolares, bem como o mobiliário oficial.
Apesar
de ser o primeiro “projeto-tipo”, as Escolas Conde de Ferreira não foram
construídas na totalidade e as suas condições acabaram por ser precárias e de
má qualidade.
Também
merecem referência as Escolas Grandella,
edificadas por Francisco de Almeida Grandella (1853 – 1934) junto de povoações
com vilas operárias, cumprindo funções educativas e cívicas.
Nas
grandes cidades, como Lisboa e Porto, as construções escolares estiveram a
cargo das Câmaras Municipais. Durante o primeiro mandato de Elias Garcia (1830
– 1891) foi criada a Escola Municipal n.º 1, à qual se seguiram outras,
fundadas através de doações de particulares.
Fonte: BEJA, Filomena, et al.
Muitos Anos de Escolas – Volume I –
Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941. Lisboa, Ministério da
Educação – Direção-Geral da Administração Escolar, 1990.
MJS
Sem comentários:
Enviar um comentário