Aepinus no Museu Virtual da Educação
Franz Maria Ulrich Theodor
Hoch Aepinus (1724 – 1802) foi um importante astrónomo, físico, matemático e
filósofo de origem alemã. A sua família tinha já uma tradição na área da
educação e da ciência, uma vez que o seu pai foi professor de teologia na Universidade
de Rostock.
Aepinus frequentou a universidade, tendo-se focado na área da
medicina e da matemática, dedicando-se ao estudo da trajetória dos corpos em
queda, às equações algébricas e diferenciais parciais, bem como aos números
negativos.
Em 1755 tornou-se diretor do
Observatório de Berlim e membro da Academia de Ciências de Berlim. Durante o
período em que dirigiu o observatório fez alguns trabalhos científicos de
grande importância na área da eletricidade, juntamente com o seu aluno Johan
Carl Wilcke: desenvolvimento das propriedades da turmalina e a mudança da
polarização em função da temperatura, neste e noutros metais. Chegou à
conclusão que as propriedades elétricas e magnéticas são da mesma natureza.
Em 1757 tornou-se membro da
Academia de Ciências da Rússia, altura em que se estabeleceu em São
Petersburgo, lecionando física. Catarina, a Grande incumbiu-o da educação do
seu filho.
A sua grande obra foi Tentamen
theoriae electricitatis et magnetismi, escrita em 1759, abordando as suas
teorias sobre a eletricidade e magnetismo, com base nas teorias de Newton.
Seguindo e melhorando as ideias de Benjamim Franklin, Aepinus
concluiu que a eletricidade se encontrava em todos os corpos e o seu excesso ou
defeito manifestava-se através de cargas positivas ou negativas,
respetivamente. Aepinus contribuiu para o desenvolvimento do condensador e fez
vários tipos de melhorias no microscópio. A partir de 1798, Aepinus deixou a
vida académica e científica.
Atualmente, o chamado
Condensador de Aepinus é um instrumento utilizado em contexto das práticas
pedagógicas no Laboratório de Física para detetar a presença de cargas
elétricas geradas por indução. Trata-se de um aparelho formado por uma lâmina
de vidro e dois pratos de metal dispostos de frente um para o outro. Os pratos
estão isolados e podem deslocar-se paralelamente à base do aparelho. Carrega-se
o condensador aproximando os dois pratos até ficarem em contacto com a lâmina
de vidro, um dos pratos é ligado à terra, o outro prato é carregado com uma
máquina elétrica. Este, por sua vez, induz o outro prato ficando ambos com a
mesma carga mas de sinais opostos. Em seguida afastam-se os dois pratos. Quanto
maior a distância entre os pratos menor a capacitância. Do lado exterior de
cada placa existe um pêndulo elétrico de medula de sabugueiro que permite
apreciar a carga de cada placa.
Bibliografia:
Museu Virtual da
Educação (2013) [em linha].
[Consulta: 18 de Novembro de 2013]
The McTutor Historyof Mathematics archive (2013) [em
linha].
[Consulta: 18 de Novembro de 2013]
Museu da Física da
Escola Secundária Alexandre Herculano (2013) [em linha]
[Consulta: 18 de Novembro de 2013]
Kenyon College.
Department of Physics (2013) [em linha]
[Consulta: 18 de Novembro de 2013]
Baú da Física e
Química. Instrumentos antigos de Física e Química de escolas secundárias em
Portugal (2013) [em linha]
[Consulta: 18 de Novembro de 2013]
MJS