IV – A
Necessidade de Novos Edifícios e de uma Nova Rede Escolar
3 - Uma
Lei de Construções Escolares
4 - A
Evolução dos Novos Edifícios
De
acordo com a Lei n.º 2107 de 5 de abril de 1961, eram promulgadas as bases de
um novo Plano de Construções para o Ensino Primário, executado pela Direção
Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Estas medidas abrangeriam escolas,
cantinas, mobiliário e apetrechamento. O Novo Plano não tinha datas definidas e
foi financeiramente suportado pelo Orçamento do Estado e pelas Câmaras
Municipais.
A
DOCEP lançou a construção de edifícios Tipo Urbano de 4, 6 e 8 salas, todos com
primeiro andar, partindo da ampliação sucessiva dos edifícios de 1 sala, que
deixaram de ser construídos. O Tipo Rural deixou de ser um exclusivo de zonas
remotas e pouco evoluídas, passando a ser adotado quando a população escolar
necessitava apenas de 1 ou 2 salas de aula. O tipo de material utilizado passou
a ser o betão, substituindo a madeira. Em 1966 as construções passaram a
designar-se Tipo Urbano 2 e Tipo Rural 2.
A escolaridade
obrigatória foi alargada para 6 anos em 1964, com a criação do Ciclo
Complementar. Em 1969 as competências da DOCEP passam para a Direção das
Instalações para o Ensino Primário.
Com as
alterações aos planos curriculares e com novos métodos de ensino, foram
estabelecidos contatos com peritos estrangeiros, no sentido de aperfeiçoar a
relação espaço-criança-ensino. Foi então criada a Escola Piloto de Mem-Martins
com espaços abertos, estímulo à criatividade e à liberdade dos alunos.
Em
1971 a Direção-Geral das Construções Escolares estudou esta nova dinâmica e
apresentou um estudo de adaptação dos projetos-tipo à nova conceção pedagógica:
salas de aula mais amplas, criação de salas de trabalhos manuais; remodelação
das instalações sanitárias; novos equipamentos como painéis de parede;
construção de um pequeno recreio coberto. Foram assim criados o Tipo Urbano e o
Tipo Urbano 3. Verificou-se, no entanto, a necessidade de converter e ampliar
muitas das escolas existentes.
Fonte: BEJA, Filomena, et al.
Muitos Anos de Escolas – Volume II –
Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa,
Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.
MJS
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