2025/07/07

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: João Diogo (1868 – 1923)

 

(Imagem do autor retirada da internet)


 

João Diogo do Carmo nasceu a 14 de abril de 1868, em Lamego, filho de um médico que faleceu quando tinha 11 anos. Frequentou a Escola Politécnica do Porto onde se formou em Ciências Físico-Naturais.

A sua vida profissional iniciou-se com a docência no Liceu e no Colégio de Lamego. Mais tarde, já no Porto, exerceu funções de professor no Colégio de Santa Maria, no Colégio Nossa Senhora da Glória e no Colégio São João da Foz do Douro.

Em 1902 publicou A nova reforma do ensino secundário em França. Em 1905 tornou-se proprietário do Colégio de Nossa Senhora da Boavista, no Porto, do qual foi diretor até 1923. Em 1906 criou um jardim de infância anexo ao Colégio, tendo adotado o método fröbeliano. Este método encarava a educação como um processo global de transmissão de conhecimentos académicos, físicos, emocionais e sociais. Salientava a importância do brincar e da exploração do mundo ao redor da criança, sendo o educador um mediador no processo de aprendizagem.

Em 1909 introduziu os trabalhos manuais de cartonagem e modelação na instrução primária e em 1912, os trabalhos em madeira, vidro e ferro. Neste ano fundou igualmente a Biblioteca da Educação, uma coleção de livros da Livraria Chardron, com o objetivo de orientar pais e professores na educação da criança.

Em 1913 apresentou ao parlamento a proposta de criação de uma Escola Nova de caráter público, que foi rejeitada. João Diogo sempre defendeu esta corrente, criticando a escola tradicional. A Base XII da proposta de lei definiu alguns princípios básicos da escola nova portuguesa:

- educação física: vida ao ar livre, trabalhos manuais obrigatórios, agricultura e jardinagem;

- educação intelectual: ausência de memorização, privilegiando a reflexão, adoção do método científico e aplicação da psicologia;

- educação moral: liberdade moral que remeta para uma regra individual que venha de dentro para fora, educação para a responsabilidade e autonomia, mérito pessoal e neutralidade religiosa.

No seu Colégio, o educador pôs em prática estes princípios, valorizando os trabalhos manuais, encaminhando os alunos para as suas aptidões profissionais, fazendo visitas de estudo, colónias de férias, sociedades literária e musicais, entre outros. João Diogo instituiu um código de conduta, os 13 preceitos de Franklin: “temperança, silêncio, ordem, resolução, economia, trabalho, sinceridade, justiça, moderação, asseio, tranquilidade, castidade e humildade”. 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.


MJS


2025/07/03

As Bibliotecas e a História - A Casa da Sabedoria - Bagdade (atual, Iraque)

 

«Uma biblioteca, antes de o leitor exercer uma escolha, é como o caldo primordial de átomos do qual toda a vida emergiu. Está tudo ao alcance de uma pergunta: cada ideia, cada metáfora, cada história, a identidade de cada leitor individual.»

                                                           (Alberto Manguel, pág. 16)

 

A capital do Iraque, Bagdade*, desde sempre tem desempenhado um papel de grande relevo na vida cultural árabe, sendo o lar de escritores, músicos e artistas de todas as áreas. Se recuarmos ao século IX e percorrermos as artérias da atual capital do Iraque, deparamos com um verdadeiro caldo de culturas e uma miscelânea de línguas e de ideias. Na verdade, desde cedo, esta grande cidade tornou-se rapidamente um centro cultural mundial, acolhendo mais de um milhão de habitantes.

* Nota: Bagdá ou Bagdade ou Baguedade ou Bagdad; Fonte: https://pt.wikipedia.

 

Retrato de al-Mansur.
Fonte: https://pt.wikipedia

 

História e Fundação

Em meados do século IX, no coração deste fervilhar de diversidade, foi criada a Grande Biblioteca de Bagdade, também conhecida como Casa da Sabedoria (“Bayt al-Hikma”). Foi mandada erigir pelo segundo califa da dinastia abássida Abu Jafar al-Mansur, ou Almançor (reinou: 754 - 775), homem de elevado intelecto e amante das artes e da ciência, sendo mais tarde ampliada pelo seu filho Almamune (reinou: 813 - 833).

Muitos mestres eruditos muçulmanos fizeram parte deste centro educacional, partilhando informação, ideias e cultura. Como diríamos nos tempos de hoje, a Grande Biblioteca tornou-se um centro incubador do saber, atraindo estudiosos e académicos de todo o mundo, todos contribuindo para o progresso e o conhecimento do mundo. Durante a vigência de Almamune, foram construídos observatórios e a Casa da Sabedoria tornou-se o centro de estudo das humanidades e das ciências, agrupando a matemática, a astronomia, a medicina, a alquimia e a química, a zoologia, a geografia e a cartografia. Partindo de textos persas, indianos e gregos (ex.: Pitágoras, Aristóteles, Hipócrates, Euclides), os estudiosos acumularam uma grande coleção de saber sobre o qual desenvolveram as bases para novas descobertas. Bagdade tornou-se conhecida como a cidade mais rica do mundo e verdadeiro centro do desenvolvimento intelectual.

 

«À semelhança dos seus predecessores de Alexandria, os bibliotecários europeus procuraram Aristóteles e encontraram-no, meticulosamente editado e anotado por eruditos muçulmanos como Averróis e Avicena, seus principais intérpretes no Oriente e no Ocidente.

A adoção de Aristóteles pelos árabes começa por um sonho. Certa noite do início do século IX, o califa al-Ma’mun, filho do quase lendário Harune Arraxide, sonhou com uma conversa. O interlocutor do califa era um homem pálido, de olhos azuis, fronte ampla e cenho franzido, sentado num trono, como um rei. O homem (o califa reconheceu-o com a segurança que nos assiste a todos num sonho) era Aristóteles, e as palavras secretas que trocaram inspiraram o califa a recomendar aos eruditos da Academia de Bagdade que consagrassem os seus esforços, dessa noite em diante, à tradução do filósofo grego.»

 

(Alberto Manguel, págs. 254 - 255)

 

Atividade e Importância

As atividades da Biblioteca eram muito diversas e intensas. Nesta espécie de “academia”, tradutores, cientistas, escribas, autores, homens de letras e escritores costumavam reunir-se no final de cada dia a fim de traduzir, ler, escrever, debater e dialogar. O conceito de "catálogo de biblioteca" foi introduzido na Casa da Sabedoria e noutras bibliotecas medievais, nas quais os livros eram organizados por géneros e categorias específicas.  De referir que muitos manuscritos e livros sobre os mais variados assuntos científicos, e em diversos idiomas, foram traduzidos na Casa da Sabedoria. De facto, uma das facetas mais desenvolvidas pela biblioteca foi a da tradução. Como consequência, a Casa da Sabedoria ou Casa do Saber, para além das funções de biblioteca ganhou renome como centro de traduções à época. Foi, mesmo, uma instituição chave no denominado “movimento das traduções”.

 

O Movimento das Traduções

O “movimento de tradução” não era apenas um projeto; era uma cruzada empreendida pelo conhecimento. Foi iniciado pelo Califa Almamune, o responsável pela expansão da Casa da Sabedoria. Enviou estudiosos às bibliotecas do mundo inteiro para compulsar os seus textos mais antigos; textos que acumulavam o saber de milénios. Chegados a Bagdade, estes textos de autoria dos mais reputados sábios e filósofos não eram apenas traduzidos –  eram lidos, vertidos para o árabe, glosados com comentários e enriquecidos com ulteriores apontamentos. Este acumular de ideias despoletou novas correntes filosóficas e propalou o avanço das mais diversas disciplinas: matemática, medicina, engenharia, etc. A Casa da Sabedoria adquiriu reputação como centro de aprendizagem e em muito contribuiu para que Bagdade se tornasse o epicentro do mundo medieval.

 

Cerco de Bagdade (1258).
Fonte: https://pt.wikipedia

 

Invasão e Catástrofe

Em 1258 uma calamidade atingiu a Casa da Sabedoria. A geopolítica do Oriente e da Europa, viu-se ameaçada por um poder militar que não encontrava paralelo: o Império Mongol e a sua imparável vontade e poder expansionista. Bagdade, cidade onde tanta riqueza se havia acumulado, era um alvo cobiçado. Com a chegada e o assalto dos mongóis, séculos de tesouros e bens acumulados foram vandalizados e saqueados. Mesquitas e palácios, tudo foi destruído e incendiado. O mesmo fim teve a Casa da Sabedoria, meca para a comunidade mundial de estudiosos, reduzida a ruínas e cinzas. Segundo reza a lenda, foi atirado para o rio Tigre um número tão elevado de manuscritos que as suas águas ficaram tingidas do negro da tinta. A destruição do edifício e dos manuscritos que continha no seu interior representou a quase completa extinção de todo um vasto conjunto de conhecimento acumulado. Conhecimento tão vasto e importante que poderia ter alterado de modo radical o curso da história da humanidade. Trabalhos de investigação com caráter único e importância sem paralelo – por exemplo nas áreas da matemática e álgebra –, foram, simplesmente, dizimados.

Esta catástrofe significou a perda para o mundo, de um momento para o outro, da possibilidade de grandes descobertas e avanços. A perda de obras como a de Euclides “Elementos de Geometria”, por exemplo, não só apagou traços fundacionais da geometria e do cálculo, como também restringiu avanços que poderiam ter surgido mais cedo, por exemplo, na área da arquitetura. Se a Casa da Sabedoria não tem ardido não se teriam perdido, igualmente, avanços importantes efetuados no domínio da astronomia, há muito iniciados com Ptolomeu.

 

Em conclusão, a história da Casa da Sabedoria representou o esforço de um povo na preservação e disseminação do conhecimento; mas não só na preservação da sua própria história, como também da história de muitas civilizações antigas.

 

JMG


REFERÊNCIAS E SUGESTÕES DE LEITURA:

(BIBLIOGRAFIA, WEBGRAFIA e ILUSTRAÇÕES)

 

BARBIER, Frédéric (2018). De Alexandria às bibliotecas virtuais. São Paulo: EDUSP.

FÉBVRE, Lucien; MARTIN, Henri-Jean (2000). O aparecimento do livro. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

LYONS, Jonathan (2011). A casa da sabedoria. Lisboa: Editorial Presença.

MANGUEL, Alberto (2010). Uma história da leitura. Lisboa: Editorial Presença.

THOMPSON, James Westfall (1940). Ancient libraries. Berkeley: University of California Press.

VALLEJO, Irene (2020). O infinito num junco. Lisboa: Bertrand Editora.

WIKIPEDIA (2025). Al-Mansur. [em linha]. [Consult. 22.04.2025]. Disponível: https://en.wikipedia.org/wiki/Al-Mansur

WIKIPEDIA (2024). Almançor (califa). [em linha]. [Consult. 06.05.2025]. Disponível: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alman%C3%A7or_(califa)

WIKIPEDIA (2024). Bagdade. [em linha]. [Consult. 14.05.2025]. Disponível: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bagd%C3%A1

WIKIPEDIA (2024). Casa da sabedoria. [em linha]. [Consult. 17.04.2025]. Disponível: https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_da_Sabedoria

WIKIPEDIA (2023). Cerco de Bagdá. [em linha]. [Consult. 20.05.2025]. Disponível: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerco_de_Bagd%C3%A1_%281258%29


2025/06/30

Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70 – Capítulo I – O Plano dos Centenários (Parte 2)

 

(Imagens do edifício Rogério de Azevedo - Tipo Douro (1935) e, em baixo, o mesmo edifício modificado pela DENN)


 

I – O Plano dos Centenários

3.    As Primeiras Escolas dos Centenários

 

Em 1941 a Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais decidiu avançar com a construção de 200 edifícios que se distribuiriam da seguinte forma:

Região Norte – Braga, Porto e Viana do Castelo;


(Imagem da geminação de um edifício de 1 sala - Tipo Alto Minho - Alçado principal e planta)


Região Centro – Aveiro, Coimbra e Leiria;


(Imagem da geminação de um edifício de 1 sala - Tipo Beira Litoral - Alçado principal e planta)


Região Lisboa – Lisboa, Santarém e Setúbal;


(Imagem da geminação de um edifício Raul Lino de 1 sala - Tipo Alentejo e Ribatejo, 1942)


Região Sul – Beja e Faro.

(Imagem do projeto especial para a Escola primária de Monte Branco, vendas Novas do Arq. Alberto de Sousa)


Cada uma destas regiões contaria com um total de 50 escolas:

30 de 1 sala de aula;

10 de 2 salas de aula;

6 de 3 salas de aula;

4 de 4 salas de aula.

No que respeitava ao tipo de projetos ficou decidido que o Norte iria adotar os tipos Rogério de Azevedo, com modificação da porta do tipo Douro. No Centro vigoraria o tipo Beira Litoral de Rogério de Azevedo (Aveiro e Coimbra) e o tipo Estremadura – Cantaria de Raúl Lino (Leiria).

Nos casos em que a falta de instalações obrigasse à frequência de alunos de ambos os sexos, determinou-se em 1939, que essa frequência fosse feita por dois turnos, evitando a coeducação. Existiam igualmente as Escolas Duplas, edifícios geminados, totalmente independentes.

A execução das primeiras escolas do Plano dos Centenários foi difícil, uma vez que os materiais escasseavam, em virtude do eclodir da Segunda Guerra Mundial.

O balanço das 200 escolas que se pretendiam construir foi, em 1945, o seguinte:

Direção dos Edifícios do Norte – 44 edifícios com 94 salas;

Direção dos Edifícios do Centro – 25 edifícios com 48 salas;

Direção dos Edifícios do Sul – 1 edifício com 2 salas;

Direção dos Edifícios Lisboa – 0 edifícios.

 

 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa, Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.


MJS


2025/06/26

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: Jaime Cortesão (1884 – 1960)

 

 

(Fotografia do autor retirada da internet)


Jaime Zuzarte Cortesão nasceu a 29 de abril de 1884 em Ançã, Cantanhede, filho de António Augusto da Silva Cortesão, médico e professor e de Norberta Cândida Zuzarte.

Realizou os seus estudos liceais em Coimbra e decidiu cursar Medicina, tendo frequentado as Universidades de Lisboa, Porto e Coimbra onde concluiu o curso em 1910. A sua tese final versou sobre A Arte e a Medicina (Antero de Quental e Sousa Martins). Ainda durante o curso fundou em 1907, juntamente com outros intelectuais, a revista Nova Silva e em 1910, A Águia. Impulsionou a Renascença Portuguesa e dirigiu o seu periódico, A Vida Portuguesa, iniciado em 1912, ano em que casou com Carolina Ferreira Cortesão.

Este movimento da Renascença Portuguesa pretendia divulgar publicações de pedagogia cívica e de consciência moral, colocando em primeiro lugar a importância da educação popular como motor do progresso. A educação do povo era a solução para a sua precaridade financeira e cultural.

Fixou residência no Porto lecionando no Liceu Rodrigues de Freitas entre 1911 e 1915, altura em que foi eleito deputado. Defensor da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, integrou o Corpo Expedicionário Português como capitão-médico.

Em 1916 publicou a Cartilha do Povo que obteve grande divulgação. No ano de 1919 foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional. Em 1921 foi um dos fundadores da Seara Nova, colaborando em várias obras.

Participou na tentativa de golpe de estado contra a ditadura, motivo pelo qual teve de abandonar o cargo na Biblioteca Nacional, em 1927, e exilou-se no estrangeiro, onde continuou a atividade política. Em 1940, em virtude da invasão da França no deflagrar da Segunda Guerra Mundial, voltou a Portugal onde esteve preso. Foi-lhe permitida a saída para o Brasil, onde viveu até 1955 desempenhando funções como professor e historiador, especializando-se na época dos Descobrimentos.

Regressou a Portugal em 1957 onde se envolveu na campanha de Humberto Delgado. Esteve preso, mais uma vez e em 1958 foi eleito presidente da Sociedade Portuguesa Escritores.

 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.


 MJS

 

2025/06/23

Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70 – Capítulo I – O Plano dos Centenários (Parte I)

 

I – O Plano dos Centenários

        1     As Comemorações

        2     Uma Nova Rede Escolar

 

Em 1938, as disposições governamentais denotaram uma prioridade clara na educação política do povo e só depois na instrução das crianças. Era necessário estabelecer uma rede de escolas, mas de malha pouco densa evitando gastos supérfluos, na construção de edifícios e na colocação de professores.


(Imagem do Pavilhão do Recreio Infantil do Jardim do Campo Pequeno, 1949)


No que respeitava à escolaridade dos adultos, o governo previa que o analfabetismo fosse suprido através da emigração, do serviço militar e de outras condicionantes legais.


(Imagem do Recreio Infantil do Campo Pequeno, 1949)



Como tal, embora a educação do povo não fosse a prioridade, era necessário construir edifícios escolares que tivessem impacto social e político. Em 1940 o governo anuncia a execução de um plano geral da rede escolar que viria a ser denominado como as “Escolas dos Centenários”, no seguimento da celebração da fundação de Portugal e da Restauração (1140 – 1940).


(Imagem do Parque Infantil do Jardim de S. Pedro de Alcântara, 1932)


Foram várias as iniciativas que melhoraram ou criaram vários jardins-infantis em diversas cidades. Data de 1931 a legalização da Associação Nacional de Parques Infantis, seguindo-se a criação do primeiro parque no Jardim de S. Pedro de Alcântara em 1932 e o do Campo Grande em 1934.


(Imagem do original manuscrito do Plano dos Centenários, 1939)


Quanto à definição da Rede Escolar, o processo foi mais demorado até à publicação da Rede de Escolas do ensino primário elementar e dos postos escolares. Aqui se encontravam mapas de estimativas de despesas, distribuição de verbas e o número de escolas e salas de aula a construir por concelho.

 

 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa, Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.


MJS


2025/06/19

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: Jaime Carvalhão Duarte (1897 – 1972)

 

(Imagem do autor retirada da internet)

Jaime Carvalhão Duarte nasceu em Tinalhas, Castelo Branco, a 9 de junho de 1897. Frequentou o ensino primário nesta localidade e ingressou na Escola Normal de Castelo Branco onde concluiu o magistério primário em 1915.

O exercício da docência fez com que tivesse lecionado em várias escolas até ter sido colocado em Vila Moreira, Alcanena, entre 1919 e 1927.

Entre 1927 e 1931 foi professor na escola primária do Instituto do Professorado Primário em Lisboa. Durante 1928 e 1935 acumulou este cargo com o de professor de ginástica pedagógica no Refúgio da Tutoria Central da Infância, de onde foi afastado por motivos políticos.

Carvalhão Duarte foi inspirado pelas teorias da Escola Nova e do ensino ativo. Teve uma importante atividade ao nível do sindicalismo na direção da União do Professorado, ilegalizada em 1930. Neste ano entrou para o jornal República e tornou-se seu diretor entre 1941 e 1972, fomentando a oposição ao regime e acompanhando as atividades do MUD.

No que respeita ao seu pensamento pedagógico, o educador privilegiou os seguintes temas:

- a existência de uma escola pública, assente no principio de igualdade e gratuidade;

- a coeducação;

- a instituição da escolaridade obrigatória;

- a utilização de meios de ação educativa inspirados pelas teorias da Escola Nova;

- a democratização do acesso à escola e novos princípios básicos de estruturação curricular;

- a formação de professores.

 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.

 

 

2025/06/16

Peça do mês de junho/2025

 



Imagem parietal de espécie animal/Estrela-do-mar

 

Quadro parietal com a representação da anatomia de uma estrela-do-mar para ilustração das matérias de zoologia e biologia. O quadro encontra-se dividido em duas partes: a parte superior ocupa cerca de um terço do espaço total e é preenchida por uma ilustração de duas estrelas-do-mar no seu habitat natural; a parte inferior ocupa os restantes dois terços do espaço e apresenta uma ilustração sobre fundo preto com cortes do corpo de uma estrela-do-mar no qual é possível ver alguns dos seus órgãos.

Está inventariado com o número ME/401250/1944 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária D. Dinis.


MJS

 

2025/06/12

Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70 - Apresentação

 

Da autoria de Filomena Beja, Júlia Serra, Estella Machás e Isabel Saldanha, a obra Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70, tem como propósito contribuir para um conhecimento mais amplo dos projetos-tipo escolares construídos dos anos 40 aos anos 70. Abarca não apenas o contexto arquitetónico, mas também as ocorrências políticas, sociais e conceções de ensino.

Os artigos que se seguirão dão a conhecer um pouco desta obra, seguindo a lógica interna da subdivisão por capítulos (p. 7):

 

(Imagem do Índice da obra)

 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume II – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário – Anos 40 – Anos 70. Lisboa, Ministério da Educação – Departamento de Gestão de Recursos Educativos, 1996.


MJS

2025/06/09

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: Irene Lisboa (1892 – 1958)


(Fotografia da autora retirada da internet)


Irene do Céu Vieira Lisboa nasceu a 25 de dezembro de 1892 em Arruda dos Vinhos, filha de Luís Emílio Vieira Lisboa, advogado e de Maria Catarina, uma jovem camponesa. Aos 3 anos foi abandonada pela mãe e passou a viver com a companheira do seu pai e também sua madrinha, dividindo o seu tempo entre Lisboa e a quinta da Arruda dos Vinhos.

Foi educada no Convento do Sacramento onde estudou durante quatro anos, seguindo-se o Colégio Inglês, onde entrou com 10 anos como aluna interna. Depois de um confronto com o pai e a sua nova companheira, Irene mudou-se definitivamente para Lisboa e ingressou no Liceu Maria Pia aos 15 anos. Apercebendo-se que a quinta da Arruda estava a ser delapidada, pretendeu tomar a direção da casa, mas acabou por ser deserdada. Sem qualquer fonte de rendimento, trabalhou como governanta em casas particulares e foi viver para Belas com o seu padrinho.

Este contexto familiar tumultuoso foi bastante importante no desenvolvimento da autora: a ausência de vínculos afetivos e familiares na construção da sua identidade, bem como o facto de nunca ter sido reconhecida como filha legitima do seu pai em muito contribuíram para a sua dedicação à pedagogia infantil.

Em 1911 iniciou a frequência da Escola Normal Primária de Lisboa e em 1913 começou a escrever para o jornal estudantil Educação Feminina. Em 1914 concluiu o curso e lecionou em várias escolas como professora primária. Tornou-se efetiva na Escola do Beato, onde contatou com uma população pobre e carenciada. Este facto fez com que se centrasse nos problemas socioeconómicos e na forma como estes podiam influenciar a instrução e a aprendizagem, bem como na maneira de encarar a função do professor.

Com a abertura de duas classes infantis na Escola da Tapada da Ajuda, e devido à falta de professores especializados, a educadora preparou-se para lecionar a crianças desta idade. Neste sentido, inscreveu-se no primeiro curso de especialização em ensino infantil na Escola Normal de Lisboa que concluiu em 1923.

A sua experiência profissional permitiu-lhe compreender a importância da articulação da teoria e da prática em sala de aula. Para enfatizar este tema publicou o artigo “Escola atraente” na Revista Escolar em 1926.

No que respeita à sua produção textual, surgiram dois tipos de escrita: a literatura para crianças e os textos pedagógicos, fruto do desempenho das suas funções. Em 1929 publicou O livro da 2.ª para eu ler, com ilustrações de Ilda Moreira. Também neste ano iniciou a sua colaboração com a Seara Nova. Durante a década de 20 foram inúmeras as publicações para os mais novos.

Entre 1929 e 1934 foi bolseira do Instituto Nacional da Educação o que lhe permitiu prosseguir estudos em Genebra, Bruxelas e Paris. Frequentou o Instituto Jean-Jacques Rousseau, onde contatou com figuras como Jean Piaget ou Édouard Claparède.

Em 1933, já em Portugal, foi nomeada Inspetora-orientadora do ensino primário e infantil. Em 1935, durante uma palestra em Coimbra, Irene Lisboa defendeu alguns dos seus conceitos chave para o ensino: o professor devia ser autónomo e o responsável pela mudança de paradigmas. Por outro lado, a inovação deveria assentar quer na experiência de ensino, quer no estudo teórico. Durante este ano começou a dar aulas de Pedagogia e Didática Especial na Escola do Magistério Primário em Lisboa.

Devido às suas posições, que contestavam o controlo ideológico do estado em relação aos docentes, a educadora foi afastada dos seus cargos passando a desempenhar funções burocráticas no Instituto de Alta Cultura. Em 1937 as classes infantis foram extintas e Irene Lisboa foi forçada a aceitar um lugar na Escola do Magistério Primário em Braga. Não aceitou a situação e pediu a aposentação.

A partir de então, dedicou-se à escrita: literatura infantil, poesia, textos de pedagogia, contos, crónicas e novelas. As suas críticas à forma de organização do ensino e o apelo à liberdade e criatividade do pessoal docente fez com que muitas vezes publicasse sob pseudónimos como João Falco, Manuel Soares ou Maria Moira.

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.

 

MJS


2025/06/05

Exposição Virtual: "Os Açores em Postais"

 

O arquipélago dos Açores é constituído por 9 ilha, divididas em 3 grupos: Grupo Ocidental (Corvo e Flores), Grupo Central (Faial, Graciosa, Pico, São Jorge e Terceira) e Grupo Oriental (Santa Maria e São Miguel), situados na zona nordeste do Oceano Atlântico sobre a Dorsal Média Atlântica.

Pensa-se que algumas ilhas já eram conhecidas desde o século XIV, mas oficialmente foi em 1431 que Gonçalo Velho chegou à Ilha de Santa Maria, prosseguindo o reconhecimento das outras ilhas. Cerca de 1432 Santa Maria começou a ser povoada por iniciativa do Infante D. Henrique. O sistema adotado foi o das capitanias. Em 1450, Diogo de Teive descobre as Flores e o Corvo. Dada a sua importância estratégica houve necessidade de construir zonas fortificadas por todo o arquipélago.

O clima dos Açores é temperado e ameno, com elevados níveis de humidade. As primeiras atividades económicas foram a produção de cereais e a criação de gado, seguidas pela produção de plantas tintureiras. No século XVII e XVIII apostou-se no cultivo do linho, das laranjas, do milho e da batata e deu-se inicio à emblemática atividade de caça de cetáceos.

No que respeita ao relevo, apresenta-se bastante acidentado, situando-se o ponto mais elevado na Ilha do Pico (2352 m de altitude). As Açores são ilhas de origem vulcânica, com expressão visível no Vale das Furnas na Ilha de S. Miguel e no Vulcão dos Capelinhos na Ilha do Faial. As condições climatéricas, bem como o isolamento e o relevo propiciaram o aparecimento de ecossistemas diversos.

Nesta exposição apresentam-se alguns postais de zonas turísticas do arquipélago, nomeadamente o traje tradicional e uma vista da freguesia da Capela na Ilha do Faial, o Parque Terra Nostra da Ilha de S. Miguel, uma das ruas principais e uma vista aérea de Angra do Heroísmo da Ilha Terceira, bem como uma imagem do da Ilha do Pico.


Postal

ME/ESDJC/193

Escola Secundária D. João de Castro

Postal a preto e branco de mulheres com capote, traje regional da Ilha do Faial (Açores), tendo em segundo plano a Ilha do Pico. No verso, é identificado o local tendo ainda o carimbo da "Escola Secundária D. João de Castro". Integra um conjunto de materiais audiovisuais da antiga Escola D. João de Castro, utilizados no contexto das atividades pedagógicas, nomeadamente nas disciplinas de História/Geografia.



Postal

ME/ESDJC/199

Escola Secundária D. João de Castro

Postal a preto e branco de um trecho do Parque Terra Nostra, na Ilha de S. Miguel (Açores). No rodapé do postal é identificado o local, a letras pretas sobre fundo branco, e a casa produtora, "Foto Toste", casa adquirida pelo fotógrafo Gilberto Nóbrega (1919-2003) na década de 1950. No verso tem o carimbo da "Escola Secundária D. João de Castro". Integra um conjunto de materiais audiovisuais da antiga Escola D. João de Castro, utilizados no contexto das atividades pedagógicas, nomeadamente nas disciplinas de História/Geografia.



Postal

ME/ESDJC/188

Escola Secundária D. João de Castro

Postal a preto e branco da Rua da República em Angra - Ilha Terceira (Açores), vendo-se as fachadas do edifício do lado esquerdo e o início da escadaria da Sé Catedral, do lado direito, provavelmente nos anos 40/50 do século XX. No verso, é identificado o local, tendo ainda o carimbo da "Escola Secundária D. João de Castro". Integra um conjunto de materiais audiovisuais da antiga Escola D. João de Castro, utilizados no contexto das atividades pedagógicas, nomeadamente nas disciplinas de História/Geografia.




Postal

ME/ESDJC/177

Escola Secundária D. João de Castro

Postal a preto e branco com vista aérea da cidade de Angra - Ilha Terceira (Açores). Em baixo, é identificada a denominação do postal e autoria da fotografia ("Foto-Lilaz", de Arnaldo Bettencourt, criada na década de 1940), a letras azuis sobre fundo branco. No verso, encontra-se o carimbo da "Escola Secundária D. João de Castro". Integra um conjunto de materiais audiovisuais da antiga Escola D. João de Castro, utilizados no contexto das atividades pedagógicas, nomeadamente nas disciplinas de História/Geografia.



Postal

ME/ESDJC/150

Escola Secundária D. João de Castro

Vista aérea da Ilha do Pico (Açores). No canto inferior direito existe a marca do fotógrafo Jovial, da casa Foto Jovial, situada na cidade da Horta e criada na década de 1940. No verso encontra-se o carimbo da "Escola Secundária D. João de Castro". Fotografia a preto e branco que integra um conjunto de materiais audiovisuais da antiga Escola D. João de Castro, utilizados no contexto das atividades pedagógicas, nomeadamente nas disciplinas de História/Geografia.



Postal

ME/ESDJC/141

Escola Secundária D. João de Castro

Fotografia a preto e branco de uma estrada na freguesia da Capela - ilha do Faial (Açores), onde é possível visualizar um autocarro. No canto inferior direito é identificado o fotógrafo Jovial, da casa Foto Jovial, situada na cidade da Horta e criada na década de 1940. No verso existe o carimbo da "Escola Secundária D. João de Castro". Integra um conjunto de materiais audiovisuais da antiga Escola D. João de Castro, utilizados no contexto das atividades pedagógicas, nomeadamente nas disciplinas de História/Geografia. Cor: Monocromática; Polaridade: Positivo; Tipo: Opaca; Orientação: Horizontal.


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2025/06/02

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: Francisco José Cardoso Júnior (1884 - 1969)

 

(Fotografia do autor retirada da internet)


Francisco José Cardoso Júnior nasceu a 14 de junho de 1884 em Vila Nova de Gaia, filho de Francisco José Cardoso, fundador d’ A Federação Escolar. Concluiu a 4.ª classe em Tabuaço e frequentou a Escola Industrial Brotero e o Instituto Industrial do Porto. Em 1908 obteve o diploma na Escola Normal do Porto.

Iniciou a sua vida profissional como professor primário em diversas instituições: Escola Central, Reformatório de Caxias e Escola Industrial do Infante D. Henrique, da qual se tornou diretor até à década de 1930.

Durante o período da primeira república assumiu diversos cargos públicos no Conselho Superior de Instrução Pública, na comissão de reforma do ensino primário e normal, entre outros. A partir de 1909 deu continuidade ao trabalho do seu pai n’ A Federação Escolar.

Participou em várias iniciativas associativas no plano sindical e cultural. Fez conferências e publicou diversos artigos em periódicos como o Boletim da Legislação Escolar, Educação Nova, Educação Portuguesa ou a Escola Nova.

A sua obra pode ser dividida em várias categorias, composta maioritariamente por transcrições de discursos e coletâneas de artigos. A partir de 1913 fez várias reflexões sobre o ensino artístico e os trabalhos manuais, que permitiam a atividade criativa e a educação estética dos alunos.

Posteriormente, dedicou-se aos métodos de ensino, sobretudo no que respeitava à leitura. Era um apoiante do método de aprendizagem global. Seguiram-se artigos sobre educadores e pedagogos de renome, com especial destaque para José Augusto Coelho e Pestalozzi Cardoso Júnior. Publicou ainda outros artigos educativos sobre o ensino infantil e outro tipo de temáticas relacionadas com a educação, não esquecendo a autoria de diversos manuais escolares.

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.


MJS

 

2025/05/29

Muitos Anos de Escolas – Volume I – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941 – Capítulo X - Os Projetos-Tipo Regionalizados – Escolas Raúl Lino e Rogério de Azevedo (Parte III)

 


(No topo, imagem do alçado principal da Escola-Cantina Salazar, Santa Comba Dão, Viseu, projeto da autoria do arquiteto Rogério de Azevedo em 1938. Em baixo, imagem do estudo para a fachada da Escola Masculina de Santa Comba Dão, Viseu, da autoria dos arquitetos Baltazar de Castro e Rogério de Azevedo)


 

X – Os Projetos-Tipo Regionalizados – Escolas Raúl Lino e Rogério de Azevedo-Parte III

 

Os projetos para as ilhas da Madeira e Açores não chegaram a ser iniciados, apesar de se ter levado em consideração um estudo prévio.

De acordo com os dados disponíveis estima-se que tenham sido concluídos 32 edifícios Raúl Lino com um total de 71 salas de aula (3 tipo Algarve, 17 tipo Alentejo-Ribatejo e 12 tipo Estremadura) e 56 edifícios Rogério de Azevedo num total de 105 salas de aula (10 tipo Trás-os-Montes, 12 tipo Alto Minho, 2 tipo Minho (tijolo), 16 tipo Douro, 9 tipo Beira Alta e 8 tipo Beira Litoral).

A partir de 1936, Carneiro Pacheco passou a deter a pasta de Ministro da Educação Nacional e foram tomadas várias medidas que pretenderam transmitir os ideais do Estado Novo através das instituições escolares:

- Criação da Junta Nacional de Educação com deliberações sobre o ensino;

- Obrigatoriedade de livros únicos;

- Obrigatoriedade da existência de um crucifixo nas salas de aula;

- Criação da Organização Nacional da Mocidade Portuguesa;

- Criação da Obra das Mães para a Educação Nacional;

- Revisão do programa do ensino primário, reduzindo a escolaridade obrigatória para o 3.º ano;

- Criação de postos escolares nos meios rurais;

- Atribuição de novas funções às Câmaras Municipais que ficavam obrigadas a fornecer instalações para as escolas e postos escolares (comparticipado pelo Estado), obedecendo ao principio da separação dos sexos;

- Definição da gratuitidade do ensino só para quem atestasse ser pobre, com pagamento de propinas de acordo com a situação financeira de cada família.

Em 1938, o Engenheiro Duarte Pacheco retomou o cargo de Ministro das Obras Públicas. De acordo com as diretivas da Presidência Conselho, terminaram-se as escolas em fase de acabamento, mas não houve qualquer orçamento para a construção de novos edifícios. Os únicos casos excecionais eram as escolas dos agrupamentos de casas económicas.

A interdição de construção de novas escolas só veio a ser revogado em 1941, altura em que se definiu o Plano dos Centenários.

 

 

Fonte: BEJA, Filomena, et al. Muitos Anos de Escolas – Volume I – Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941. Lisboa, Ministério da Educação – Direção-Geral da Administração Escolar, 1990.


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